A sua pesquisa
Resultados 6 recursos
-
Ao modo de ensaio científico-mito-poético, que deve ser lido literalmente, narra-se a emergência, em um tempo não cronológico, da visão de um filósofo, por meio de uma bio-bibliografia de seu próprio aprendizado, utilizando-se de fragmentos de uma memória intensiva, sub-representativa, ígnea. Para tanto, inspira-se no próprio estilo dos autores citados, que se tornam, por sua vez, personagens conceituais e figuras estéticas que escrevem uma constelação de ideias que prima por diferentes maneiras de se orientar no pensamento. Ao final, tais direções e linhas diferenciais convergem na própria intuição filosófica do vidente-narrador, ao modo de uma memória e profecia impessoal e singular.
-
Partindo de uma intuição da vida como multiplicidade de forças imanentes, traça-se uma leitura literal do Tempo e da História como produção do intempestivo, a novidade, que emerge contemporaneamente como guerrilha dos modos de vida minoritários. Cartografam-se algumas linhas psicossociais desse pensamento emergente, chamado super-humano, concebido a partir do pensamento filosófico e indígena.
-
Este artigo busca evidenciar, em alguns trabalhos de Michel Foucault, assim como em outras fontes historiográficas, o surgimento do que ele denominou disciplinas nas ordens monásticas e religiosas da Igreja Católica. Para tanto, analisam-se as características do que Foucault intitulou Poder Pastoral, comparando-o com o poder disciplinar, na modernidade. O poder pastoral tem por escopo conduzir um grupo de homens para a sua salvação, na medida em que se interioriza um certo modelo por meio de técnicas precisas. Estas são as disciplinas, das quais a principal será o exame, que se manifesta, no poder pastoral, como confissão e direção espiritual (hermenêutica de si). O poder pastoral seria, assim, criador de subjetividades, almas, identidades assujeitadas e disciplinadas, ancorado nas quais o poder disciplinar moderno, inclusive na atualidade, busca normalizar e gerenciar. Neste artigo também se apresentam as maneiras como as disciplinas monásticas se espalharam no todo social e se problematiza, por fim, o modelo de sujeito em que elas repousam.
-
Neste texto tomamos alguns fatos da politização brasileira dos últimos anos como sintomas analisadores para pensarmos os efeitos que retroagem sobre seus contextos de produção e aparecimento, forçando-nos a pensar sobre suas causas e suas consequências. Diante desse cenário, avançaremos nossa análise para pensar não apenas a produção subjetiva atual, mas principalmente para entender o porquê dessa divisão política na contemporaneidade, que chamamos aqui de esquizofrenização. Primeiramente vamos analisar a dualidade do conceito de povo em Agamben, para, em seguida, pensarmos a polaridade da subjetivação, sempre social e histórica, em Deleuze e Guattari, e por fim nos perguntaremos como a Psicologia como ciência e profissão tem sofrido e agido diante dessa transformação política e subjetiva contemporânea, esboçando uma resposta possível para a seguinte questão: a psicologia tem algo a dizer diante dessa divisão subjetiva do povo brasileiro?
-
Para pensar a relação entre clínica e política na psicologia brasileira, consideramos importante retomar alguns aspectos da história da psicanálise e de sua chegada no Brasil. Reconhecendo as oscilações clínico-políticas que ocorreram ao longo desse processo histórico, ora produzindo ácidas problematizações, ora recrudescendo em sólidos conservadorismos, recortamos quatro momentos dessa história. Partindo dos textos de Freud sobre a situação social e política de seu tempo, bem como de sua condição de exilado político no final da vida, passando por Lacan que se autodenominou excomungado após sua expulsão da IPA e fundou uma nova experiência político-institucional em sua escola, sem deixar de mencionar Deleuze e Guattari em suas contundentes críticas à psicanálise, chegaremos ao Brasil e veremos que, através de grupos heterogêneos, a psicanálise se mostra eminentemente política – seja através do caráter conservador sustentado por determinados grupos, seja através de seu caráter problematizador sustentado por outros grupos.
Explorar
Autor
Tipo de recurso
Ano de publicação
-
Entre 2000 e 2025
(6)
-
Entre 2000 e 2009
(1)
- 2007 (1)
- Entre 2010 e 2019 (4)
-
Entre 2020 e 2025
(1)
- 2021 (1)
-
Entre 2000 e 2009
(1)