A sua pesquisa
Resultados 8 recursos
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Evidenciam-se contribuições dos fenomenólogos Stein e Wojtyla quanto à constituição da pessoa em ação. Analisando vivências, Stein sistematiza dinâmica da motivação: a pessoa volta-se intencionalmente para objeto apreendendo conteúdo de sentido para agir com liberdade a partir da correspondência entre provocações razoáveis indicadas pelo objeto e exigências constitutivas de si. Wojtyla analisa dinamismo da ação que revela e realiza a pessoa. Toda realização contém auto-realização por mobilizar a pessoa inteira a partir do seu centro, constituindo-se dever moral porque toca na verdade de si. Delineia-se percurso da experiência da ação pela apreensão da estrutura pessoal realizada em ato (Stein) e pela ação auto-realizadora reveladora dessa estrutura (Wojtyla). A novidade deste percurso consiste em: valorizar análise vivencial como caminho descritivo da subjetividade; evidenciar ação enquanto reveladora e constituinte da pessoa; reconhecer que o ser pessoa emerge de elaboração coincidente com o núcleo pessoal, capaz de formá-lo em sua unidade e totalidade.
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Dada a atualidade da discussão da significação do voluntariado em determinado contexto religioso, objetivamos investigar a inter-relação entre voluntariado e experiência religiosa vivida e revelada pelos sujeitos da experiência. Para tanto, selecionamos uma instituição espírita como ocasião de apreensão dessa inter-relação pois, além de compreender que o Espiritismo propõe o voluntariado de modo próprio, percebemos como a religiosidade daquelas pessoas se apresenta enquanto elas se dedicam ao trabalho voluntário. Os dados foram coletados em entrevistas semi-estruturadas e analisados fenomenologicamente. A análise indica que (1) ação voluntária é vivida como abertura à experiência religiosa: doando-se ao outro em gestos, a pessoa reconhece sua ação sustentada por presenças transcendentes e direcionada à afirmação de horizonte absoluto; (2) vivência da religiosidade ordena a compreensão da realidade, fundamentando e direcionando a ação reconhecida como dever correspondente a si. Conclui-se que realização de si é fator estruturante da mútua-constituição entre voluntariado e experiência religiosa.
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Desafios da convivência entre culturas mobilizaram a proposição de diferentes correntes teóricas e modelos de organização social e de educação desde o início do século XX. As classificações formuladas para categorizar tais correntes em geral enfatizam as diferentes posições ante a diversidade cultural apenas. Neste trabalho, objetivamos propor uma classificação que considere também posicionamentos sobre a igualdade humana. Realizamos revisão bibliográfica de tipo narrativa para analisar condições de surgimento e fundamentos filosóficos de três das principais perspectivas interculturais formuladas no último século: assimilacionismo, multiculturalismo e interculturalismo. A partir dessa análise, aplicamos a nova classificação e podemos compreender as três perspectivas como pertencentes ao projeto da modernidade e da pós-modernidade, destacar riscos da polarização de posições e explicitar a complexidade das profundas transformações sociais e educacionais necessárias para que se consolidem as almejadas experiências de interculturalidade. Concluímos que a nova classificação proposta pode fomentar discussões ao considerar desafios históricos a que cada perspectiva busca responder, valorizando suas contribuições próprias.
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O presente estudo objetiva compreender a ideia de formação que perpassa as primeiras propostas curriculares para o ensino da Psicologia no Brasil. Para o alcance deste objetivo foi utilizada abordagem descritiva e analítica da história da Psicologia científica, a partir do estudo de duas fontes principais, sendo elas o currículo de 1932 proposto por Waclaw Radecki e o currículo mínimo de 1962 reconhecido pelo Estado brasileiro, além de fontes complementares que versam sobre o tema. Foram identificadas duas categorias que circularam as proposições curriculares do ensino em Psicologia no Brasil, a saber: formação do psicólogo generalista e do especialista, sendo prevalente esta última. Concluímos que as propostas formativas que visaram alcançar o perfil do graduado em Psicologia no Brasil, sobretudo em sua gênese, revelam muito mais uma reação às questões político-sociais e culturais da época do que a construção de um sentido próprio para a formação do psicólogo brasileiro.
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Em 2021 a Revista Memorandum alcançou o marco de 20 anos de publicação ininterrupta, difundindo no país pesquisas do campo da fenomenologia, memória, história e religião. No mesmo ano, celebramos também 20 anos do início da parceria da filósofa italiana Angela Ales Bello com pesquisadores brasileiros. Como um brinde à dupla comemoração, discutimos neste texto a originalidade da fenomenologia clássica e suas contribuições para as ciências em geral e, em particular, para a psicologia, psicopatologia e estudo das religiões. Também é realizado um resgate de memórias sobre o início do intercâmbio com pesquisadores brasileiros que contribuiu a um só tempo para o desenvolvimento da psicologia fenomenológica no país e para a consolidação da revista Memorandum como periódico de referência nesta área.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (5)
- Seção de livro (3)
Ano de publicação
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Entre 2000 e 2009
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