A sua pesquisa
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Este estudo se interessa pela dinâmica da dimensão psicológica e da moralidade conforme compreendidos no contexto da prática do karate-do. Saliente-se que no karate, caracterizado como uma técnica corporal de combate, a principal meta é o desenvolvimento do caráter que é constituído através de uma visão de mundo e compreensão de homem que são objetos desta pesquisa. O objetivo deste trabalho é a descrição e compreensão do objeto em questão trazendo uma contribuição aos estudos a respeito das múltiplas visões e concepções de homem e idéias psicológicas presentes no sincretismo cultural brasileiro. Para tanto, inicialmente, utiliza-se metodologia própria para investigação das idéias psicológicas, em que as buscas de compreensão acompanham cuidados de análise histórica que exigem o perscrutamento das influências de maior relevância ao objeto focado, no caso, o budismo zen e o confucionismo. Gichin Funakoshi, aquele que é chamado de o pai do karate moderno, tem suas idéias, tomadas à luz de suas influências determinantes, contrastadas com a análise do pensamento de Masatoshi Nakayama, seu discípulo e um dos protagonistas da diáspora mundial do karate. N Nakayama é a principal fonte documental primária em decorrência da notoriedade de sua ascendência sobre os praticantes brasileiros. Além da análise das fontes documentais vale-se, em um segundo momento, da metodologia denominada arqueologia fenomenológica das culturas para examinar o tema a fundo e oconjunto de entrevistas realizadas com professores japoneses introdutores do karate shotokan no Brasil que foram diretamente influenciados pelo ensino de Nakayama. A partir da análise documental, depreende-se a existência de dois modelos práticos e históricos que, representando o paroxismo de dois conceitos internos do karate, orientam diferentemente a formação do caráter do praticante e têm concepções de homem também diversas. O conceito de kime estende-se como ... expressão técnica da catalisação e direcionamento da vontade norteada por padrões de visão de mundo caracteristicamente orientais. Já o conceito de sun-dome estende-se como a expressão técnica da contenção da vontade acordando com uma visão de mundo sincrética, mas de tendência evidentemente ocidentalizada, como se verifica na percepção bipartida do homem e da realidade. A análise das entrevistas, a partir da arqueologia fenomenológica, revela experiências vivenciais em que se reconhece a manutenção da busca por um ideal de homem em que ocorre a centralidade da hilética (momento sensível) na experiência em relação à noética (momento intelectual). Sustenta-se que a centralidade da hilética nas vivências do praticante tende a se aprofundar como um retomo até origens arcaicas da experiência que se manifestam como abertura à corporeidade em sua dimensão ainda pré-categorial e constitutiva das formações culturais.
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In Memoriam Josef Brožek (1913-2004)
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Da análise de algumas cartas Indipetae, chegamos a descrever um dinamismo de elaboração da experiência revelador de um modus vivendi construído sobre as bases da chamada psicologia filosófica aristotélicotomista. Com o presente artigo pretendemos apresentar um aspecto desse vivido e suas influências e implicações, tomando como referência os contextos histórico e institucional de produção do gênero de documentos com o qual trabalhamos – correspondência epistolar jesuítica –, bem como o horizonte retórico dessa produção. O aspecto a que nos dedicamos, presentemente, é à “obediência”: segundo passo de um dinâmica – a que demos o nome de “experiência de liberdade” – composta de três momentos: “conhecimento de si”, “obediência” e “consolação”. Como resultado da investigação, identificamos uma forma de compreensão da obediência somente possível na medida da consideração do Homem Total, na sua unidade biopsíquicosócioespiritual, típica da mentalidade da Antiga Companhia de Jesus.
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Conduzido por uma perspectiva histórica, o trabalho apresenta a contribuição da fenomenologia para a reproposição do tema da pessoa na psicologia contemporânea, não mais como construto teórico e a priori e sim como resultado da análise das vivências humanas baseada no método fenomenológico. O percurso realizado inicia por uma introdução histórica acerca da constituição dos saberes sobre a pessoa na tradição cultural do Ocidente e da discussão sobre o tema nas Ciências do Espírito na Alemanha do século XIX. A seguir, é apresentada a propostas da fenomenologia de Husserl e as aplicações desse método ao estudo da pessoa, realizadas por Edith Stein. Conclui-se que o conceito de pessoa foi perdido na psicologia contemporânea, principalmente diante de perspectivas herdeiras do movimento do Estruturalismo filosófico. A fenomenologia, contudo, proporciona uma possibilidade de resgate do mesmo, não tanto como construto teórico e sim enquanto fenímeno.
