A sua pesquisa
Resultados 165 recursos
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O presente artigo não possui uma unidade teórica nem metodológica; seus referenciais são amplos e distintos, não defende sólidos princípios e não irá seguramente tão fundo quanto outros artigos já publicados sobre este tema. Queremos apenas nos aventurar no debate e abrir mais uma caixa de diálogo com todos aqueles brasileiros que, apaixonados pelo futebol, são verdadeiros craques, participantes ativos, e que na história do futebol contribuem com um saber intuitivo que, tanto quanto o conhecimento técnico, tático, estratégico, é sempre confrontado em cada partida, nesse campo cheio de embates, surpresas, desafios, onde, como no jogo da vida, nem tudo que se prevê ou deseja acontece. Mesmo sabendo que o real sempre nos surpreende no presente, não podemos nos permitir esquecer o passado, perder de vista a nossa memória, pois nossa memória será sempre uma forma de não botar para escanteio nossa história. E assim, seguimos, com alguns recortes, iniciando a partida com um olhar sobre a História do Brasil e, particularmente, do Rio de Janeiro na transição dos finais do século XIX e inícios do século XX, não para enquadrar o futebol em hipóteses científicas, mas para conversar com ele na sua arte plena de contradições e conflitos - sua dupla face de inclusão e exclusão, de autoritarismo e democracia - para se aproximar das surpreendentes jogadas de todos os dribladores, que estão muito além das quatro linhas de um campo de futebol.
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O objetivo do presente artigo é compreender a Saúde Mental na Estratégia Saúde da Família (ESF) a partir de um diálogo interdisciplinar entre Saúde Pública e Filosofia, visando refletir sobre o cuidado integral do ser humano. Buscou-se evidenciar fundamentações fenomenológicas acerca da singularidade humana, da alteridade e da comunidade. Para tal foram realizadas entrevistas abertas com profissionais, usuários e familiares, analisadas em profundidade, audiogravadas e transcritas na íntegra. Para o aprofundamento da análise selecionou-se recortes de três entrevistas considerando o envolvimento dos participantes e a riqueza dos conteúdos. A análise apontou a necessidade de reflexões críticas sobre o desenvolvimento de ações comunitárias, de se construir projetos voltados às comunidades para além da dicotomia saúde/doença e da discriminação e, ainda, para a compreensão do que vem a ser Saúde Mental na atenção primária.
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Este artigo descreve e analisa relações entre assistência, cuidado em saúde e benemerência aos doentes internados com lepra no Sanatório São Julião, entre os anos de 1941 e 1986. Este é um estudo historiográfico que analisou fontes primárias textuais e orais a partir de aportes da Análise Documental e da História Oral. Os resultados indicam, de maneira geral, que dois cenários se destacaram, por um lado, pelo cuidado com a população sadia, mantendo aquelas pessoas internadas na ausência de tratamento, por outro, no controle dos corpos dos internos que aparecia ora como prática de cuidado em saúde do corpo, por vezes pela produção de práticas assistencialistas. Assim, nota-se que a articulação daquelas práticas pode ser compreendida como estratégias de esquadrinhamento da população sadia e não sadia, de modo a marcar os lugares em que se circula e quem pode circular, portanto, não propriamente como curativas de enfermidade, em si mesmas.
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A conformação da Psicologia Clínica ocorreu por meio de tensionamentos produzidos por diferentes profissionais, envolvidos nas práxis da clínica psi, no país. Parte desses embates ressaltam a utilização de métodos e técnicas psicológicas, para solução de problemas de ajustamento, no campo Psi - Psiquiatria, Psicologia e Psicanálise. Esta pesquisa objetiva identificar e caracterizar tensionamentos no campo psi referentes à Psicologia Clínica a partir de publicações de um de seus personagens, Elso Arruda. Metodologicamente, essa é uma investigação sociobibliométrica, que se insere na interseção entre a História Social da Psicologia, a História da Psiquiatria e a História da Psicanálise. Para a análise do conteúdo das fontes primárias utilizamos o software Iramuteq. Os resultados sugerem que circularam, entre os saberes psi, discursos pró-reforma psiquiátrica, na década de 1960. As fontes indicam ainda uma mudança da noção de diagnóstico na clínica psi, norteada por uma proposta antipsiquiátrica e antidiagnóstica, bem como o uso da psicologia, da psicanálise e da fenomenologia existencial para compreender o indivíduo.
