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O presente artigo propõe uma clínica política enquanto abordagem ética que articula o cuidado através da arte, da clínica e da política, com o reposicionamento psicossocial e a criação de vida. Partindo da noção de política de Rancière enquanto partilha do sensível, tece uma crítica da neutralidade disciplinar e normalizadora da psicologia, que aparta o sujeito do campo coletivo de forças políticas, para articular a clínica política à atenção psicossocial enquanto atitude experimental voltada para os verbos que produzem vida ao invés dos predicados que a naturalizam em estados de coisas. Com isso, atrela os processos de subjetivação à ação política de modificação da partilha do sensível, na medida em que redistribui as partes que definem as posições na sociedade e o próprio jogo político-social.
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Este artigo apresenta uma discussão sobre saúde e cuidado junto a pessoas em situação de rua no município de Parnaíba - PI. A discussão foi construída em torno das estratégias de cuidado e do desenvolvimento de práticas que efetivamente dialoguem com as questões concretas de tal segmento populacional, levando em consideração a multiplicidade de fatores que atravessa o viver em situação de rua e sobrepondo uma “ética da vida” a valores e perspectivas de cunho moral. Como ponto de partida, nos encontramos com as pessoas em situação de rua para além da teoria, com territórios existenciais como espaços possíveis para dialogar sobre a vida em situação de rua e construir estratégias de promoção de vida, saúde e cuidado capazes de efetivamente atender tais pessoas. Além da habitação não-convencional, estar em situação de rua posiciona as pessoas em experiências outras como pobreza, invisibilidade e exclusão social, desrespeito aos direitos humanos, estigmas e relações de tutela. Para compreender a rua como território de vida e de cuidado, buscamos: situar a vida em situação de rua como um outro que se apresenta aos padrões de vida moderna territorializada, previsível e controlável; encontrar com as políticas e teorias, a fim de conhecer quem fala e o que se fala sobre a situação de rua; e produzir deslocamentos nos lugares e nos discursos estabelecidos acerca dessa realidade, a fim de afirmá-la como alteridade e, a partir disso, inventar estratégias de cuidado que potencializem as existências em situação de rua.
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O presente artigo promove uma reflexão acerca da tríplice estrutura de dominação, o capitalismo patriarcal colonial, que sustenta a opressão, as desigualdades, a violência, a subalternização, a marginalização, a exploração, a vulnerabilidade e a exclusão social, e que coloca em um extremo o homem branco rico e no outro a mulher negra pobre. A mulher negra é alocada como sendo o outro do outro nos campos político, econômico, cultural e social, em virtude de ser o outro do homem e o outro do branco, uma antítese da masculinidade e da branquitude, estando, portanto, hierarquicamente na posição mais vulnerável na supremacia patriarcal e colonial do capitalismo. Para a superação dessa realidade, é necessária a transformação da lógica capitalista, que só é possível através de um processo de retirada de máscaras brancas das peles negras, rompendo-se o silêncio, fazendo-se usos da raiva, para, enfim, viver de um amor ético, estético e político.
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Tipo de recurso
Ano de publicação
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Entre 2000 e 2024
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Entre 2010 e 2019
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- 2019 (4)
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Entre 2010 e 2019
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