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  • Este artigo traz discussões acerca de uma trajetória de pesquisa-intervenção em Educação a partir de experiências tecidas no processo de constituição de Comissões de saúde por local de trabalho (Cosates) em escolas públicas de um município do sudeste brasileiro. Acompanha a constituição do Fórum Cosate e a participação de diferentes instituições, além da comunidade civil, nas lutas por políticas públicas que priorizem o cuidado à saúde no âmbito da Educação. Situa a prática da Conversa e da Roda como ferramenta teórico-metodológica para uma experiência ético-política-formadora, como força motriz para a produção de saúde. Como conclusão, o artigo apresenta a potencialidade de coletivos de trabalho nos processos formativos como modo de fazer frente à individualização que nos segmentariza no contemporâneo.

  • Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impedem o acesso dessa população aos serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas gravadas em áudio com 7 (sete) trabalhadoras de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) lotado em hospital universitário, e com 2 (dois) usuários. Analisa-se um conjunto de estratégias formativas que convergem para uma formação normalizadora que percorre linhas molares, nas quais os(as) trabalhadores(as) são disciplinados por protocolos e manuais de diagnóstico a aplicar as normas binárias de gênero e a heteronormatividade em seus processos de trabalho, produzindo a patologização das identidades trans e tornando seletivo o acesso aos serviços. A aposta feita no artigo é a de que o encontro com as pessoas trans pode fazer emergir aprendizados com signos que catalisam a experiência de uma arte de fazer-se trans, a qual culmina no mal-estar do desencontro com as verdades sobre gêneros e sexualidade. Sair de tal mal-estar supõe experimentar-se com tais signos - uma experimentação transetopoiética com a produção de um corpo com novos contornos, capaz de suportar a diferença que pede passagem, abrindo caminho para a produção de modos de viver e trabalhar com a saúde trans que afirmem a diferença.

Última atualização da base de dados: 03/02/2025 13:43 (UTC)

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