A sua pesquisa
Resultados 60 recursos
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In this article, we present the Laboratory of Experimental Psychology at the Belo Horizonte Teachers College (Escola de Aperfeiçoamento de Professores de Belo Horizonte) during its early years (1929-1932). The Laboratory is examined in the context of the prevailing public discourse on primary education and its renewal in Brazil. To achieve our goal, we describe the Belo Horizonte Teachers College and its Laboratory's director, tools, and functions. In presenting these aspects, we highlight the Laboratory of Experimental Psychology as an important place that promoted contact with psychological instruments, techniques, and theories. It contributed to the training of teachers and produced psychological knowledge for elementary education in Brazil.
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Este texto objetiva construir uma narrativa histórica sobre os laboratórios de Análise do Comportamento da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na década de 1970. A caixa de Skinner foi o principal objeto estudado, por sua centralidade para os referidos laboratórios. A década de 1970 foi escolhida, uma vez que os laboratórios de Análise do Comportamento foram instalados na UFMG, nessa época. A Historiografia foi o método de trabalho, especificamente o campo da História da Psicologia. As fontes utilizadas foram documentos escritos e orais. O principal resultado foi que o laboratório de Análise do Comportamento, a partir de seu uso didático, funcionou como um centralizador de agentes em prol de uma psicologia científica no recém-criado curso de Psicologia da UFMG.
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Os laboratórios científicos contribuíram para os processos de institucionalização e disciplinarização da psicologia, nos séculos XIX e XX. Tais contribuições foram registradas em diversos textos memorialísticos, que foram tomados com características historiográficas, além de outros, celebratórios. A partir da década de 1960, houve críticas à história dos laboratórios de psicologia, as quais produziram um hiato na produção historiográfica sobre eles. Diante disto, nosso objetivo é apresentar os laboratórios científicos como objeto presente na história da psicologia e, consequentemente, como um objeto de pesquisa historiográfica. Para tanto, expomos uma panorâmica da historiografia sobre os laboratórios de psicologia, notas sobre tal historiografia no Brasil e possibilidades contemporâneas de estudos sobre os laboratórios. Assim, mostramos os laboratórios científicos como objetos que permitem dizer sobre diferentes aspectos da história da psicologia.
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Objetiva-se analisar as produções sobre a abordagem centrada na pessoa (ACP) segundo a sua circulação em periódicos brasileiros, nos anos de 2002 até 2014. Foi realizado uma revisão sistemática nas bases de dados eletrônicas do SciELO e do PePSIC, utilizando diversos descritores referentes a abordagem. Foram encontrados 58 artigos. Os resultados apontam para: constância de produções em 2005-2014; concentração de publicações em dois periódicos de orientação humanista; predominância de autores e universidades cearenses; produções desenvolvidas principalmente na região Nordeste; hegemonia de produções teóricas em sobreposição aos estudos empíricos; destaque dado para discussões clínicas e históricas; apropriação da Fenomenologia filosófica e empírica para desenvolver a ACP. A continuidade do movimento de ascensão/renascimento da ACP no Brasil é questionada. Em conclusão, este estudo oferece uma compreensão de certos aspectos ACP brasileira e aponta outras possibilidades de pesquisa sobre a sua circulação.
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Objetivou-se revisitar a relação de Rogers com o movimento de recepção da Fenomenologia na Psicologia estadunidense, empregando a noção historiográfica de recepção para investigar o que foi contatado por ele, em seus aspectos históricos internalistas e externalistas. Baseados nas menções de Rogers à Fenomenologia, identificaram-se sete momentos característicos de tal relação, entre 1940-1970. Como resultado, foi constatado que a Fenomenologia que Rogers menciona não é a oriunda da Filosofia europeia, mas advém de um paradigma de ciência alternativo ao positivismo hegemônico no behaviorismo. No contexto clínico, Rogers percebeu implicações desse movimento para o desenvolvimento de pesquisas e intervenções sobre o self. No campo filosófico, ele esboçou uma teoria do conhecimento baseada na experiência tácita e pré-conceitual. Na pesquisa, ele foi simpático ao desenvolvimento de investigações fenomenológicas empíricas, mas não chegou a desenvolver uma. Conclui-se que a Filosofia fenomenológica não influenciou diretamente Rogers, mas o movimento fenomenológico na Psicologia estadunidense sim.
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Analisamos a relação de Carl Rogers com a Fenomenologia segundo uma perspectiva historiográfica que examina a ocorrência de citações e referências que ele fez a filósofos de orientação fenomenológica. As obras de Rogers foram organizadas em ordem cronológica de publicação e lidas conforme as técnicas de leitura seletiva e interpretativa. Rogers mencionou cinco filósofos de orientação fenomenológica: José Ortega y Gasset, Paul Tillich, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau-Ponty e Martin Heidegger. Destes, somente Heidegger é efetivamente trabalhado em um texto sobre o ensino e os demais filósofos procedem de indicações e citações de outros autores. Nos livros em que Rogers referencia esses filósofos não há nenhuma discussão sobre a Fenomenologia; porém, há textos em que Rogers disserta sobre a Fenomenologia sem citar fenomenólogos. A Fenomenologia que Rogers menciona não é a filosófica, a qual ele teve ressalvas, mas é um paradigma estadunidense de ciência empírica e estudos da personalidade. A despeito disso, desenvolve-se no Brasil um movimento pós-rogeriano de orientação filosófica fenomenológica. Ponderamos, finalmente, algumas observações sobre o que distingue o movimento brasileiro daquele paradigma contatado por Rogers nos EUA.
