A sua pesquisa
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A presente pesquisa apresenta uma investigação crítica do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), priorizando sua manifestação no espaço escolar. Apesar de toda a polêmica e das incertezas (diagnósticas, epidemiológicas e etiológicas) que o revestem, o TDAH apresenta-se como um diagnóstico privilegiado, que justifica e nomeia os problemas atuais da escola, tais como o “fracasso escolar” e os “desvios de comportamento”. Esse diagnóstico tem favorecido a atual via de acesso do discurso médico à educação, fortalecendo o fenômeno de patologização e medicalização dos problemas escolares. Tal fenômeno, por identificar imediatamente o déficit na criança, impossibilita uma discussão educacional, propiciando a busca de soluções externas inacessíveis à educação. Observa-se que a disseminação e a consolidação dessa categoria nosológica depende da apropriação, por parte de outros grupos, desse discurso médico. Nesse caso, mais que a apropriação, solicita-se dos educadores uma implicação, uma vez que é com base no posicionamento desses profissionais que tal discurso se propaga no espaço escolar. Assim, o que se questiona neste trabalho é exatamente a implicação do educador diante do TDAH, que pode se manifestar de forma a repetir o discurso médico ou de forma a construir uma resposta educacional. Essa pesquisa teve como objetivo principal investigar as representações dos educadores frente a esse transtorno, pois é a partir de como o educador representa o TDAH, que ele se implicará com essa sintomatologia em sua prática pedagógica. Como aparato teórico, recorreu-se à teoria das Representações Sociais, através da utilização de três recursos metodológicos – evocação livre, entrevistas e grupo focal – e às contribuições da psicanálise à educação. Nos resultados da pesquisa, observou-se, através das construções representativas dos educadores, que o TDAH é visto menos como patologia, estando mais associado aos comportamentos escolares desviantes que marcam o cenário escolar atual. Isso justifica a grande incidência desse diagnóstico nos últimos tempos, no referido contexto, e nos leva a crer que a criança TDAH é o protótipo atual da “criança problema”. Observou-se também que, mesmo com a grande incidência e insistência da afirmação do discurso médico em relação ao referido transtorno, acredita-se na existência de outras formas de evidenciá-lo, uma vez que a entidade nosológica ainda é incerta. A conclusão propõe a busca da discussão, ou de um “contra-senso”, de forma que a problematização seja aceita e que o consenso não seja forçado, sendo essa a saída mais viável para a construção de uma resposta educacional ao TDAH.
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A proposta inovadora de uma nova área de pesquisa denominada Escolologia – a ciência da escola - iniciada pela psicóloga e educadora Helena Antipoff na Escola de Aperfeiçoamento de Professores de Belo Horizonte, nos anos de 1930, é examinada através de investigação documental. A Escolologia apoiava-se em conceitos da Psicologia da Criança e da Pedagogia Experimental, de Édouard Claparède, e no método de Experimentação Natural, de Alexander Lazursky, visando obter uma síntese objetiva das relações entre o desenvolvimento físico, mental e social dos escolares, suas origens sociais e as práticas culturais de suas famílias, os procedimentos pedagógicos adotados e o funcionamento institucional das escolas. Os estudos escolológicos permitiram identificar os fatores que influenciavam no aproveitamento escolar dos alunos, tais como: o alto índice de retenção no primeiro ano de escolarização, as condições de higiene e nutrição das crianças, o método pedagógico, a organização escolar e as condições socioeconômicas e culturais das famílias.
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Essa pesquisa apresenta um levantamento bibliográfico de fontes de difusão das idéias psicológicas em Minas Gerais entre 1830 e 1930. As palavras-chave utilizadas foram: psicologia, psychologia, moral, moraes, moralidade, hygiene, higiene, aluno, estudante, alumnos, professor, mestre, educador, manual, programas, programmas, inteligência, instrução, educação e escola. Bibliotecas pesquisadas: Arquivo Público Mineiro, Biblioteca Pública Estadual Luiz de Bessa, Sistema de Bibliotecas da UFMG e suas Coleções especiais, Biblioteca da UFSJ e suas obras raras, Biblioteca Municipal de São João Del Rey e Sistema de Bibliotecas da PUC-MG. Os 244 títulos localizados foram analisados por idioma, acervos e datas. O acervo com o maior número de títulos foi a Biblioteca Pública, com 53,79% da pesquisa bibliográfica. Os idiomas encontrados foram o francês, português, espanhol e inglês. O número de publicações aumenta a partir de 1920, o que pode ser explicado pelas reformas de ensino então realizadas e pelo próprio desenvolvimento cultural do país.
