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Este artigo apresenta um estudo das relações de poder que, historicamente, têm destituído a vida na rua de sua força de existir, produzindo-a como algo da ordem do indigno. Atentamos assim para transformações radicais de práticas políticas e econômicas que se instalaram nas sociedades ocidentais por volta do século XV, favorecendo a emergência de uma população forjada sob o signo do pauperismo e que passará, de forma majoritária, a fazer das ruas espaço de moradia e de sustento. Na caracterização desta passagem, partimos de Marx e das práticas de acumulação primitiva a fim de pensar a noção de pauperismo que irá se generalizar pela Europa Ocidental até o século XVIII, fazendo aparecer as ruas como atreladas a uma população miserável que se deve administrar. Neste ponto, veremos com Foucault como conjuntos de técnicas e procedimentos destinados a governar essa população começam a assumir contornos e a despontar no horizonte.
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Este artigo apresenta um estudo das relações de poder que, historicamente, têm depauperado os modos de vida de todo um grupo populacional. Para tal, partimos da generalização do pauperismo que ocorreu na Europa Ocidental até o final do século XVIII, constituindo de maneira inédita uma população atrelada à vida nas ruas, a qual se buscará administrar por meio de novos mecanismos de governo. Os métodos para gerir a acumulação dos homens permitiram uma decolagem política em relação a formas de poder tradicionais que, interpeladas pelo liberalismo, cederam lugar para o utilitarismo como tecnologia de governo em meio às políticas sociais.
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O presente trabalho pretendeu investigar como as questões raciais e os processos de subjetivação se articulam no campo da educação básica, tomando por referência os desdobramentos da Lei n 10.639/2003, que dispõe sobre a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana nas escolas. Buscou-se compreender como as disposições da Lei n 10.639 têm sido perspectivadas na educação básica por meio de dissertações defendidas entre os anos de 2015 e 2019 nas universidades públicas estaduais baianas. A metodologia utilizada foi uma revisão integrativa do material levantado através da busca nos sites de Programas de Pós-Graduação em Educação das referidas universidades. Os dados foram analisados mediante seu conteúdo em diálogo com a perspectiva da Afrocentricidade desenvolvida Molefi Kete Asante. Os resultados apontaram que a maior parte das escolas ainda não efetiva a Lei 10.639/2003 e, quando ocorre, é geralmente por iniciativas individuais de alguns profissionais.
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Este trabalho parte da seguinte pergunta disparadora: “o que pode a literatura”? A fim de analisar o campo problemático instaurado por ela, buscamos fazer um estudo do problema inspirados nas contribuições do pensamento blanchotiano no tocante à relação literatura/subjetividade/clínica. Através das noções de desobramento, silêncio e solidão, nosso objetivo será o de evidenciar práticas de criação de espaços únicos e inéditos em meio à lógica produtiva contemporânea. Dessa maneira, os trabalhos de Maurice Blanchot nos interessam não só pelo que propõem ao campo da criação literária, mas principalmente por tratar de aspectos políticos, estéticos e éticos de suma importância aos estudos da subjetividade. Por fim, nossa aposta neste trabalho é a de que ele amplie o campo de estudo da clínica voltada aos processos de subjetivação, propondo nova experimentação conceitual dedicada vivamente à pesquisa do pensamento blanchotiano.
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Tipo de recurso
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Entre 2000 e 2024
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- Entre 2010 e 2019 (2)
- Entre 2020 e 2024 (2)