A sua pesquisa
Resultados 24 recursos
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Ao longo da história da Psicologia a educação inclusiva vem se mostrando como um desafio. Este pode ser traduzido como uma mescla de novas perspectivas e métodos com as mais diversas críticas aos resultados obtidos. O trabalho da psicóloga e educadora Helena Antipoff com educação especial mostra como estas duas possibilidades podem estar presentes.
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A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas regulares tem sido constantemente tematizada em eventos internacionais e também na legislação brasileira desde a década de 1990. Para que essa inclusão se dê de forma satisfatória, é imprescindível a participação ativa e bem informada dos professores. Uma série de estudos desenvolvidos nos últimos anos coloca em evidência como os professores têm pensado e agido com relação à educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. Este artigo apresenta o relato de uma experiência na capacitação de professoras para a educação inclusiva e para a educação especial, enfocando as estratégias adotadas por essas profissionais para ensinar, nas classes regulares, alunos com deficiências. Foram identificadas três grandes categorias nas quais essas estratégias podem ser localizadas: busca de informações em fontes diversas, como internet, livros e cursos; busca de apoio nos serviços de Atendimento Educacional Especializados, oferecidos pelas prefeituras municipais; e apresentação de um olhar diferenciado para o aluno com deficiência, na tentativa de entender suas potencialidades e limitações. Nesta última categoria, ressaltou-se como esse olhar está sujeito ao atravessamento dos laudos, que nomeiam a(s) causa(s) da(s) dificuldades apresentadas por esses alunos. Além dessas categorias, percebeu-se que as professoras estão constantemente avaliando sua própria atuação e enfatizam as dificuldades encontradas na educação dos alunos com deficiências, atribuindo-as, sobretudo, à falta de preparação para atuar na educação inclusiva e na educação especial.
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Esta pesquisa teve como objetivo investigar o desenvolvimento da psicologia em Minas Gerais a partir das contribuições de Helena Antipoff. As fontes utilizadas para o estudo foram os textos publicados pela psicóloga, além de seus documentos inéditos, atualmente sob os cuidados dos Arquivos UFMG de História da Psicologia no Brasil. Foi utilizado o método biográfico para leitura e interpretação dos documentos e artigos encontrados, o qual permitiu combinar internalismo e externalismo, itens relevantes para estudos historiográficos. Considerando as propostas apresentadas por Helena Antipoff para pesquisas em psicologia experimental e para o uso da psicologia e seus métodos como bases para a pedagogia e, conjugando estas propostas com o contexto social e científico no qual foram apresentadas, pôde-se concluir que sua presença foi um marco para o desenvolvimento da psicologia em Minas Gerais.
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Esta pesquisa teve como objetivo investigar os saberes psicológicos que circularam na Escola Normal de Ouro Preto entre 1890 e 1930. Para o trabalho utilizamos o referencial teórico da história da Psicologia e a análise documental. Os documentos consultados foram localizados em três acervos: no Arquivo Público Mineiro; em arquivo referente à Escola Normal de Ouro Preto, que atualmente se encontra na Escola Estadual Dom Veloso em Ouro Preto; e na biblioteca da Assembleia Legislativa do Estado de Minas Gerais. O principal objeto de análise foram as avaliações dos alunos e os resultados mostraram que desde a década de 1880, com a inclusão de matérias de cunho pedagógico no currículo da Escola Normal de Ouro Preto, havia a circulação de diferentes saberes psicológicos, tais como memória e faculdades intelectuais, que auxiliaram na formação de professores e que a Psicologia como área específica de conhecimento também já fazia parte desta formação.
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Foi feita, em 1998, a réplica de uma pesquisa realizada entre 1929 e 1944 por Helena Antipoff e em 1993 por Regina Helena de Freitas Campos, com o objetivo de investigar o impacto, nos ideais das crianças de Belo Horizonte, da ênfase que a mídia vem dando ao consumismo na sociedade contemporânea. Um questionário aberto foi aplicado a 307 crianças (151 meninas e 156 meninos) da quarta série das escolas públicas e particulares de Belo Horizonte. Os dados referentes aos ideais destas crianças foram submetidos à análise de conteúdo, por gênero, e comparados com os dados das pesquisas anteriores. Foi comprovada a hipótese de que os valores transmitidos pela mídia vêm contribuindo para mudanças nos ideais infantis ao longo do século.
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Editorial 36
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Helena Antipoff was one of the pioneers in the constitution of the fields of knowledge of educational psychology and special education in Brazil. Born in Russia, Antipoff received her education in Paris and Geneva. Researches in the history of education and of psychology have revealed the innovative character of Antipoff’s work as a researcher, as a professor and as a founder of different educational institutions in Brazil, with a focus on educational and psychological care for children with disabilities or at social risk. Her career is characterized by a sound scientific approach combined with a deep commitment to the right of children and youth to education and care. These directions can be associated with her scientific training in the sciences of education in a time of social turbulence and school reform, when many women became professionals in the field of education, trying to combine family, work and militant activity.
