A sua pesquisa
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Caminhar com a ética no presente, em termos de regulamentação da profissão de psicólogo, é um exercício que tem feito parte de um conjunto heterogêneo de reflexões e práticas, pois requer uma ontologia da atualidade: o que se torna problema ético nesse momento, e como se movimentar com ele? Para abordar essas questões, este artigo examina um pouco a história dos marcos regulatórios deontológicos, em diálogo com questões epistemológicas que os constituem e seus desdobramentos em termos de questionamentos sobre contradições, dilemas, bem como a necessidade de princípios éticos que orientam e interrogam no presente, a partir do fazer profissional da psicologia. Entende-se a ética como forma de relação com a alteridade, afirmando que as regras deontológicas da profissão serão sempre dinâmicas, insuficientes e controversas, resultando em dilemas datados. Ainda assim, são necessários princípios claros que impliquem a não pactuação com as omissões – que são também formas de violações e violências –, heranças de epistemologias e práticas coloniais que, historicamente, a psicologia, como ciência e profissão, produziu e com as quais se aliançou. Refletiu-se sobre situações e desafios contemporâneos para a psicologia, concluindo que a acusação de politização, que recai sobre debates éticos necessários a esse exercício profissional, revela um medo apreensivo de lidar com os segredos coloniais dessa ciência e profissão.
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As reflexões desenvolvidas neste trabalho fazem parte de uma pesquisa intitulada “Menopausa: as (ident)idades e os corpos femininos” (PUCRS/2002), voltada para as mulheres menopáusicas. O tema foi abordado a partir dos Estudos Culturais e dos Estudos Feministas. A pesquisa analisa documentos sobre a menopausa produzidos pela OMS, artigos em revistas de circulação nacional – Veja e Isto é -, o tratamento de reposição hormonal, bem como entrevistas com mulheres intituladas ‘na menopausa’. Esses materiais servem de ferramentas para a problematização da produção de marcadores identitários que envolvem relações de poder/saber que os criam e os sustêm: descrever, classificar, identificar e estabelecer jeitos de ser mulher – definindo corpos, comportamentos, modos de viver. O objetivo deste texto é salientar a menopausa enquanto marca no corpo feminino, porque ela se constrói a partir de um determinado tempo histórico, datado, no qual esse conjunto de “características” referidas ao corpo de mulher passam a ser nomeadas como tal, produzindo determinados modos de relação com o corpo e de investimentos neste corpo. A menopausa torna-se um marcador cultural e social que edifica classificações, normatizações, codificações que, por conta disso, produzem marcas identitárias pelas quais as mulheres passam a se reconhecer e ser reconhecidas. O enfoque de Psicologia Social trabalhado neste texto partilha da posição de Spink (1999), a qual reconhece a centralidade da linguagem nos processos de objetivação que constituem a base da sociedade de humanos, ou seja, o modo como acessamos a realidade institui os objetos que a constituem. Desta forma, a realidade não existe independentemente do nosso modo de acessá-la, o que implica entender o conhecimento não como algo que se possui, mas como algo construído, ou seja,tanto o sujeito quanto o objeto são construções sócio-históricas que precisam ser problematizadas e desfamiliarizadas.
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Tipo de recurso
Ano de publicação
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Entre 2000 e 2024
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Entre 2000 e 2009
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- 2005 (1)
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Entre 2020 e 2024
(1)
- 2024 (1)
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Entre 2000 e 2009
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