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Neste texto, abordamos a Mostra Nacional de Práticas em Psicologia a partir dos conceitos de arquivo e testemunho. Considerando-a como arquivo coletivo, a Mostra pode ser vista como o plano comum de uma multidão enunciadora que, como testemunha, enuncia aquilo que tem sido e em que está se tornando a Psicologia como ciência e profissão. A questão dos diálogos da Psicologia com outros saberes é mostrada como relevante aos devires de nossa ciência, uma vez considerarmos que dialogar com outros domínios das ciências, das artes e da filosofia refere-se a um modo de produzir aberturas no atual arquivo de saberes que produzimos em direção a outros e novos futuros possíveis.
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Trabalho apresentado no Seminário TECENDO VOU SENDO: TESSITURAS A PARTIR DA OBRA DE ARTHUR BISPO DO ROSÁRIO. PPGPSI/PPGAVI/ 22 de junho de 2012.
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Este texto é um biografema – biografia inventada e fragmentária –, sem compromisso com dados e fatos comprováveis pelos grandes arquivos. É inspirado na vida de Ângelo, apenado do Presídio Central de Porto Alegre, que escreve cartas a amigos e familiares. “O açougueiro” cria uma insólita realidade em que a escrita é performatizada como ato de testemunhar, dando luz a um passado que não está nos arquivos, mas no ato de retirar de sua poeira esquecida o que insiste.
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O estudo de Ética de Spinoza, através de Deleuze, é ponto de partida para compor uma rede, na qual o aprender escapa das polaridades sujeito-objeto e das tramas da representação. Indicada pela concepção de individuação e logo problematizada pelos lugares de autoria e de autor, procura em seu emaranhado, assinalar as possibilidades de reverter a individualização. A tentativa de urdir com uma diversidade de conceitos no âmbito da filosofia da diferença, tais como gênero de conhecimento, dimensões da individuação, plano de imanência, dentre outros, faz com que a trama seja tomada de intensidades que convocam outras proposições - o tempo-duração, o fora. Desse modo, o texto ‘destecido’ mantém-se como um todo-aberto.
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Neste artigo colocamos em análise o que denominamos um modo de gestão manicomial da vida. Procedimentos psicológicos e psiquiátricos alongados no social, que vêm operando um pesado e minucioso maquinismo conectando a mídia, o ensino, o lazer, o corpo humano, a indústria da saúde, o Estado. Tidos como naturais e evidentes, tais maquinismos se expandem cada vez mais através de novas instituições e na vida mais comum. O que temos feito com a diferença, o que temos feito com aqueles comportamentos que não se enquadram em contornos normalizantes? Trata-se aqui de abrir alguns destes maquinismos, tidos como tão naturais e evidentes que se expandem cada vez mais em novas instituições e na vida mais comum, problematizando a produção proliferante de seleções, triagens, especialismos e instituições de cuidados.
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Este artigo se propõe a seguir os caminhos abertos por uma vivência para repensar e retrabalhar o que é uma memória, seu uso, seu signo e sua morte; não mais a vendo como algo perdido, mas como uma potência, algo que impulsiona o presente, sempre o retornando de maneiras diferentes e novas; podendo, portanto, lembrar, escrever e esquecer aquilo que traz uma possibilidade de elaborar o luto e de narrar o novo. Lançando mão de autores como Gagnebin, Benjamin e Deleuze, o artigo reflete a possibilidade de narração, no tempo presente, de algo que ocorreu no passado, mas que ainda faz barulho.
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O presente texto tem como objetivo expor os caminhos metodológicos abertos a partir de questões éticas que surgem das operações de escrita amparada com imagens. Desenvolve um entendimento da imagem como sendo algo que se insere em um texto de forma anômala e em desvio com a linearidade do seu caráter discursivo. Tal problematização contou com um diálogo com os trabalhos desenvolvidos por Aby Warburg e André Malraux. sendo que a compreensão espacial que esses autores dão tanto à escrita quanto à produção de imagens serviu como inspiração para o delineamento de uma proposta metodológica. Foi pensado como proceder para realizar uma exibição ou uma apresentação através da textualidade, tentando produzir um museu em escrita, uma maneira que possibilitasse a exploração formal da tensão entre dois meios.
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A ideia de “máquina universal” foi proposta por Alan Turing em 1936, máquina capaz de computar e executar qualquer máquina computável, vindo a ser tomada como um dos modelos abstratos do computador. Propomos pensar como se dá a constituição da subjetividade em um mundo cada vez mais habitado e mediado por máquinas universais. Abordaremos a noção de daemon, tanto em seu sentido computacional, como programa que é executado sem a intervenção do usuário, quanto em seu sentido grego original, fazendo a sua breve história, para pensar como a máquina universal se compõe com uma cognição estendida ou distribuída, e os problemas políticos e éticos que dai advêm através da problematização da noção de comunicação, nos levando a pensar uma subjetividade descentrada e atravessada por daemons.
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O objetivo desse artigo é evidenciar modos de existência que se apresentem como alternativas aos tempos de medo instalados no Brasil. A partir de David Lapoujade e José Celso Martinez Corrêa, busca-se dar consistência ao ato de re-existir, uma existência processual que possui seu modo de ser intrínseco e incomparável através de sua inserção em um ecossistema, sobrevivendo e fazendo sobreviver. Com isso, expressamos pontos de uma arte da existência, na qual o testemunho de existências pouco manifestas se desdobra em uma possibilidade de criação de outros mundos possíveis de se habitar.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (11)