A sua pesquisa
Resultados 123 recursos
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Investigações sobre diferenças de sexo na atribuição de qualidades fenomenais à recordação de eventos pessoais têm apresentado resultados controversos. Enquanto alguns estudos enfatizam que mulheres experimentam maior intensidade emocional e ensaiam memórias mais freqüentemente (reminiscência), outros não encontraram diferenças significativas. Este estudo investigou efeitos de sexo sobre a intensidade emocional de memórias autobiográficas, tanto como qualidade fenomenal da experiência presente de recordação, quanto como propriedade atribuída retrospectivamente ao evento original. Participaram do estudo 66 estudantes de graduação, pareados por sexo e idade, que responderam a 16 itens do Questionário de Memória Autobiográfica (QMA) para diversos tipos de eventos autobiográficos. Mulheres tiveram escores mais altos em todas exceto uma escala (evento incomum). Imaginação visual e ensaio manifesto foram as únicas variáveis cujas diferenças foram estatisticamente significativas (p < 0,05). Os resultados concordam com a literatura que tem encontrado diferenças de sexo pequenas, não-significativas, na atribuição que qualidades fenomenais a memórias autobiográficas. Defende-se uma abordagem que integre evidências de qualidades fenomenais e reminiscência.
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Os autores oferecem um breve estudo sobre a pesquisa e a prática psicológica em hospitais, baseada em percurso histórico. O texto organiza-se em torno de três temas: 1) aspectos que levaram psicólogos a trabalharem em hospitais gerais; 2) relações entre o desenvolvimento da profissão como um todo e o trabalho em hospitais; e 3) contribuições da prática hospitalar para a profissão. Os autores detêm-se no debate entre argumentos que defendem as inovações profissionais decorrentes da prática em hospitais e que entendem que não há inovações e sim adequações de práticas existentes. Concluiu-se que o debate entre inovações e adequações tem sido importante para definir as especificidades necessárias ao trabalho em hospitais e para o aprimoramento da formação psicológica. Seja como for, é inegável que a prática psicológica é uma atividade indispensável ao hospital e uma forma de levar atendimento psicológico a um grande segmento da sociedade.
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“Psicoterapias, para além da técnica”. Este poderia ser outro título para a proposta deste livro. Isto porque a intenção deste projeto, que ora apresenta-se ao leitor, é exatamente debater questões que ficam aquém e além da técnica psicoterápica. Não se trata de simplesmente questionar o instrumental do psicoterapeuta ou de apontar como se deve trabalhar com esta ou aquela patologia, ou nesta ou naquela abordagem. Mas de questionar o lugar e o próprio fazer do psicoterapeuta. Este livro foi pensado e é dirigido a todos aqueles que se interessam, verdadeiramente, pelo campo das psicoterapias; e não faz diferenciação entre os iniciantes e os iniciados, entre os experientes e os curiosos,entre profissionais desta ou daquela área, por entender que nenhuma práxis subsiste sem um questionamento sobre suas bases, direções, entendimentos e relações.Artigos Neste Volume:- Ensaio sobre a cegueira de Édipo: sobre psicoterapia, política e conhecimentoMaurício da S. Neubern- Sentidos subjetivos, linguagem e sujeito: implicações epistemológicas de uma perspectiva pós-racionalista em psicoterapiaFernando Luis González Rey- Reflexões sobre o campo das psicoterapias: do esquecimento aos desafios contemporâneosAdriano Furtado Holanda- Desnaturalizando o fim social da psicologia clínicaMarcelo M. Nicaretta- Psicoterapia e pesquisa: desafios para os próximos 10 anos no BrasilMaria Adélia Minghelli Pieta, Thiago Gomes de Castro e William Barbosa Gomes- Psicoterapia: o percurso histórico nos desafios por uma formação sem regulamentaçãoBárbara de Souza Conte- Psicoterapias: valoração e avaliaçãoFrancisco Martins e Valeska Zanello- Psicoterapia e clínica ampliada: diferenciando horizontes interventivosAdelma Pimentel
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A verificação de resultados de tratamentos psicoterapêuticos tem se mostrado tarefa tão desafiadora quanto a explicação de como tais resultados ocorrem, quando constatados. Sabe-se que o principal fator para a efetividade é a qualidade da relação entre terapeuta e paciente. Descrever essa relação como um ato comunicativo é uma alternativa para abordar o fenômeno tanto em suas manifestações comportamentais quanto reflexivas. Nesse sentido, este trabalho apresenta uma revisão sobre a relação terapêutica em suas propriedades dialógicas e semióticas. Conclui-se que a psicoterapia pode ser compreendida como um processo no qual o diálogo (inter e intrapessoal) se articula diretamente com os resultados dos tratamentos, a partir da modificação de significados de narrativas e de histórias de vida. Na primeira parte, realiza-se uma exposição crítica do modelo dialógico do self. Na segunda parte, analisa-se a relação entre dialogicidade e psicoterapia em dois contextos: o modelo da autoconfrontação e a crítica dialógico-semiótica das terapias tradicionais. Por fim, apresenta-se uma proposta dialógico-semiótica de psicoterapia centrada na comunicação, a qual resgata as qualidades dialógicas, narrativas e semióticas do self como fatores decisivos para a efetividade da relação terapêutica.
