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Resultados 11 recursos
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O presente artigo enfatiza as ligações entre campos aqui considerados distintos e inseparáveis: a estética e a política. Interessa-nos problematizar os múltiplos jogos entre a governamentalidade e alguns modos pictóricos que aparecem entre os séculos XVI e XX. Sabe-se que o regime de poder moderno se faz sob jogos de visibilidade que observam a vida em toda sua minúcia vã. Este gesto político terá como correlato estético a natureza-morta barroca. Mas os encontros entre a política e a arte se dão sob variadas modulações, as quais se fazem também como resistência ao poder na experiência da pintura moderna nos séculos XIX e XX. Parece-nos ser justamente nesta interface estético-política – notadamente quando ela se faz força de criação artística e subjetiva – que é preciso pensar para que não caiamos na imobilidade ética a que o regime de condução das existências no presente pode nos levar.
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A partir da relação entre os movimentos da Reforma Sanitária e da Reforma Psiquiátrica brasileiras propomos uma relação entre clínica e política. Dessa relação fazemos o resgate histórico da aproximação entre os movimentos, apontando para o necessário enfrentamento aos modelos medicocêntrico e hospitalocêntrico, proposto pelas Reformas e que se faz presente hoje enquanto força pelo modo como o sistema de saúde se organiza. Pensar o problema da gestão em saúde pública se coloca como uma via de enfrentamento possível para a garantia de direitos quando, através dele, podemos problematizar modos de privatizar serviços públicos. Trazemos, por fim, a privatização não como bloco, mas como linhas que atravessam modos de cuidar/gerir.
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Este trabalho acompanhou a participação de usuários de serviços públicos de saúde mental numa investigação multicêntrica, parte de uma Aliança Internacional de Pesquisa, em que usuários, inicialmente sujeitos pesquisados, foram tornando-se pesquisadores. Investigou-se o que estas pessoas puderam dizer sobre a experiência de adoecer e receber tratamento e traçou-se uma cartografia da participação dos usuários na pesquisa, servindo-se do conceito de ritornelo, de Deleuze e Guattari. Os temas tomados em análise foram aqueles que, suscitados pela pesquisa, persistiram na voz dos usuários ao longo do projeto multicêntrico: relações com o outro; importância da participação nas atividades sociais, principalmente no trabalho; relação com os medicamentos. A ampliação das informações sobre o tratamento passou pelo reconhecimento da própria experiência pelo usuário e, articulada à sua participação ativa no processo da pesquisa – caracterizada como pesquisa com e não pesquisa sobre – produziu transformação de si e mudança de lugar.
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A psicologia enquanto atividade de conhecimento parece não incluir a questão da alteridade, pois, supostamente, quando conhecemos, não conhecemos um outrem, mas um objeto. Na história da psicologia teórica e experimental podemos destacar um problema, o qual portaria a questão da alteridade, e que nos serviria para reler a história da relação pesquisador e participante, a saber: o fenômeno das falsas lembranças. A psicologia experimental, ao considerar a falsa lembrança como uma falha do sistema de memória, estabelece uma relação sujeito-objeto característica da ciência natural, a qual não envolve a alteridade. Por sua vez, no tribunal torna-se importante poder distinguir o “perjúrio” de uma “falsa lembrança”. Ambas esferas colocam em cena um operador – o júri, o juiz, que julga o caráter de verdade ou falsidade dos comportamentos. Na história da psicologia esse ponto de vista sempre se estabeleceu como uma razão a posteriori, como, por exemplo, no behaviorismo e no gestaltismo.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (4)
- Livro (2)
- Seção de livro (5)
Ano de publicação
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Entre 1900 e 1999
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Entre 1990 e 1999
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- 1997 (2)
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Entre 1990 e 1999
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Entre 2000 e 2025
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- Entre 2000 e 2009 (6)
- Entre 2010 e 2019 (2)
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Entre 2020 e 2025
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- 2020 (1)