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  • O presente trabalho procura desenvolver uma reflexão crítica sobre o processo de condenação do magnetismo animal. Partindo de uma crítica às versões lineares e progressistas da história da Psicologia, nas quais o magnetismo é excluído ou pouco explorado, o artigo busca atingir dois objetivos. Primeiramente, questionar alguns dos pressupostos típicos das versões históricas dominantes, como a idéia de que o magnetismo não teria resistido às exigências da metodologia científica. Em segundo lugar, oferecer uma alternativa de compreensão deste processo calcada na idéia de que a rejeição ao magnetismo animal ocorreu, em parte, devido à oposição de princípios epistemológicos existente entre este e o projeto moderno de ciência. O artigo é concluído destacando o caráter acidental do nascimento do espaço psicológico a partir desta condenação, a diversidade de razões nela presentes e questiona a noção de progresso típico ao projeto moderno de ciência que inspirou o nascimento da Psicologia.

  • Este artigo procura fornecer subsídios para uma alternativa de compreensão histórica sobre o magnetismo animal, de modo a realçar sua importância na construção da psicologia. Nesse sentido, busca-se enfatizar o papel das instituições e práticas sociais que influenciaram de forma decisiva a condenação desta proposta. Na mesma linha de reflexão, visa-se também destacar algumas das incompatibilidades epistemológicas com o projeto moderno de ciência, que também contribuíram significativamente para a rejeição do magnetismo animal. Por fim, o artigo é concluído com uma reflexão sobre a necessidade de revisão da noção de ciência presente nas referências dominantes da história da psicologia, que, geralmente, restringem-se a questões lineares e metodológicas e desprezam os processos intersubjetivos e sociais que atuam na construção desta área de conhecimento.

Última atualização da base de dados: 21/11/2024 18:57 (UTC)

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