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No intuito de compreendermos o lugar da licenciatura na formação de psicólogos, logo após a Lei nº 4119/62, este artigo apresenta um estudo de caso sobre a inserção da licenciatura no curso de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) durante a década de 1960 e suas contribuições para os ex-alunos, ingressantes nesse período. O estudo historiográfico é fruto de pesquisa de doutorado e utiliza como procedimento metodológico a análise de fontes primárias e entrevistas com ex-alunos. Os resultados demonstraram que a licenciatura em Psicologia foi inserida no curso da UFMG desde a primeira turma de entrada de alunos de 1963 e ofertada no formato de cumprimento obrigatório para todos os alunos daquele ano. Em 1965, a licenciatura tornou-se uma formação opcional e, a partir de então, cada vez menos alunos passaram a optar por ela. Os entrevistados confirmaram os dados obtidos na análise documental relativos ao funcionamento da modalidade e apontaram os aspectos metodológicos aprendidos durante a licenciatura como as principais contribuições para suas formações profissionais. Esperamos que a pesquisa contribua com as reflexões sobre a oferta da licenciatura na formação dos psicólogos brasileiros e com os estudos históricos sobre a Psicologia no Brasil.
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Este estudo objetivou analisar a institucionalização da modalidade licenciatura na legislação que regulamentou a formação e a profissão de psicólogo no Brasil em 1962. O trabalho, de cunho historiográfico, teve como procedimento metodológico a análise documental de fontes primárias localizadas no site da Câmara Federal dos Deputados, a saber, o dossiê do PL 3825/58. Outras fontes utilizadas foram as revistas Boletim de Psicologia, Arquivos Brasileiros de Psicotécnica e Revista Psicologia Normal e Patológica. A partir da análise dos dados, identificamos que nos primeiros anteprojetos que tratavam da formação e regulamentação da profissão em 1953 não havia a proposta da licenciatura para a formação de professores de psicologia para atuação no ensino secundário. A licenciatura como modalidade de formação para os psicólogos, com uma proposta curricular coerente com a legislação então vigente para a formação de professores, apareceu apenas em 1961, e foi mantida na lei 4119, aprovada em 1962.
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O objetivo do trabalho foi investigar o conhecimento que os professores da educação básica do município de Belo Horizonte têm acerca da educação especial na perspectiva da educação inclusiva e as práticas derivadas desse conhecimento. Os dados foram coletados em 2019, a partir de um questionário encaminhado para os professores de 44 escolas da rede pública municipal e estadual, sendo devolvidos e analisados 109 questionários. Os resultados apontam avanços consideráveis, contudo ainda existem dificuldades na compreensão do que seja educação inclusiva; que a formação inicial e continuada de professores ainda é deficitária; que em muitas escolas faltam estrutura física adequada; que há escassez de recursos e profissionais especializados para subsidiar as práticas escolares, dentre outros. Concluímos que ainda temos inúmeros desafios, necessitando maior investimento do poder público nas escolas e a manutenção da luta pela oferta e permanência de uma educação de qualidade para todos no ensino regular de ensino.
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O artigo apresenta pesquisa sobre o conceito de criança anormal divulgado em um conjunto de artigos publicados na Revista do Ensino de Minas Gerais, na década de 1930. Foram levantados artigos que expressam como a criança anormal era compreendida pelos contemporâneos daquela época. Da análise dos textos, emergiram duas categorias: classificação das crianças anormais, suas características e explicações causais da anormalidade; o papel da escola na educação das crianças anormais. Utilizamos contribuições da história conceitual de Koselleck, segundo a qual conceitos expressam aspectos da experiência e da dimensão teórica de sujeitos em contextos e tempos históricos específicos. A pesquisa demonstrou que a articulação desse conceito incluía concepções fundamentadas nos debates sobre ambiente e hereditariedade, nos saberes elaborados pela psicologia e na discussão sobre o papel da escola e a educação das novas gerações.
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A presente pesquisa tem como objetivo investigar as relações entre a Psicologia e a educação inclusiva no Brasil a partir do periódico Psicologia: Ciência e Profissão. Desde sua criação, em 1979, esse periódico foi apresentado como uma publicação científica e profissional que visava a representar o pensamento nacional em Psicologia. Com isso, pode-se considerar que também expressa de maneira representativa as concepções teóricas e as práticas dos profissionais da área ao longo do tempo. Para a seleção dos artigos referentes à área de interesse da pesquisa, foram considerados título, resumo e palavras-chave dos artigos publicados em todos os números do periódico. Os artigos selecionados foram analisados segundo as seguintes categorias: autoria, tipo de artigo, referencial adotado e tendências temáticas. Os resultados revelaram que os artigos se dividem quase igualmente entre teóricos e práticos, que seus autores são em maioria afiliados a instituições públicas e que a Psicologia social é o principal referencial adotado. Concluise que, embora seja pequeno, o número de artigos sobre as relações entre Psicologia e educação inclusiva ao longo da história do periódico, esse número vem se tornando mais expressivo nos últimos anos, e que, para uma visão mais realista do tema, é necessário recorrer a fontes complementares.
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Autor
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Ano de publicação
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Entre 2000 e 2025
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- Entre 2000 e 2009 (5)
- Entre 2010 e 2019 (13)
- Entre 2020 e 2025 (6)