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Através do método de análise de conteúdo, procedeu-se a uma investigação sobre os conceitos de interesse, afetividade e inteligência em um conjunto de textos de Édouard Claparède, de 1905 a 1938. Os significados e funções desses conceitos foram identificados, assim como as relações entre eles. Percebeu-se a importância do conceito de necessidade, o qual se encontra na base de todos os outros. Explicita-se o papel desses conceitos na educação funcional, bem como a maneira de se atrair o interesse das crianças, nessa perspectiva: através do jogo. Apresenta-se, ainda, a posição de Claparède com relação a alguns autores com quem dialogou acerca desses temas.
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O artigo “L’expérience russe – L’éducation sociale des enfants” (Antipoff, 1924), reproduzido a seguir, foi escrito pela psicóloga e educadora russo-brasileira Helena Antipoff (1892-1974) e publicado na revista La Semaine Littéraire , em Genebra, em 1924. Trata-se de documento expressivo, original, uma espécie de documento-monumento, no sentido proposto por Zumthor (1960), peça histórica única, testemunho de uma época e de ações humanas empreendidas em um determinado contexto com sentido propositivo, destinado a se tornar um clássico para a posteridade. A narrativa é constituída por um relato de primeira mão sobre o projeto de educação social formulado na Rússia pelos bolcheviques nos primeiros anos após a revolução comunista de 1917 e seus desdobramentos, observados na aplicação prática dos princípios idealizados. Resulta de observação da autora como participante direta de instituições encarregadas de colocar em operação propostas educativas decorrentes das políticas implantadas no território russo naquele período conturbado, de grande instabilidade social. Período marcado também pelas tentativas nem sempre bem sucedidas de realizar os ideais revolucionários inspirados na crítica ao capitalismo formulada por Karl Marx e interpretada pela primeira geração de líderes bolcheviques.
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Este artigo contextualiza a participação da psicóloga e educadora russo-brasileira Helena Antipoff no Movimento da Educação através da Arte no Brasil, que se configurou pela apropriação das ideias do inglês Herbert Read, influenciadas pelos princípios da Escola Nova e das vertentes artísticas modernistas que circularam internacionalmente desde fins do século XIX. Os resultados da análise de conteúdo em fontes primárias indicaram que a proposta de educação artística de Antipoff fundamentava-se na psicologia, no interesse dos alunos e na valorização do trabalho manual. Destaca-se o protagonismo de Antipoff em integrar a arte na educação com objetivo de conciliar o desenvolvimento psíquico, social e cultural dos alunos, com o apoio de uma rede de colaboradores, entre eles o artista Augusto Rodrigues, criador da Escolinha de Arte do Brasil (1948). Conclui-se que a concepção de Antipoff relaciona-se com a teoria histórico-cultural de Vigotski, que propunha ser tarefa básica da educação estética aproximar arte e vida.
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Vários estudos têm destacado algumas ideias equivocadas que perpassam o tema das altas habilidades / superdotação, influenciando diretamente na educação dos indivíduos talentosos. Assim, o objetivo geral deste estudo é realizar uma investigação a respeito dos mitos que ainda perpassam o tema das altas habilidades / superdotação na atualidade, estabelecendo um paralelo com a evolução das leis e políticas públicas voltadas para o atendimento aos superdotados no Brasil. As pesquisas analisadas indicam que somente as leis não são suficientes para determinar uma educação efetiva aos alunos superdotados se não houver uma divulgação esclarecedora do tema. A análise crítica dos estudos abordados poderá favorecer a realização de novas pesquisas sobre a forma como a superdotação tem sido entendida pela sociedade. Além disso, os questionamentos suscitados poderão auxiliar a elaboração e aprimoramento de programas voltados para os indivíduos superdotados e para o meio no qual estão inseridos.
