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  • O artigo discute a formação de professores como produção de subjetividade, uma vez que esse conceito abarca a possibilidade de desvios e reapropriações, superando uma visão fatalista da escola. Apresenta conversas e experimentações da pesquisadora/psicóloga com os professores do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus São Mateus, nas quais expõe as pistas dos modos de trabalho docente que emergem nessa escola e também de como fortalecer os processos formativos que valorizem as problematizações e superem os modos hegemônicos de ser professor. Defende uma política cognitiva de invenção como uma possibilidade na qual a formação como transmissão de informação e desenvolvimento de habilidades não é suficiente para pensar os modos de trabalho docente que escapam às tradições da escola. Assinala como pista a atenção aos detalhes, as problematizações e experimentações. Valoriza os modos de trabalho docente que superem a recognição em prol de outros modos de pensar, criar, sentir, agir e viver.

  • Apresenta os caminhos percorridos para a construção de pesquisa de mestrado, que versa sobre a formação e o trabalho de professores(as), realizada no Instituto Federal do Espírito Santo, Campus São Mateus. Descreve como se estabeleceram os primeiros contatos com os(as) docentes a fim de construir um território de confiança, o que se desenvolvia em cada encontro, e traz algumas das análises produzidas pelo grupo. O método se delineia no encontro entre campo, participantes e pesquisadoras, no âmbito de uma pesquisa-intervenção, registrada em diário de campo. Assim, outros modos de pesquisar foram tecidos com o grupo de professores(as), a partir da emersão de deslocamentos, desnaturalizações, compartilhamentos e construções no decorrer da investigação. Desse modo, destaca os pequenos grupos, a atenção aos detalhes, as conversas e experienciações como ferramentas para fissurar as tradições escolares e as formas de existência que aprisionam a vida.

  • Apresenta conversas e experienciações de uma psicóloga do Instituto Federal do Espírito Santo, Campus São Mateus. Expõe os modos de trabalho da profissional de psicologia que emergem nessa escola. Traz pistas de como fortalecer os processos formativos que valorizem as problematizações e superem os modos hegemônicos de ser psicólogo(a), em prol de outros modos de pensar, criar, sentir, agir e viver. Discute a formação como processualidade, ou seja, as experienciações podem produzir no(a) profissional de psicologia uma abertura à sua própria transformação. Desse modo, abrem possibilidades para problematizações, desnaturalizações e produção de outros modos de trabalho do(a) psicólogo(a) na escola.

  • Como pesquisadoras, percorremos, na Prefeitura Municipal de Vitória/ES, unidades de saúde e outros espaços de encontro entre trabalhadores da rede municipal de saúde. Em cena: situações que convocam os trabalhadores a interrogar suas certezas, que forçam os limites disciplinares, que convidam à produção coletiva de estratégias. Experiências também de cursos de formação na área da saúde junto aos serviços. Processos de formação que extrapolam o campus universitário, as salas de aula, os livros, os manuais. A universidade, os serviços de saúde, a vida. Professores, estudantes, profissionais de saúde... Como essas intensidades, essas negociações constituem os processos de formação em saúde no Curso de Medicina? Essa é a trama, parte da rede da qual emergem estas linhas. E quem nos acompanhou nessa trama foi Tereza. Usuária dos serviços públicos de saúde, constituiu-se como personagem conceitual, como personagem-cartógrafa que deu vida ao texto e condições de emergência à nossa pesquisa.

Última atualização da base de dados: 19/11/2024 09:57 (UTC)

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