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A partir do trabalho genealógico de Foucault sobre as práticas de governo, entendidas como formas de condução da conduta alheia, abre-se um campo possível para o estudo do surgimento e das transformações dos saberes psicológicos e psiquiátricos. Aqui teríamos dois marcos: 1) no século XVI, surgem técnicas de governo baseadas no disciplinamento, o “Estado de polícia”; e 2) no século XVIII, novas tecnologias de governo em referências liberais. Neste último marco, a psicologia passa a ter especial importância no século XX, atuando especificamente em sociedades democráticas, não somente através da disciplinarização dos indivíduos, mas principalmente através da liberdade e da atividade destes. Nosso objetivo é avaliar as práticas e conceitos de cidadania e liberdade no contexto de alguns processos de Reforma Psiquiátrica, especialmente a italiana e a brasileira. Para tal, sustentamos a hipótese de que co-existem neste campo não apenas os antigos dispositivos disciplinares e a resistência a estes, mas modos liberais de gestão.
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Uma das peculiaridades da formação do psicólogo é a necessidade de lidar com a diversidade de teorias e sistemas em psicologia. Essa pluralidade lança o desafio de reconhecer a irredutibilidade das diferentes formas de compreensão dos fenômenos psicológicos, bem como de buscar clareza sobre o desenvolvimento histórico e os compromissos filosóficos que sustentam essa diversidade. Esse esclarecimento pode ser alcançado por meio da pesquisa teórica, entendida como uma das principais maneiras de produção de conhecimento em história e filosofia da psicologia. Contudo, a pesquisa teórica ainda é vista de forma reticente na psicologia. Um dos motivos dessa desconfiança é a falta de clareza acerca de sua própria definição, bem como de seus procedimentos metodológicos. Além disso, o ensino das habilidades básicas de pesquisa em psicologia geralmente toma como modelo a pesquisa empírica, tratando a pesquisa teórica como uma pseudopesquisa. Assim, o livro pretende trazer ao menos três contribuições para a área de psicologia: dar maior visibilidade às pesquisas teóricas, destacando suas potencialidades e especificidades metodológicas; fornecer material para o ensino de habilidades de pesquisa em psicologia, tanto em nível de graduação quanto de pós-graduação; e auxiliar no reconhecimento da pesquisa teórica como uma forma legítima de produção de conhecimento em psicologia.
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Vivemos um período da história que tem se caracterizado por muitas mudanças no mundo em favor de movimentos ultraconservadores e retrógrados. Tempos sombrios também marcados por uma pandemia que, a cada dia, tem matado mais e mais pessoas, além de colocar nós, educadores, em uma situação vulnerável, não só fisicamente, mas também uma vulnerabilidade que nos inquieta, nos aprisiona e apequena nossas almas, nossos afetos, nossas alegrias e nossos ideais. Na educação, a lógica obscurantista dos tempos atuais se faz ver através de programas que defendem princípios antidemocráticos, privatistas, mercadológicos, individualistas, competitivos, meritocráticos, excludentes e autoritários. Incentivam-se os discursos de perseguição, desqualificação, violência e ódio contra educadores e estudantes que, de modo heroico, continuam resistindo re-existindo, fazendo da escola pública um espaço-tempo de luta e alteridade. Como pesquisadores e pesquisadoras da Educação, uma das maneiras que temos encontrado para fortalecer os movimentos e as lutas dos praticantes das escolas públicas é pela afirmação de sua dimensão democrática e, ao mesmo tempo, por nos opormos ao estado de degradação do humano, às tentativas de anulação da diferença e ao extermínio dos diferentes que temos vivido. Assumimos, com Espinosa, a ideia de que o conhecimento é o mais potente dos afetos e, assim, potencializar escritos que apostem na força dos corpos coletivos dos cotidianos das escolas como possíveis de criação de uma vida bonita, como defende Foucault. Assim, os capítulos deste livro afirmam possibilidades de se produzir um conhecimento ético, estético e político com e para as escolas públicas e seus praticantes, isto é, um conhecimento assumido como forma de luta e de afirmação da escola pública.
