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Este artigo tem como objetivo compreender a evolução do conceito de empatia no pensamento de Carl Rogers, a partir das fases propostas pelos comentadores de suas obras. Inicialmente, Rogers não utilizava diretamente o termo empatia, mas já era possível perceber o nascimento desse conceito em seu pensamento, desde as primeiras obras, uma vez que para ele o terapeuta deveria compreender os problemas do cliente, sem julgamento, sem preconceito e sem identificação emocional descontrolada. No decorrer de seu pensamento esse conceito evoluiu de apenas um estado para um processo, sendo mais do que apenas uma atitude, mas uma compreensão empática, que está muito além de uma compreensão do senso-comum. Essa compreensão empática consiste em experimentar o que o outro está sentindo dentro de uma condição de “como se” estivesse no lugar dele, vendo através da perspectiva do cliente, podendo dividir com ele toda essa compreensão, favorecendo o desenvolvimento da personalidade do cliente.
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Neste artigo discutimos a idéia que atravessa a expressão “ser o que se é”, utilizada por Carl Rogers em seus textos para falar do processo que a pessoa vive durante a psicoterapia. Iniciamos com um diálogo com o autor desta frase, o filósofo existencialista Soren Kierkegaard, e em seguida realizamos uma breve descrição sobre o estado de incongruência que é, para Rogers, a origem do sofrimento psíquico. Descrevemos o processo de psicoterapia que facilita a mudança do cliente para um estado de maior congruência, mostrando que “ser o que se é” é um processo contínuo e não um estado fixo. Concluímos com a exposição de algumas características desse processo, que inclui uma maior abertura à experiência, a vivência existencial no aqui e agora e a confiança no organismo como referência para o comportamento.
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Neste artigo, tivemos como objetivo revisar os fundamentos teóricos da psicopatologia fenomenológica de Thomas Fuchs no que tange a experiência do corpo na depressão melancólica. Através de pesquisas em bases de dados eletrônicas, realizamos uma revisão de literatura que investigou as obras publicadas pelo autor entre 1994 e 2018. Encontramos a corporeidade destacada como uma via de acesso à compreensão da depressão melancólica, desenvolvida no sentido da intercorporeidade ao se centrar na ideia de intersubjetividade. A intercorporeidade é a ponte de constituição ambígua da relação homem-mundo, possibilitando o compartilhamento de nossas experiências. Para Fuchs, a depressão melancólica é um transtorno da intercorporeidade, pois ao invés de conectar homem e mundo a experiência corporal torna-se um obstáculo. Fuchs contribui para a construção de uma perspectiva de humano encarnado, em que este se configura como unidade indivisível na experiência ao compreender a depressão melancólica como modo de estar no mundo do paciente.
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O artigo tem como objetivo descrever a experiência da depressividade num atendimento de psicoterapia, articulando a gestalt-terapia e a psicopatologia fenomenológica de Arthur Tatossian. A depressão é uma patologia que sempre existiu, mas nunca foi tão frequente quanto nos dias atuais, registrando-se o aumento de seu diagnóstico nos últimos 50 anos. Neste estudo de caso, utilizamos o termo “depressividade”, ao invés de depressão, tomando como lente a perspectiva humanista fenomenológica para descrever a experiência vivida de Alice. O diálogo entre a gestalt-terapia e a psicopatologia fenomenológica de Arthur Tatossian parte de uma interrelação entre as noções de sujeito da gestalt-terapia e da psicopatologia fenomenológica. Consideramos que, na clínica humanista fenomenológica, buscamos criar condições de possibilidade de produção e de expressão da intersubjetividade com o intuito de nos aproximarmos do mundo vivido do sujeito.
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Entre 2000 e 2024
(4)
- Entre 2010 e 2019 (3)
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Entre 2020 e 2024
(1)
- 2020 (1)