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Esta tese tem como objetivo apresentar a história da separação que a psicóloga e educadora Helena Antipoff entreteve com seu filho único, Daniel, educando-o por meio de cartas semanais entre ela e ele, durante 9 anos, de1929 a 1938. O referencial teórico utilizado para trabalhar essa extensa correspondência executa uma espécie de fenomenologia sugerida por Husserl, acrescida dos cuidados que as críticas de Kant e de Marx postulam para a atividade teórica, levando também em consideração a literatura epistolar dos últimos séculos, como as recentes publicações das cartas entre Claparède e Antipoff e das de Freud a seus filhos. Quanto ao método, depois de uma leitura longitudinal das cerca de 700 cartas, ordenadas cronologicamente, selecionamos 58 de Helena Antipoff, distribuídas em três quadros (da infância, da adolescência e da juventude de Daniel), esquadrinhadas pelos temas tratados para, em seguida, apresentarmos algumas delas. Consideramos que os resultados obtidos oferecem aos estudiosos uma visão geral do conteúdo e da relevância desse acervo para o tratamento das relações de contraponto - a partir da escola - às limitações da família, porque nos remetem ao que de melhor oferecem a filosofia, a psicologia e a pedagogia de todos os tempos para conclusão da tarefa educativa. Sobre esse patamar, ergueu-se um tripé: a criação de uma escola nova, em Beauvallon, França, as cartas semanais e o escotismo, com o verniz da musicalidade. Os golpes de estado no Brasil(1930 e 1937) e a ascensão do nazismo na Europa, envolvem o conteúdo lírico e filosófico das cartas, tornadas testemunho vivo daqueles momentos históricos. Por sua vez, a então recente ação educativa de Antipoff, na Rússia dos primeiros anos da revolução de 1917, revela-se por escrito numa tradução informal de suas dúvidas e convicções. Os insistentes convites ao filho para se juntar a ela no atendimento à juventude encarcerada pelo sistema prisional mineiro sinalizam, naqueles anos de separação, sua inclinação pelos caminhos inclusivos da educação, a tônica de sua obra magistral. À guisa de conclusão, consideramos que nosso esforço trouxe à luz - como um convite - uma opção apaixonada pela arte de viver e pela arte de educar, sugerida naquela separação voluntária entre mãe e filho por quase meio milhar de semanas, unidos pelo laço delicado e íntimo de uma mesma quantidade de cartas mar a mar.
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Este quarto volume da Coleção Encontros Anuais Helena Antipoff propõe uma reflexão acerca de questões presentes na produção acadêmica contemporânea sobre educação de crianças e jovens na tradição antipoffiana e na atualidade.
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O artigo “L’expérience russe – L’éducation sociale des enfants” (Antipoff, 1924), reproduzido a seguir, foi escrito pela psicóloga e educadora russo-brasileira Helena Antipoff (1892-1974) e publicado na revista La Semaine Littéraire , em Genebra, em 1924. Trata-se de documento expressivo, original, uma espécie de documento-monumento, no sentido proposto por Zumthor (1960), peça histórica única, testemunho de uma época e de ações humanas empreendidas em um determinado contexto com sentido propositivo, destinado a se tornar um clássico para a posteridade. A narrativa é constituída por um relato de primeira mão sobre o projeto de educação social formulado na Rússia pelos bolcheviques nos primeiros anos após a revolução comunista de 1917 e seus desdobramentos, observados na aplicação prática dos princípios idealizados. Resulta de observação da autora como participante direta de instituições encarregadas de colocar em operação propostas educativas decorrentes das políticas implantadas no território russo naquele período conturbado, de grande instabilidade social. Período marcado também pelas tentativas nem sempre bem sucedidas de realizar os ideais revolucionários inspirados na crítica ao capitalismo formulada por Karl Marx e interpretada pela primeira geração de líderes bolcheviques.
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Este artigo contextualiza a participação da psicóloga e educadora russo-brasileira Helena Antipoff no Movimento da Educação através da Arte no Brasil, que se configurou pela apropriação das ideias do inglês Herbert Read, influenciadas pelos princípios da Escola Nova e das vertentes artísticas modernistas que circularam internacionalmente desde fins do século XIX. Os resultados da análise de conteúdo em fontes primárias indicaram que a proposta de educação artística de Antipoff fundamentava-se na psicologia, no interesse dos alunos e na valorização do trabalho manual. Destaca-se o protagonismo de Antipoff em integrar a arte na educação com objetivo de conciliar o desenvolvimento psíquico, social e cultural dos alunos, com o apoio de uma rede de colaboradores, entre eles o artista Augusto Rodrigues, criador da Escolinha de Arte do Brasil (1948). Conclui-se que a concepção de Antipoff relaciona-se com a teoria histórico-cultural de Vigotski, que propunha ser tarefa básica da educação estética aproximar arte e vida.
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Vários estudos têm destacado algumas ideias equivocadas que perpassam o tema das altas habilidades / superdotação, influenciando diretamente na educação dos indivíduos talentosos. Assim, o objetivo geral deste estudo é realizar uma investigação a respeito dos mitos que ainda perpassam o tema das altas habilidades / superdotação na atualidade, estabelecendo um paralelo com a evolução das leis e políticas públicas voltadas para o atendimento aos superdotados no Brasil. As pesquisas analisadas indicam que somente as leis não são suficientes para determinar uma educação efetiva aos alunos superdotados se não houver uma divulgação esclarecedora do tema. A análise crítica dos estudos abordados poderá favorecer a realização de novas pesquisas sobre a forma como a superdotação tem sido entendida pela sociedade. Além disso, os questionamentos suscitados poderão auxiliar a elaboração e aprimoramento de programas voltados para os indivíduos superdotados e para o meio no qual estão inseridos.
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Essa pesquisa apresenta um levantamento bibliográfico de fontes de difusão das idéias psicológicas em Minas Gerais entre 1830 e 1930. As palavras-chave utilizadas foram: psicologia, psychologia, moral, moraes, moralidade, hygiene, higiene, aluno, estudante, alumnos, professor, mestre, educador, manual, programas, programmas, inteligência, instrução, educação e escola. Bibliotecas pesquisadas: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Sistema de Bibliotecas da UFMG e suas Coleções especiais, Biblioteca da UFSJ e suas obras raras, Biblioteca Municipal de São João Del Rey e Sistema de Bibliotecas da PUC-MG. Os 244 títulos localizados foram analisados por idioma, acervos e datas. O acervo com o maior número de títulos foi a Biblioteca Pública, com 53,79% da pesquisa bibliográfica. Os idiomas encontrados foram o francês, português, espanhol e inglês. O número de publicações aumenta a partir de 1920, o que pode ser explicado pelas reformas de ensino então realizadas e pelo próprio desenvolvimento cultural do país.
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- Artigo de periódico (58)
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Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (56)
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Entre 2000 e 2025
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