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Recentemente tem sido objeto de pesquisa historiográfica a análise do movimento de certas teorias psicológicas, que, tendo sido desenvolvidas em determinados locais, viajam para outras regiões, resultando em uma transformação influenciada pela especificidade local. Nesse sentido, o objetivo central deste estudo é analisar as dinâmicas de produção e recepção dos conceitos de controle e contracontrole social tomando como duas unidades de análise as propostas de James G. Holland e de Celso Pereira de Sá. Os resultados sugerem que: (1) os construtos foram concebidos em um contexto de luta de Direitos Civis nos Estados Unidos da América, compondo um cenário de destaque ao compromisso político; (2) os conceitos foram utilizados como ferramenta de uso prático na análise da realidade brasileira com o intuito de popularizar as tecnologias da ciência comportamental; e (3) as obras de Celso Pereira de Sá podem constituir-se um ponto de interface entre o comportamentalismo radical de Skinner e a Psicologia Social
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Esta pesquisa bibliométrica historiciza aspectos da Psicologia Organizacional e do Trabalho, no Brasil. Ela descreve e analisa publicações associadas à Seleção Profissional, nos Arquivos Brasileiros de Psicotécnica (1949-1968). Os resultados apontam o desenvolvimento da Psicologia em organizações, a partir da atuação de profissionais que utilizavam de métodos e técnicas da Psicologia, principalmente da Psicometria. Eles buscavam compreender as habilidades e tendências do trabalhador, e seu ajustamento às condições do trabalho. Isso ocorreu em momento socioeconômico brasileiro que requisitou conhecimentos e práticas da Psicologia fossem para a "modernização" nacional, utilizando métodos e técnicas aplicadas à seleção que, por sua vez, articulavam-se com o zeitgeist de regulamentação da profissão e formação em Psicologia, no Brasil.
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Este estudo visa a investigar os processos de reconhecimento da identidade gay em uma capital brasileira a partir de entrevistas narrativas com quatro participantes entre 21 e 42 anos. As entrevistas foram analisadas de acordo com a teoria de interpretação e narratividade de Ricoeur. Em comum com outros estudos, as histórias desses participantes colocam processos de identificação de uma orientação sexual "diferente" na infância, sua elaboração como identidade sexual e pessoal na adolescência e, ao final, a "saída do armário" como autorrevelação para outras pessoas. Além das semelhanças, esta pesquisa mostra as singularidades do "sair do armário": cada trajetória implica processos de reconhecimento subjetivo e intersubjetivo em diferentes matizes, que interagem com fatores contextuais para produzir bem-estar ou sofrimento psíquico.
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O presente artigo discorre sobre o posicionamento da bioética em relação a temas que suscitam conflitos éticos, científicos, culturais e jurídicos, enfatizando a temática da eutanásia. Busca-se ainda situar as repercussões dessas questões no âmbito das profissões da saúde, destacando-se a psicologia. Mais do que oferecer informações, procura-se despertar reflexões acerca dos limites da vida e da morte e discutir como as construções sociais atravessam tais concepções. Problematiza-se ainda como as características da contemporaneidade tornam possíveis e ao mesmo tempo mais complexas as discussões em relação aos problemas bioéticos. Apresentamos os atravessamentos da bioética, especificamente da eutanásia, no exercício profissional da psicologia.
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Esta pesquisa em História Social da Psicologia produz uma narrativa histórica sobre o curso de graduação em Psicologia das Faculdades Unidas Católicas de Mato Grosso (FUCMT). Ela assume que as memórias pessoais e documentais são construtos socioculturais e, assim, utiliza fontes textuais e orais para produzir tal narrativa. Os resultados apontaram que o curso atendeu a uma demanda de “modernização” da cidade de Campo Grande por meio do desenvolvimento do ensino superior. Além disso, atendia a demandas sociais, políticas e econômicas da expansão do Oeste, capitaneadas pelo governo militar brasileiro à época. Isso ocorreu a partir de um currículo operacionalizado de forma particular se comparado aos indicativos legais, com uma tônica no campo da educação. Este artigo contribui para a preservação das memórias da Psicologia em um dos primeiros cursos de graduação do estado, ampliando saberes sobre a história da Psicologia no país.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (68)
- Livro (9)
- Seção de livro (54)
- Tese (34)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (3)
- Entre 2000 e 2024 (161)
- Desconhecido (1)