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Este estudo examinou 67 relatos sobre eventos marcantes na história de vida de estudantes universitários, com idade entre 17 e 45 anos, para análise de essencialidade (o que é um evento marcante) e de expressividade (estilo de narrativa descritiva ou dinâmica). Os dados foram obtidos através de entrevistas abertas, solicitando aos participantes que relatassem por escrito um evento marcante que viveu. A análise de essencialidade foi orientada pelos três passos reflexivos da tradição fenomenológica (descrição, redução e interpretação) e apontou para uma estrutura de quatro partes mudança de vida, reações emocionais intensas, sentimentos de longa duração, e avaliação de resultados. A análise de expressividade seguiu a fórmula da ponderação de substantivos e adjetivos e de verbos e advérbios para classificar o estilo de narrativa em descritivo ou dinâmico. Tal distinção não ficou clara em todos os eventos. Contudo, narrativas com estilo exclusivamente descritivo estavam associadas a relatos de eventos negativos que incluíam a avaliação de resultados. Os temas recolhidos confirmam a listagem usada em questionários sobre eventos marcantes. Entretanto, temas peculiares foram também apontados como intensamente significantes.
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A neuropsicologia cognitiva é apresentada em seu desenvolvimento histórico e principais mudanças metodológicas. Os debates ontológicos sobre as relações entre mente e cérebro na história da psicologia são apresentados. O surgimento da neuropsicologia é descrito como resultante dos estudos sobre as relações entre afasia e lesões cerebrais. A pesquisa sobre cognição, uma forte ênfase na psicologia nas últimas quatro décadas, é reconhecida como uma contribuição na compreensão das operações mentais humanas. Tais desenvolvimentos acabaram por fortalecer as relações entre cérebro e mente. As principais propostas metodológicas em neuropsicologia cognitiva são discutidas com especial ênfase nos seguintes aspectos: debates entre estudos de caso e estudos de grupo; dissociações entre tarefas cognitivas; e avanços e limitações das técnicas de neuroimagem. Finalmente, descreve-se o processo histórico de organização científica e profissional da área.
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The science and practice of psychology has evolved around the world on different trajectories and timelines, yet with a convergence on the recognition of the need for a human science that can confront the challenges facing the world today. Few would argue that the standard narrative of the history of psychology has emphasized European and American traditions over others, but in today's global culture, there is a greater need in psychology for international understanding. This volume describes the historical development of psychology in countries throughout the world. Contributors provide narratives that examine the political and socioeconomic forces that have shaped their nations' psychologies. Each unique story adds another element to our understanding of the history of psychology. The chapters in this volume remind us that there are unique contexts and circumstances that influence the ways in which the science and practice of psychology are assimilated into our daily lives. Making these contexts and circumstances explicit through historical research and writing provides some promise of greater international insight, as well as a better understanding of the human condition.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (61)
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- Tese (18)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (24)
- Entre 2000 e 2024 (99)