A sua pesquisa
Resultados 377 recursos
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Helena Antipoff was one of the pioneers in the constitution of the fields of knowledge of educational psychology and special education in Brazil. Born in Russia, Antipoff received her education in Paris and Geneva. Researches in the history of education and of psychology have revealed the innovative character of Antipoff’s work as a researcher, as a professor and as a founder of different educational institutions in Brazil, with a focus on educational and psychological care for children with disabilities or at social risk. Her career is characterized by a sound scientific approach combined with a deep commitment to the right of children and youth to education and care. These directions can be associated with her scientific training in the sciences of education in a time of social turbulence and school reform, when many women became professionals in the field of education, trying to combine family, work and militant activity.
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A trajetória da Revista Psicologia: Ciência e Profissão, do Conselho Federal de Psicologia, é analisada, no contexto das comemorações de seus 25 anos, evidenciando o processo de transformação que a levou a ser avaliada como periódico de nível A pela CAPES, em 2000, acompanhando as transformações teóricas e práticas da Psicologia no Brasil, atingindo, assim, a excelência em seu campo de atuação. Seu percurso é analisado a partir de dados das seguintes partes da revista: capa, contra-capa, editorial, ficha técnica, sumário, seções e temas dos artigos, utilizando como fontes todos os números publicados entre 1979 e 2004 (56 exemplares). Psicologia: Ciência e Profissão revela-nos os psicólogos como profissionais que escutam a sociedade onde vivem, produtores de práticas que têm, cada vez mais, referência nesta sociedade. Nesses 25 anos, a revista registrou a produção de uma nova identidade para a Psicologia brasileira, construída a partir tanto do diálogo com os diversos campos de atuação quanto da produção de outros olhares sobre esses diversos campos, mostrando como a profissão se deslocou de uma posição mais elitista para uma outra comprometida com a ampliação dos espaços de atuação do psicólogo junto a camadas desprivilegiadas da população brasileira, conhecida como de um maior compromisso social.
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Este estudo analisa as representações sociais dos corpos infantis na revista Pais & Filhos no período de 1968 a 1977, quando a publicação se considerava portadora de saberes modernos referentes aos cuidados e à educação das crianças. Ele parte da observação de que a infância, a partir da modernidade, tem sido revelada por uma série de especialistas, com base na legitimidade que os saberes científicos lhe conferem, e que esses saberes são vulgarizados através de diversos meios, como as revistas especializadas. Nesse sentido, investigo querepresentações sociais dos corpos infantis a revista Pais & Filhos veicula e, ao fazê-lo, que ideal de infância ela ajuda a construir e/ou legitimar. Busco compreender essas representações no sentido de identificar as aparências ou marcas que se constituem como referências consideradas desejáveis e indesejáveis nas crianças, bem como analisar as áreas do conhecimento que estão autorizadas a legislar sobre a infância e os saberes, sujeitos, práticas einstituições que participam dos processos de educação dos corpos infantis veiculados pela revista. Pais & Filhos é uma revista mensal voltada para família, principalmente para as mães, que trata de diversos assuntos relacionados primordialmente à criação dos filhos, desde oútero materno até a adolescência. A publicação é a mais antiga sobre o assunto circulante na atualidade, sendo publicada desde 1968, quase ininterruptamente. Foi realizada uma análise geral dos exemplares ao longo do período de 1968 a 1998, no intuito de compreender aspectosda materialidade da revista e de sua estrutura, tais como seções, assuntos recorrentes, dentre outros que se mostraram relevantes, bem como estabelecer um recorte temporal mais específico para a análise das representações dos corpos infantis. A partir dos dados levantados, foi identificado um grande apelo a práticas modernas de educação das crianças na primeira década da publicação 1968 a 1977. Assim, interessou-me centrar a observação mais aprofundada nesse período, no intuito de compreender as representações ancoradas nessediscurso moderno. Elenquei 10 revistas sendo uma por ano para um exame mais minucioso. A partir da técnica de análise do conteúdo foram levantadas categorias surgidas no trato com a fonte e, em seguida, foi realizada uma análise qualitativa dos dados obtidos, utilizando a teoria das representações sociais como principal referencial para a interpretação. Os resultados apontam para representações que significam o corpo infantil como natural, reduzido ao caráter biológico, lugar dos sentidos e instintos e, portanto, ocupante de uma posição hierarquicamente inferior à mente. O corpo é ancorado na imagem da máquina, especificamente da máquina fabril. Em relação à questão estética, foi identificada uma aparência idealizada nas páginas da Pais & Filhos, que perpassa a questão das características físicas, como cor da pele, a cor dos olhos e composição corporal, e da apresentação do corpo, como a limpeza e as vestimentas. Trato também das representações sociais dos corpos infantis construídas a partir da oposição das categorias sadio versus doente e normal versus anormal.As representações analisadas revelam marcas da racionalidade moderna no projeto de educação dos corpos infantis da revista.