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O artigo trata-se de uma pesquisa em história da psicologia que teve por objeto o estudo histórico conceitual do conceito de Pessoa em algumas obras de dois autores que se destacaram no contexto alemão do início do século XX: Edith Stein (1891–1942) e William Stern (1871–1938). Entre os dois autores existem semelhanças no que diz respeito aos tópicos estudados e também uma precisa relação histórica destacada em suas biografias: Stern lecionava psicologia em Breslau e Stein frequentou suas aulas como aluna em 1911–1912. Contudo, as pesquisas que retomam a relação teórica entre ambos são escassas. Nesse sentido, o objetivo do artigo foi retomar o percurso por meio do qual ambos propuseram suas análises a respeito da constituição do objeto psíquico, bem como as implicações dessas definições para a psicologia. Foram utilizadas como fontes primárias as edições em língua alemã, espanhola e inglesa das obras de Edith Stein e de William Stern. O ponto principal de encontro é a proposta de fundamentação da psicologia a partir do conceito de Pessoa. As definições divergem, mas o ponto de partida é compartilhado: as preocupações com a redução da ciência da alma ao mecanicismo das ciências naturais. Não há como separar a psicologia da filosofia sem reduzi-la, por um lado, ao naturalismo cientificista (representado atualmente pelo campo das neurociências) e, por outro, às ciências humanas (hoje orientadas pelos movimentos pós-estruturalistas relativistas). Somente uma elaboração filosófica (rigorosa) do conceito de Pessoa poderá integrar natureza e cultura sem reduzir uma à outra e fornecer à psicologia uma fundamentação válida e autonomia no diálogo com as demais ciências naturais ou culturais.
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O artigo visa apresentar contribuições de Edith Stein para a fundamentação filosófica da Psicologia enquanto ciência rigorosa da subjetividade. São destacados momentos relevantes para situar o berço da Psicologia científica, assim como o surgimento da Fenomenologia. Ambas surgiram como resultado de questões filosóficas, sendo uma delas referente ao tema do psicologismo e à decorrente tendência à naturalização da Psicologia, de modo que a Fenomenologia surge em oposição a tal movimento. A figura de Edith Stein se destaca devido a suas análises do objeto e do enquadramento epistemológico da Psicologia. Partindo da análise das estruturas essenciais da pessoa, ela oferece uma nova concepção de subjetividade, assim como analisa as metodologias científicas que melhor poderiam apreender esse objeto.
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A questão da causalidade permeia os fundamentos das ciências. Em particular, a questão da causalidade psíquica subjaz os fundamentos das diversas abordagens da psicologia atual, ainda que não seja explicitada ou mesmo reconhecida. Recorrer a essa temática pode ajudar a esclarecer questões de cunho epistemológico que delineiam a psicologia científica. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é apresentar a concepção de causalidade psíquica presente na obra de Edith Stein (1891-1942), Causalidade Psíquica (2010). Foi utilizado o método de investigação histórica. A autora apresentara críticas à psicologia experimental emergente, que se submetia ao reducionismo psicologista e naturalista ao separar-se da filosofia. Edith Stein defendeu a possibilidade de uma psicologia científica sustentada pela definição (fenomenológica) de pessoa humana. Sua compreensão acerca da causalidade psíquica enquadra a distinção entre as vivências imanentes e as vivências intencionais do fluxo de consciência. Stein diferencia o âmbito dos acontecimentos causais determinísticos daqueles âmbitos das relações de motivação que não são submetidas a conexões deterministas. Conclui-se que somente uma elaboração filosófica rigorosa dos diversos tipos de legalidade às quais o fenômeno psíquico está submetido pode fornecer à Psicologia uma fundamentação válida e autonomia no diálogo com as demais ciências naturais ou culturais.
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As novas tendências do marketing contemporâneo sugerem a inserção do tema da pessoa no que diz respeito às abordagens mercadológicas do conceito de consumidor, mas sem uma fundamentação antropológica, filosófica e psicológica específica. Na busca por uma fundamentação que desse suporte a essa tendência e ampliasse a discussão, foi analisada a abordagem da experiência elementar de Luigi Giussani (2009). O objetivo dessa pesquisa é compreender as possíveis relações entre a psicologia, o marketing e a experiência elementar em relação ao tema do consumidor enquanto pessoa. Essa pesquisa situa-se no âmbito temático entre o marketing e a psicologia do consumidor, relacionando as áreas numa perspectiva histórica no período que compreende o final do século XIX e XX. A conclusão remete à ideia de que no século XXI existe uma possibilidade de se considerar o consumidor como “pessoa”, e que a abordagem da experiência elementar pode ser pertinente para discutir essa aproximação.
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A pesquisa analisa o uso de metáforas, alegorias, comparações e exemplos, recursos retóricos destinados aos sentidos, afetos e imaginação dos ouvintes, nos sermões vieirianos "As Cinco Pedras da Funda de Davi". As figuras promovem incitação do dinamismo psíquico dos ouvintes. Averiguou-se que as imagens utilizadas são coerentes com a liturgia quaresmal e com a leitura hermenêutica sacramental da realidade orientada teleologicamente. Constatou-se também que o uso pauta-se no saber fundado na retórica e na psicologia-filosófica aristotélico-tomista, em um conhecimento do homem entendido como totalidade e que o poder da palavra, figurativamente, proporciona elaboração da experiência e mudança comportamental.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (205)
- Livro (39)
- Seção de livro (122)
- Tese (36)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (62)
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Entre 2000 e 2024
(340)
- Entre 2000 e 2009 (165)
- Entre 2010 e 2019 (141)
- Entre 2020 e 2024 (34)