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Este quarto volume da Coleção Encontros Anuais Helena Antipoff propõe uma reflexão acerca de questões presentes na produção acadêmica contemporânea sobre educação de crianças e jovens na tradição antipoffiana e na atualidade.
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A ADAV Associação Milton Campos Para Desenvolvimento e Assistência de Vocações de Bem Dotados é uma instituição voltada para o atendimento aos bem dotados no estado de Minas Gerais, criada sob a orientação da psicóloga e educadora Helena Antipoff. A expressãobem dotado caracteriza o indivíduo que possui capacidade e potencial superior, em relação à média da população nas variadas áreas e características humanas (artes, ciências, esportes...). Neste estudo buscou-se abordar a história dessa instituição educacional em sua primeira década de funcionamento (1973-1983) e entender como os bem dotados eram identificados, qual era a metodologia utilizada na educação dos talentos e como os adavianos avaliam o significado de ter participado dessa experiência. Foram utilizados dois procedimentosmetodológicos: análise de documentos (atas de reuniões; relatórios; fichas de inscrições; correspondências; livros e boletins publicados; relatos manuscritos; diários e jornais) e entrevistas semi-estruturadas com quatro participantes dos encontros na Associação, submetidas à análise de conteúdo. Os documentos foram encontrados nos acervos do CDPHA (Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipoff), da Fundação Helena Antipoff e nos arquivos da própria ADAV, localizados no Complexo Educacional da Fazenda do Rosário, em Ibirité, Minas Gerais. Os resultados indicam que a ADAV foi uma obra original,assumindo importante papel no desenvolvimento de uma metodologia educacional para bem dotados e para o desenvolvimento de talentos. A definição de bem dotado ultrapassava a questão intelectual, sendo também valorizados os aspectos artístico, criativo, esportivo esocial. O processo de identificação mostrava-se complexo, priorizando a participação das escolas através da indicação daqueles alunos que se destacavam dos colegas. O desenvolvimento de talentos se dava através de encontros realizados como colônia de férias, nas quais eram proporcionadas atividades em variadas áreas com a participação deconvidados em regime de voluntariado. A metodologia dos encontros era baseada na experimentação natural proposta por Alexander Lazursky, adaptada por Helena Antipoff, através da qual o educando é colocado em um ambiente rico em estímulos para que possa escolher as atividades mais adequadas a suas aptidões, habilidades e interesses, sob a observação dos educadores. Os princípios educativos adotados eram: princípio da Escola- Viva, com imersão no ambiente educacional e divisão das tarefas cotidianas; associação entreteoria e prática; uso de tarefas concretas; ensino individualizado; incentivo à preocupação com a natureza e com o bem comum. No período pesquisado, foram realizadas atividades de contato com a natureza, música, literatura, biblioteca, artes, teatro, artesanato, atividades folclóricas, esportes, jogos, culinária, ciências, agricultura, escotismo, excursões, dinâmicas de grupo para auto-conhecimento e conhecimento do grupo e palestras proferidas por diferentes profissionais, seguidas de debates. Quanto ao significado da experiência adaviana para seus participantes bem dotados, verificou-se que os momentos vividos na ADAV lhes possibilitaram uma reconfiguração positiva de suas visões de si mesmos a partir das relações estabelecidas nos encontros. Isto porque, ao se depararem com outros bem dotados, com interesses e anseios afins, puderam sentir-se fazendo parte de um grupo, o que favoreceu o desenvolvimento de sua auto-estima. Os resultados desta pesquisa poderão auxiliar futuros empreendimentos voltados para a educação de bem-dotados.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (70)
- Livro (32)
- Seção de livro (188)
- Tese (60)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (53)
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Entre 2000 e 2024
(297)
- Entre 2000 e 2009 (144)
- Entre 2010 e 2019 (117)
- Entre 2020 e 2024 (36)