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  • Este artigo traz discussões acerca de uma trajetória de pesquisa-intervenção em Educação a partir de experiências tecidas no processo de constituição de Comissões de saúde por local de trabalho (Cosates) em escolas públicas de um município do sudeste brasileiro. Acompanha a constituição do Fórum Cosate e a participação de diferentes instituições, além da comunidade civil, nas lutas por políticas públicas que priorizem o cuidado à saúde no âmbito da Educação. Situa a prática da Conversa e da Roda como ferramenta teórico-metodológica para uma experiência ético-política-formadora, como força motriz para a produção de saúde. Como conclusão, o artigo apresenta a potencialidade de coletivos de trabalho nos processos formativos como modo de fazer frente à individualização que nos segmentariza no contemporâneo.

  • Este artigo apresenta narrativas de um trabalho realizado durante a formação em psicologia em duas Residências Terapêuticas no município de Cariacica, ES. As Residências Terapêuticas são um dispositivo da Reforma Psiquiátrica propostas com o objetivo de contribuir para o processo de desinstitucionalização da loucura. Discutem-se neste artigo as vicissitudes cotidianas enfrentadas no trabalho realizado, narram-se algumas experiências a partir das quais acompanhamos processos de produção de autonomia em gestação e apresentam-se alguns conceitos operativos da Análise Institucional que funcionam como ferramentas para orientar as análises dos acontecimentos que perpassam o cotidiano. A direção do trabalho é a de habitar a tênue linha do cuidado que não resvala em tutela e cerceamento dos processos de autonomia. Conclui-se que a saída dos usuários de saúde mental dos hospitais psiquiátricos para as Residências Terapêuticas não garante a produção de práticas de liberdade e cuidado, exigindo-se que haja constantes enfrentamentos das instituições produtoras de exclusão ainda incrustadas nas subjetividades contemporâneas.

  • Diante de um cenário de catástrofes no qual coabitamos com desigualdades sociais crescentes, poluição, envenenamento por agrotóxicos, esgotamento das fontes, diminuição do volume dos lençóis freáticos, desmonte de políticas públicas e acirramento de processos excludentes, nossa proposta metodológica, inspirada na obra de Ailton Krenak - Ideias para adiar o fim do mundo -, consiste em contar histórias, como forma de enfrentar o presente e forjar saídas em companhia dos povos originários. Há perguntas que funcionam como disparadoras do campo problemático de nossa escrita coletiva: De que modos podemos nos engajar em experimentações coletivas que buscam tecer possibilidades de um futuro aberto à alteridade e sua própria tessitura comum? Buscaremos responder aos chamamentos de povos da terra como pistas que orientam nossa escritura/ação/coletiva, atentando-nos para o imperativo de politizar o cuidado em relação às redes de interdependência que nos constituem.

  • Este artigo traz discussões e fragmentos de uma trajetória de pesquisa-intervenção em Educação, utilizando o recurso de uma personagem, cujo nome é Celina, como dispositivo metodológico. Buscou-se acompanhar os processos em curso, relacionados à implementação da Comissão de Saúde do Trabalhador da Educação (Cosate) nas escolas públicas municipais na cidade de Serra, no Espírito Santo, de modo que ela funcione como um disparador de discussões em torno da forma como a educação se organiza e se atualiza. O estudo destaca a potência das redes para a contração de grupalidade no enfrentamento de políticas despotencializadoras dos coletivos de trabalho na educação. As Cosates, como espaços dialógicos de análise coletiva das práticas educacionais nas escolas, possibilitaram trocas e formação de redes afetivas de trabalho e saúde. O artigo apresenta, ao final, a potencialidade de coletivos de trabalho como modo de fazer frente à massificação e individualização que segmentariza e despotencializa no contemporâneo.

Última atualização da base de dados: 21/11/2024 18:57 (UTC)

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