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Resultados 18 recursos
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Pretende-se, neste artigo, descrever e analisar sucintamente como o Fundo das Nações Unidas para a Infância vem governando, por meio de estratégias da economia política, os corpos de crianças e adolescentes como investimento, pela noção de desenvolvimento, de maneira a acionar tecnologias de biopoder. Uma das metas desse organismo, ligado à Organização das Nações Unidas (ONU), é objetivar desenvolvimento como ciclo de vida e progresso de uma nação, simultaneamente. Forjar um sujeito empresário de si garantiria supostamente segurança e crescimento econômico e social ao Estado e ao mundo globalizado. Através de estudos que atuam com as ferramentas de Michel Foucault, podemos interrogar tais práticas e desnaturalizá-las, em uma perspectiva histórica e inquietante, frente ao tempo presente.
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Neste estudo investigamos a recepção do filósofo francês Michel Foucault (1926-1984) na Psicologia Social brasileira a partir da análise dos usos do autor nas publicações da Revista Psicologia & Sociedade (1986-2017), da Associação Brasileira de Psicologia Social (ABRAPSO). O corpo documental desta pesquisa histórica foi composto de 90 artigos que citaram nominalmente o autor. Caracterizou-se a produção levantada quanto ao ano de publicação, distribuição geográfica, vinculações institucionais das autorias, temas e delineamentos dos estudos. Foram encontradas citações do filósofo durante todo o recorte temporal estabelecido, sendo a primeira em 1986, e o ano com maior frequência, 2012. Os trabalhos ligam-se majoritariamente a Instituições de Ensino Superior Públicas brasileiras, especialmente das regiões Sudeste e Sul (74,4%). Dos 90 estudos, 54 foram teóricos, e 36, empíricos. Versaram sobre Reflexões conceituais e epistemológicas, Políticas Públicas, Reflexões sobre a Psicologia, Subjetivação, Gênero/Sexualidade/Feminismo, Infância/Adolescência/Juventude, Arte-Política e Outros.
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Pensar a produção e o uso de fármacos e de psicofármacos no presente nos inquieta e nos move a uma escrita que interroga as práticas medicalizantes e medicamentosas da vida em nome das tentativas de garantir segurança biopolítica empreendedora de performances potencializadas e anestesiadas e de disciplinas ordenadoras de corpos úteis e dóceis. O ensaio que ora apresentamos interroga as relações entre saúde, economia e as funções de poder saberpsiquiátrico-terapêuticas que conjugammedicamentos e normalização de condutas como respostas a problemáticas e situações complexas no plano da constituição de nossas existências.
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Este estudo teórico tem como objetivo problematizar a comercialização das células-tronco do cordão umbilical por bancos públicos brasileiros que ofertam os serviços de coleta, criopreservação e armazenamento do sangue umbilical. Entendemos que os bancos públicos impulsionam a capitalização a vida por meio da valoração econômica e afetiva do sangue umbilical. Centrar-nos-emos em discutir como os bancos públicos, na medida em que arregimentam tal capitalização, propulsionam uma segregação dos recursos disponíveis, já que o acesso público aos tratamentos disponíveis pelas células umbilicais ainda é restrito a poucos, assinalando uma resignação diante de desigualdades em que não se questiona uma possível distribuição equitativa do material biológico em questão, tampouco a possibilidade de sua não capitalização.
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Neste ensaio, de natureza teórica, discutimos a medicalização da vida, em sua faceta neoliberal, e como esta se efetua em práticas que visam potencializar processos de subjetivação conduzem à formação de biocidadãos empreendedores de si e endividados. Para tal, as reflexões se pautam por contribuições de Michel Foucault e por contribuições recentes a respeito da bioeconomia e processos de subjetivação. Argumentamos que em confluência com as reflexões sobre biocapital e capital vivo, o governo da vida medicalizada requer uma dimensão produtiva e de capitalização subjetiva necessária à engrenagem neoliberal.
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Este artigo propõe uma análise das práticas do UNICEF que estão articuladas com uma rede de maneiras de governo das condutas, por meio da estatização da população, da governamentalização do Estado, da descentralização das políticas públicas e sua relação com as organizações não governamentais, fundações, institutos, universidades, entidades religiosas, assessores, editoras, conselhos de direitos e profissionais, pesquisadores e grupos de pesquisa, bancos mundiais e outros órgãos do Sistema Nações Unidas. Especificamente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância se voltou para crianças e adolescentes, classificados como em perigo e perigosos, de países em desenvolvimento. Interrogamos a gestão da vida por meio da produção da verdade e dos efeitos de poder de uma biopolítica em que empresariamento e investimento se tornaram racionalidades de proteção da infância, entrecruzando direitos com economia política.
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Félix Guattari viajou diversas vezes ao Brasil. Em 1985, saiu do circuito mainstream acadêmico brasileiro e esteve em Belém do Pará, na Região Norte do país. O objetivo deste artigo é discutir a vinda de Félix Guattari à Belém do Pará, no ano de 1985. Como método utilizamos a História Oral e Cultural para descrever e analisar as ressonâncias desta vinda. Analisamos fontes orais e registros de jornais que puderam apresentar passagens do acontecimento Guattari, em Belém. Constatamos que o convite à Guattari foi feito por professores relacionados à Psicanálise que tinham leituras políticas e críticas. Félix ministrou duas conferências: “Movimentos Sociais e Partidos Políticos” e “Desejo e Política”, em um auditório de hotel da cidade. Após esta passagem, inúmeras inflexões foram produzidas e ressonâncias geradas na formação em Psicanálise, em Psicologia, nas Artes, na Cultura e nas resistências políticas, na Cidade das Mangueiras.
