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O artigo expõe análises das pesquisas-intervenção realizadas com formação e com estudos foucaultianos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Cartografa movimentos que nos desprendem dos exercícios de poder, servindo de reveladores para as transformações do sujeito. Para tanto, traz três dispositivos. Primeiro, as linhas tecidas no dispositivo aula, recorrendo ao curso A Hermenêutica do Sujeito, de Michel Foucault, e colocando em pauta a anarqueologia como atitude prática para pensar/fazer uma formação que se desvincule de pedagogias capacitadoras. Em seguida, as linhas do dispositivo se delineiam por meio de entrevistas e de alguns escritos de intercessores de Foucault para indagar se a formação perspectivada pela invenção pode ser uma formação outra, problematizadora. Em um terceiro momento, apresentam-se estratégias singulares de formar professores que privilegiam práticas éticas e políticas regulares e trabalhos dotados de continuidade, porém sem efeitos de coerção.
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O artigo expõe análises de pesquisas-intervenção realizadas com formação de professores na Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Cartografa movimentos que nos desprendem dos exercícios de poder, servindo de reveladores para transformações do sujeito. Lança mão de três dispositivos: as linhas tecidas no dispositivo aula, recorrendo ao curso A Hermenêutica do Sujeito e à noção de arqueologia; as linhas que se delineiam na atualidade mediante entrevistas de Foucault e escritos de seus intercessores; e as estratégias singulares de formação que privilegiam práticas ético-políticas regulares e trabalhos dotados de continuidade, embora sem efeitos de coerção.
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A entrevista foi realizada em 21 de julho de 2020, de modo remoto pelo zoom, atendendo ao momento pandêmico que vivemos no Brasil. Ela foi gravada e transcrita por Mychell Christiano Pires de Mello e Fabiana de Mesquita do Patrocínio Dias. Desde o Rio de Janeiro, Rosimeri e Heliana, e desde Porto Alegre, Alfredo, a entrevista-conversa acontece de modo itinerante para dar visibilidade e fazer ver e falar o trabalho dos estudos foucaultianos para o campo da educação.
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Em quinze capítulos, este livro funciona como um caleidoscópio: discute, desde múltiplas facetas, a aula inaugural que Michel Foucault ministrou, há 50 anos, no Collège de France – “A ordem do discurso”. Cada capítulo aborda distintos aspectos não só daquela aula como, ainda, discute suas conexões com outras obras do filósofo. Sendo assim, tem-se aqui um interessante transbordamento para além daquela importante aula. Resultado dos esforços inteligentes empreendidos por vinte especialistas, esses comentários marginais nos trazem contribuições valiosas que abordam desde as relações entre Foucault e o ambiente acadêmico francês, até as muitas ressonâncias entre “A ordem do discurso” e as nossas “realidades” de hoje. Talvez se possa mesmo dizer que este livro trabalha no sentido de promover uma múltipla “desrarefação”: dos ditos, daqueles que se autorizam a dizer e das condições em que acontecem os ditos. Os autores e autoras de cada capítulo, ao fazerem da escrita uma prática política, entram em sintonia com o éthos foucaultiano. Mas tal postura não significa uma suposta obediência ao filósofo, nem algum compromisso prévio com qualquer vinculação partidária e, nem mesmo, alguma adesão a priori a quaisquer princípios fundamentais. O que se tem não é militância, mas sim ativismo; são textos ativos, reativos, provocativos, combativos, conspirativos, alternativos, adversativos etc. A feliz ideia das organizadoras deste livro – duas reconhecidas especialistas no campo dos estudos foucaultianos – nos chega num momento da maior importância. No Brasil, a crise pandêmica que assombra o mundo desdobra-se em várias outras crises, cujos efeitos sociais, políticos, econômicos e éticos estão sendo devastadores. As combinações entre tais efeitos se potencializam, tornando mais tóxico o ar que respiramos. Por isso, muitos estão usando o neologismo “sindemia” para designar tais combinações e potencializações. Assim, neste contexto mais “sindêmico” do que pandêmico, o caleidoscópio que temos em mãos servirá para compreendermos melhor as ordens dos discursos que estão contribuindo para instaurar e aprofundar as dificuldades do tempo presente. Como sabemos, a compreensão é, mesmo que insuficiente, condição necessária para nos municiarmos e enfrentarmos os combates contra o status quo vigente. Alfredo Veiga-Neto
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