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A presente pesquisa apresenta uma investigação crítica do transtorno de déficit de atenção/hiperatividade (TDAH), priorizando sua manifestação no espaço escolar. Apesar de toda a polêmica e das incertezas (diagnósticas, epidemiológicas e etiológicas) que o revestem, o TDAH apresenta-se como um diagnóstico privilegiado, que justifica e nomeia os problemas atuais da escola, tais como o “fracasso escolar” e os “desvios de comportamento”. Esse diagnóstico tem favorecido a atual via de acesso do discurso médico à educação, fortalecendo o fenômeno de patologização e medicalização dos problemas escolares. Tal fenômeno, por identificar imediatamente o déficit na criança, impossibilita uma discussão educacional, propiciando a busca de soluções externas inacessíveis à educação. Observa-se que a disseminação e a consolidação dessa categoria nosológica depende da apropriação, por parte de outros grupos, desse discurso médico. Nesse caso, mais que a apropriação, solicita-se dos educadores uma implicação, uma vez que é com base no posicionamento desses profissionais que tal discurso se propaga no espaço escolar. Assim, o que se questiona neste trabalho é exatamente a implicação do educador diante do TDAH, que pode se manifestar de forma a repetir o discurso médico ou de forma a construir uma resposta educacional. Essa pesquisa teve como objetivo principal investigar as representações dos educadores frente a esse transtorno, pois é a partir de como o educador representa o TDAH, que ele se implicará com essa sintomatologia em sua prática pedagógica. Como aparato teórico, recorreu-se à teoria das Representações Sociais, através da utilização de três recursos metodológicos – evocação livre, entrevistas e grupo focal – e às contribuições da psicanálise à educação. Nos resultados da pesquisa, observou-se, através das construções representativas dos educadores, que o TDAH é visto menos como patologia, estando mais associado aos comportamentos escolares desviantes que marcam o cenário escolar atual. Isso justifica a grande incidência desse diagnóstico nos últimos tempos, no referido contexto, e nos leva a crer que a criança TDAH é o protótipo atual da “criança problema”. Observou-se também que, mesmo com a grande incidência e insistência da afirmação do discurso médico em relação ao referido transtorno, acredita-se na existência de outras formas de evidenciá-lo, uma vez que a entidade nosológica ainda é incerta. A conclusão propõe a busca da discussão, ou de um “contra-senso”, de forma que a problematização seja aceita e que o consenso não seja forçado, sendo essa a saída mais viável para a construção de uma resposta educacional ao TDAH.
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Esse artigo relaciona-se às linhas da psicologia da educação e da psicologia da música, e tem como objeto de estudo a motivação para o aprendizado da música. O referencial teórico partiu de alguns pontos da teoria interacionista de Jean Piaget. O objetivo principal foi analisar de que forma as relações com as pessoas da família e com a escola favorecem a motivação para o estudo da música. Como exemplos, foram realizados dois estudos de caso - um estudante e uma instrumentista profissional - investigados através de entrevistas sobre as questões afetivas nas relações sociais durante o processo de formação musical. Conclui-se que as figuras de mãe e pai são os principais motivadores para o aprendizado da música e que, na ausência desse apoio familiar, o sujeito pode se motivar no ambiente escolar desde que professores ou colegas representem ou simbolizem tais figuras. Nesse sentido, o estudo e o domínio da música podem ser motivados como uma forma de criação de laços sociais.
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A introdução, recepção e desenvolvimento do trabalho de Alfred Binet (1857-1911) no Brasil são focalizados, buscando avaliar sua implicação no estabelecimento e consolidação da Psicologia no país. O trabalho de desenvolvimento dos testes psicológicos teve papel decisivo na evolução do conhecimento psicológico brasileiro e, embora no início estivesse baseado em pesquisas sistemáticas, mais tarde o movimento de profissionalização do psicólogo relegou a pesquisa para o segundo plano. Mais recentemente, assiste-se a uma revitalização dessa atividade, aliada a um movimento de reavaliação da validade dos testes. Em conclusão, espera-se que esses movimentos atuais contribuam para fortalecer e tornar mais confiáveis os instrumentos psicométricos em uso no Brasil.
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A experiência da psicóloga e educadora Helena Antipoff no ensino dePsicologia para educadores é examinada, a partir dos documentos inéditosdo acervo do Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipofflocalizado na Biblioteca Central da UFMG. Foram identificados 39documentos relevantes, contendo informações sobre cursos de Psicologialecionados para educadores entre 1930 e 1987. Os cursos aconteceram naEscola de Aperfeiçoamento de Professores de Minas Gerais, na Faculdadede Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, na Escola NormalRural e no Instituto Superior de Educação Rural da Fazenda do Rosário,localizada em Ibirité, MG, instituições nas quais Antipoff atuou comoprofessora. Os documentos informam sobre os conteúdos dos cursos esobre os métodos de ensino utilizados. No que se refere aos conteúdos,observa-se a preocupação em trazer informações sobre as principaisteorias psicológicas da época, em especial aquelas propostas porpsicólogos franceses e suíços como Binet, Claparède e Piaget. Quanto aosmétodos de ensino, evidencia-se a opção pelos métodos ativos, queprivilegiam a participação do estudante na construção do conhecimento,com base na pesquisa empírica.
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Este quarto volume da Coleção Encontros Anuais Helena Antipoff propõe uma reflexão acerca de questões presentes na produção acadêmica contemporânea sobre educação de crianças e jovens na tradição antipoffiana e na atualidade.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (58)
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Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (56)
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Entre 2000 e 2025
(321)
- Entre 2000 e 2009 (159)
- Entre 2010 e 2019 (124)
- Entre 2020 e 2025 (38)