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O artigo coloca em debate as práticas do UNICEF a respeito da educação infantil, no Brasil, interrogando como estas recomendam uma política compensatória, realizada pela própria comunidade, pelos jovens e pelas famílias que moram em bairros não centrais das cidades, com objetivos de coesão e assistência social. Geralmente, o UNICEF prescreve que sejam usados espaços vazios, como galpões de igrejas e de associações comunitárias, com mão de obra voluntária, pertencente ao local de funcionamento, recebendo algum subsídio privado por meio de fundações e institutos do terceiro setor. A noção de família carente, de privação cultural e afetiva, de carência alimentar e nutricional, de ausência de lazer e espaços de brincadeira, nesses bairros, bem como a baixa escolaridade dos pais e responsáveis são os motivos elencados pelo UNICEF para justificar uma política de educação infantil compensatória, no Brasil, ainda na atualidade.
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Neste artigo visamos a pensar algumas apropriações de tecnologias de guerra e de controle social nas políticas bélicas transnacionais mobilizadas em nome da paz mundial e construímos breves provocações a respeito do posicionamento dos organismos multilaterais, em especial da Organização das Nações Unidas (ONU), frente à extensão do emprego de tecnologias remotamente tripuladas acionadas para matar em nome da defesa social. Por meio de uma história do presente, interrogamos como o biopoder, intensificado por tecnologias remotamente controladas e justificado por relatórios que pretensamente seriam anteparos à violação de Direitos Humanos, aciona os racismos difusos que orientam ataques bélicos pautados pelo combate ao terror e pela democratização mundial. Os organismos multilaterais, em tempos neoliberais, formam parte das alianças biolíticas que sustentam a intensificação dos mecanismos de segurança e políticas de dizimação.
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O artigo visa analisar algumas práticas de medicalização da infância e da educação na formação de professores, em especial pelo currículo como uma ordem do discurso, que veicula saber e poder, fabricando sujeitos e subsidiando um mercado neoliberal, baseado na escola como empresa. O biopoder, conceito forjado por Michel Foucault, é importante para a presente análise teórica, em formato de ensaio, das práticas disciplinares e biopolíticas presentes na formação dos professores de crianças, encaminhadas para a realização dos diagnósticos recorrentemente, no Brasil, como um acontecimento analisador da oferta massiva dos saberes biomédicos aos educadores como fosse uma solução mágica para todas as dificuldades da escola e da família no presente.
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Estudar documentos não é algo comum à Psicologia, porém, é um caminho pertinente para operar a problematização de nosso presente, que diz respeito a uma área tradicionalmente trabalhada pelos historiadores. Contudo, a Psicologia Social e Institucional tem buscado se apropriar dessa metodologia e, assim, aberto um campo relevante de estudos até então negligenciado pelos pesquisadores em Psicologia. Como nossa pesquisa se insere em um campo de estudos ainda pouco explorado pela Psicologia, acreditamos ser pertinente apresentar apontamentos sobre os embates que operaram no campo da história, para que se formasse uma visão mais ampla e abrangente sobre a noção de documento, além da abertura às novas temáticas com forte destaque ao movimento dos Annales. A partir dessa contextualização, procuramos focalizar a inserção das pesquisas históricas efetivadas por Michel Foucault, e a constituição de uma trilha de precauções metodológicas, denominada arqueogenealogia.
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Este artigo analisa as práticas de resistências às mordaças, em contextos democráticos. A crise institucional das democracias mundiais e da brasileira foi acompanhada por movimentos que não cessaram de questionar o estatuto concretamente participativo e representativo das democracias atuais. Em uma perspectiva histórica, são problematizados acontecimentos analisadores efetuados pelos movimentos sociais de junho de 2013 e de alguns outros que ocorreram contemporaneamente. Pensamos as práticas realizadas após os movimentos e os protestos feitos, tais como: repressões policiais, judicialização e medicalização dos manifestantes.
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O artigo busca pensar alguns aspectos da cidade e da circulação na mesma, sobretudo em contextos urbanos, interrogando os estigmas e resistências que modulam e são modulados pelas práticas complexas que fabricam os modos de ser, de viver, de sentir, de agir e se relacionar na cidade como espaço público. A cidade como lugar em que tempo e espaço convergem e se entrecruzam é um importante lugar de disputas e lutas por direitos, simultaneamente de conflitos de interesses, em constante transformação e tentativas do Estado em organizar e gerir subjetividades e vidas. A apropriação das cidades como negócios por corporações e grupos que visam extrair privilégios tem sido regular, sobretudo, no capitalismo neoliberal das últimas décadas. Concluindo, busca-se apresentar resistências em que a transformação democrática do espaço urbano é um ideal permanente diante da produção de estigmas e segregações.
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O artigo traz uma análise das práticas do UNICEF frente às famílias brasileiras a partir de uma pesquisa histórica, de caráter documental, utilizando diversos relatórios do Fundo das Nações Unidas para a Infância como fonte primária. Crianças e adolescentes são um segmento da população alvo de governo dessa agência multilateral por meio da medicalização de seus familiares, em nome da proteção e defesa dos direitos humanos. O estudo compõe uma rede mais ampla de análises de documentos de organismos ligados à Organização das Nações Unidas (ONU), buscando auxílio teórico e metodológico nos instrumentos legados por Michel Foucault em diálogo com diferentes contribuições.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (14)
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- Seção de livro (2)
Ano de publicação
- Entre 2000 e 2024 (18)