A sua pesquisa
Resultados 7 recursos
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O presente ensaio busca mapear algumas linhas de força que trespassam as legislações brasileiras destinadas a crianças e adolescentes, debruçando-se, em particular, sobre os capítulos que legitimam o aprisionamento de jovens. Através de uma linguagem agenciada pelas artes literárias – crônica e conto – e cênicas – dramaturgia –, sobrevoa paisagens do Código de Menores de 1927, também conhecido como Código de Mello Mattos, bem como do Código de Menores de 1979 e do Estatuto da Criança e do Adolescente de 1990. O texto organiza-se da seguinte maneira: em um primeiro momento, são apresentados três arquivos de datas distintas – 2012, 1982 e 1952 – pelos quais se busca enunciar as diferenças e semelhanças acerca do funcionamento de instituições criadas a partir de tais legislações com o intuito de “reeducar” adolescentes infratores; em um segundo momento, segue-se a apresentação de dois diferentes contextos onde, respectivamente, adolescentes em cumprimento de Medida Socioeducativa de Internação procuram o “responsável” por seu aprisionamento, e um estudante de doutorado em Psicologia Social encontra pistas acerca da criação do estranho conceito de Socioeducação.
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O artigo procura cartografar algumas das linhas de força que sustentam o funcionamento das medidas socioeducativas. Trata-se da continuação de “Se um Testemunho na Escuridão dos Arquivos”, publicado pela Revista Mnemosine vol.9, n.2. Previstas pelo artigo 112 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA: Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 –, as medidas socioeducativas são aplicadas quando um ato infracional, ao qual é passível atribuir a responsabilidade de adolescente – 12 a 18 anos – torna-se comprovado. Contudo, quais seriam as condições de possibilidade que tornam esta operação possível na contemporaneidade? Quais as principais estratégias conceituais utilizadas pela socioeducação, com quais poderes fez/faz aliança, que tipo de corpo – atitudes, comportamentos, gesto, hábitos, discursos – produz, o que faz circular, o que paralisa? O artigo está divido em dois momentos: Um pouco de possível, senão sufoco, onde se conta como dois adolescentes infratores criaram para si uma linha de fuga; e O pouco de possível que nos sufoca, quando dois amigos, numa conversa de bar, debatem a importância do pensamento de Antônio Carlos Gomes da Costa para a socioeducação brasileira. Este ensaio prepara caminho para última etapa da pesquisa, onde se pretende mapear a invenção das medidas socioeducativas.
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Se um Testemunho na Escuridão dos Arquivos é uma pequena cartografia que se apresenta em três ensaios. As duas partes iniciais estão publicadas pela Revista Mnemosine em seus Vol 9, n.2 e Vol 10 n.1. Nesta última etapa do trabalho enfrentamos questões como: quais as condições de possibilidade que deram emergência às Medidas Socioeducativas? Como a Socioeducação veio à tona, transformando-se em política pública destinada a tantos jovens, servindo, inclusive, como pressuposto à elaboração da Lei 12.594, de 18 de Janeiro de 2012 – SINASE? Fundamental é ressaltar que esta cartografia não possui volição prescritiva, não há aqui intenção alguma de apontar soluções ou possibilidades aos complexos problemas socioeducativos. Nossa singela contribuição ao debate se reduz a uma tentativa de cartografar a invenção de um conceito – medidas socioeducativas – amplamente utilizado na contemporaneidade.
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Entre os anos de 2018 e 2021, produzimos, no Núcleo de Ecologias e Políticas Cognitivas (NUCOGS) dois jogos: “Indústria do gênero” e “Ilha dos afetos”, buscando provocar breakdowns e contágios sensíveis que desloquem regimes de sensibilidade, dizibilidade, visibilidade de modo a complexificar-singularizar tramas de afetações e romper com políticas narrativas da outridade e do alterocídio. Os jogos operam como figurações para construírem espaços narrativos colaborativos heterotópicos por meio dos quais xs jogadorxs possam estabelecer dispositivos coletivos analíticos que coloquem em cena e problematizemos modos de vivermos juntxs. O artigo desenvolve uma reflexão acerca da potência micropolítica de narrativas e de figurações como dispositivos clínico-políticos e ético-estéticos para transformar o campo de possibilidades de afetar e ser afetado. Discute experiências de criação e realização desses dois jogos que tensionam, produzindo breakdown em nossos regimes normativos para as questões de gênero, raça, sexualidade, deficiências, classe, nacionalidade, entre outras. A proposta é produzir um artigo teórico-empírico que articule os conceitos de figuração e breakdown com a inserção de relatos da construção e uso dos jogos com adultos e crianças.
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Pesquisas empíricas que abordam os videogames utilizam-se, em maior parte, de questionários que estabelecem uma relação direta entre as respostas fornecidas e as condutas gerais do pesquisado. Acreditamos que este tipo de metodologia apresenta um déficit importante no que se refere ao acompanhamento da operatividade dos jogos, por causa de sua especificidade interativa. Neste artigo, propomos que a pesquisa-intervenção com a realização de encontros no formato de oficinas constitui uma metodologia interessante para estudar videogames por permitir observar aspectos processuais. A partir de uma pesquisa que buscou estudar a aprendizagem de sistemas complexos envolvendo os videogames, procuramos acompanhar duas formas de coordenações de ações processuais necessárias à manipulação da tecnologia que ocorriam durante a experiência de jogo e que traduzimos aqui como aprendizagens envolvendo a noção de corpo.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (5)
- Livro (1)
- Seção de livro (1)
Ano de publicação
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Entre 2000 e 2024
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- Entre 2010 e 2019 (6)
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Entre 2020 e 2024
(1)
- 2022 (1)