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Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.
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Este artigo propõe apresentar, didaticamente, a História da Psicologia em Contexto como uma linha de pensamento que contribui para o desenvolvimento metodológico de pesquisas historiográficas. Essa perspectiva histórica circunscreve uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem um conhecimento psicológico e possibilitam suas extensões e apropriações em outros contextos, enaltecendo suas localidades e especificidades em relação a sua matriz. Descrevemos a História da Psicologia em Contexto em relação: às fundações teóricas que definem a sua linha de pesquisa; aos conceitos que adornam os estudos de um conhecimento psicológico, a saber, geografia intelectual central e periférica, recepção e indigenização; às suas implicações metodológicas. Por fim, consideramos as potencialidades da História da Psicologia em Contexto.
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É possível identificar, na teoria de Carl Rogers, diversas influências que merecem ser revisitadas. É sabido que ele foi um pensador atento ao contexto de ideias que afetaram a cultura acadêmica estadunidense. Tal atenção dialoga com a complexidade de diversas influências sobre sua obra. Este artigo objetiva analisar algumas ideias psicológicas e filosóficas que influenciaram Rogers. Entende-se que exerceram influências diretas no pensamento rogeriano: o Funcionalismo de John Dewey, Leta Hollingworth e Kurt Goldstein; e o Pragmatismo de John Dewey e William Kilpatrick. Segundo uma perspectiva metodológica histórica-crítica, elucida-se como cada perspectiva de influência se desenvolveu nos EUA, nas universidades de Chicago e de Columbia. Em seguida, identificam-se os aportes contatados e elaborados por Rogers de cada expoente mencionado. Constata-se que essas apropriações, embora pontuais, foram importantes para a circulação de Rogers no contexto acadêmico estadunidense. Contudo, incorre equívoco afigurar Rogers, exclusivamente, como um psicólogo funcionalista ou pragmatista, dado que ele não deu continuidade a essas perspectivas. O estudo, finalmente, destaca a necessidade de aprofundar investigações sobre outras bases históricas de influência na teoria rogeriana.
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Estudo teórico que aborda, em uma revisão narrativa, a noção rogeriana de consciência, relacionando-a com o seu contexto estadunidense de ideias psicológicas, procedente de William James, e a apropriação do legado de Carl Rogers no Brasil, a partir de uma estirpe fenomenológica. Nesse sentido, apresentamos as noções de consciência nas teorias de Carl Rogers, William James e Edmund Husserl. Em seguida, discutimos as controvérsias e as possibilidades que tal apropriação provoca no desenvolvimento brasileiro da Abordagem Centrada na Pessoa (ACP), em relação: aos aspectos funcionais e intencionais da consciência; as perspectivas empíricas e transcendentais da pessoa; as possibilidades de uma abordagem fenomenológica da ACP; as dimensões locais da ACP; ao risco de assumir uma postura avessa aos rogerianismos. Concluímos que essa reflexão problematiza e aprofunda elementos teóricos concernentes à Psicologia de Rogers; e compreende o desenvolvimento e a hibridização desse conhecimento no Brasil, de modo a refletir suas extensões.
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Este trabalho consiste numa revisão que procura trazer à tona questões relativas às especificidades do contexto da produção neurofisiológica da Rússia de fins do século XIX e dos primórdios do século XX. Entende-se que ao revisitar aspectos da história política e ideológica dos períodos anteriores e posteriores ao ano de 1917, sejam trazidos à luz elementos relevantes que fomentem reflexões acerca dos impactos produzidos pelo advento da escola científica erigida naquele país, que ficaria conhecida como Reflexologia Soviética, sobre campos de conhecimento emergentes, como por exemplo, as neurociências.
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No intuito de compreendermos o lugar da licenciatura na formação de psicólogos, logo após a Lei nº 4119/62, este artigo apresenta um estudo de caso sobre a inserção da licenciatura no curso de Psicologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) durante a década de 1960 e suas contribuições para os ex-alunos, ingressantes nesse período. O estudo historiográfico é fruto de pesquisa de doutorado e utiliza como procedimento metodológico a análise de fontes primárias e entrevistas com ex-alunos. Os resultados demonstraram que a licenciatura em Psicologia foi inserida no curso da UFMG desde a primeira turma de entrada de alunos de 1963 e ofertada no formato de cumprimento obrigatório para todos os alunos daquele ano. Em 1965, a licenciatura tornou-se uma formação opcional e, a partir de então, cada vez menos alunos passaram a optar por ela. Os entrevistados confirmaram os dados obtidos na análise documental relativos ao funcionamento da modalidade e apontaram os aspectos metodológicos aprendidos durante a licenciatura como as principais contribuições para suas formações profissionais. Esperamos que a pesquisa contribua com as reflexões sobre a oferta da licenciatura na formação dos psicólogos brasileiros e com os estudos históricos sobre a Psicologia no Brasil.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (31)
- Livro (2)
- Seção de livro (25)
- Tese (2)
Ano de publicação
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Entre 1900 e 1999
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Entre 1990 e 1999
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- 1995 (1)
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Entre 1990 e 1999
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- Entre 2000 e 2025 (59)