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  • O artigo aborda a construção da Psicologia no Rio Grande do Sul no período da repressão política vivido no Brasil, de 1964 a 1985. Examina-se um conjunto de conceitos muito pertinentes à Psicologia Social, ilustrados por narrativas que referem saberes, práticas e preocupações de fundo sócio-político. Ao refletir sobre os processos de instituição desses saberes e práticas e situá-los historicamente, pretende-se dar visibilidade a lutas recentes protagonizadas por minorias ativas que tiveram sua voz silenciada ou exilada mediante a força bruta imposta pelo regime militar. Se durante as décadas supracitadas o “psicologismo” serviu para fortalecer estruturas opressivas, desviando a atenção para aspectos individuais e descontextualizados, as práticas psicológicas também articularam espaços emancipatórios e críticos através da resistência e problematização de grupos organizados no interior do sistema hegemônico. Tais movimentos articularam uma práxis construída socialmente, tramada no cotidiano, imbricada na complexidade das redes de relações sociais que se estabeleceram no contexto vivido. Reforçar o vínculo da área à vertente social é considerar as relações da Psicologia com os problemas coletivos que afetam as maiorias populares.

Última atualização da base de dados: 21/11/2024 18:57 (UTC)

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