A sua pesquisa
Resultados 6 recursos
-
Caminhar com a ética no presente, em termos de regulamentação da profissão de psicólogo, é um exercício que tem feito parte de um conjunto heterogêneo de reflexões e práticas, pois requer uma ontologia da atualidade: o que se torna problema ético nesse momento, e como se movimentar com ele? Para abordar essas questões, este artigo examina um pouco a história dos marcos regulatórios deontológicos, em diálogo com questões epistemológicas que os constituem e seus desdobramentos em termos de questionamentos sobre contradições, dilemas, bem como a necessidade de princípios éticos que orientam e interrogam no presente, a partir do fazer profissional da psicologia. Entende-se a ética como forma de relação com a alteridade, afirmando que as regras deontológicas da profissão serão sempre dinâmicas, insuficientes e controversas, resultando em dilemas datados. Ainda assim, são necessários princípios claros que impliquem a não pactuação com as omissões – que são também formas de violações e violências –, heranças de epistemologias e práticas coloniais que, historicamente, a psicologia, como ciência e profissão, produziu e com as quais se aliançou. Refletiu-se sobre situações e desafios contemporâneos para a psicologia, concluindo que a acusação de politização, que recai sobre debates éticos necessários a esse exercício profissional, revela um medo apreensivo de lidar com os segredos coloniais dessa ciência e profissão.
-
Neste artigo, são problematizadas algumas condições de emergência das políticas públicas de saúde voltadas para a criança, que surgem como uma forma de retomar os regimes de verdade que sustentaram, em diferentes épocas, o cuidado com a saúde da criança. Essas condições de emergência dizem respeito aos modos como a criança se tornou alvo das estratégias de governo das condutas, ou seja, de biopoder. Coloca-se em evidência a construção de uma saúde pública direcionada ao cuidado da criança, bem como os efeitos dessas práticas, para posteriormente problematizar o processo contemporâneo de construção do Sistema Único de Saúde.
-
Nosso objetivo é discutir a história da constituição de novos objetos no campo da Psicologia social brasileira, particularmente dos processos de urbanização, globalização, informatização da sociedade e suas interfaces com os processos de subjetivação. Tal discussão é resultado de uma pesquisa realizada nos resumos dos Anais dos Simpósios da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia (ANPEPP), abrangendo o período de 1988 a 2010. Nossa metodologia propõe uma genealogia da Psicologia social brasileira. Utilizamos a perspectiva foucaultiana sobre a história, o conhecimento e as subjetividades como ferramentas teóricas e analíticas. A partir dessa análise, afirmamos a possibilidade de uma história da Psicologia social brasileira que não se escreve a partir dos seus grandes representantes ou vertentes teóricas, mas da constituição de novos problemas, objetos e campos de intervenção. Nesse sentido, buscamos acompanhar a constituição de seus múltiplos objetos e perspectivas, assinalando a não linearidade de seu desenvolvimento, mas suas controvérsias e rupturas.
Explorar
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (3)
- Livro (2)
- Seção de livro (1)
Ano de publicação
-
Entre 2000 e 2024
(6)
- Entre 2000 e 2009 (3)
- Entre 2010 e 2019 (2)
-
Entre 2020 e 2024
(1)
- 2024 (1)