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Apesar de a relação entre a psicologia empírica e a antropologia pragmática ser amplamente reconhecida na literatura especializada, não há consenso entre os pesquisadores a respeito da natureza exata dessa relação. O presente trabalho tem o objetivo de investigar este tema no pensamento crítico de Kant durante a década de 1780, de forma a contribuir para um maior esclarecimento sobre este ponto. Especificamente, buscamos compreender a afirmação de Kant, feita na Crítica da Razão Pura (1781), a respeito da inserção da psicologia empírica em uma antropologia pormenorizada. Nossa análise sugere que na década de 1780 é mantida a ligação entre a psicologia empírica e o ponto de vista teórico do conhecimento do homem. Essa ligação explica a afirmação de Kant. Ela significa que a psicologia empírica deve ser considerada antropologia escolástica (teórica) e deve ser mais bem desenvolvida de modo a constituir um campo de investigação autônomo. Além disso, mostramos que há também uma forte ligação entre os conhecimentos teóricos da psicologia empírica e a antropologia do ponto de vista pragmático.
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A relação entre a psicologia empírica e o projeto de uma antropologia pragmática no pensamento de Kant tem sido frequentemente discutida na literatura secundária. No entanto, não há consenso entre os intérpretes de Kant sobre o sentido exato desta relação. O objetivo do presente trabalho é contribuir para um maior esclarecimento a respeito deste tema, investigando a relação entre psicologia empírica e antropologia no pensamento kantiano nas décadas de 1760 e 1770. Nossa análise sugere que até a primeira metade da década de 1770 Kant utiliza os termos ‘psicologia empírica’ e ‘antropologia’ de forma quase idêntica, e que somente a partir da segunda metade desta mesma década ele introduz uma distinção mais clara e fundamental entre ambas as disciplinas.
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Muitas ideias de Immanuel Kant (1724-1804) a respeito da psicologia são ainda entendidas, em geral, de forma bastante incompleta ou com distorções e más interpretações na literatura secundária especializada, mas, principalmente, em manuais de história da psicologia. Um dos grandes problemas encontrados é a não consideração ou o exame superficial da relação existente entre a psicologia empírica e a antropologia pragmática. Por conta disso, há ainda muitos problemas interpretativos que permanecem sem uma solução apropriada. Um deles é a falta de clareza a respeito de uma afirmação feita por Kant, em sua obra de 1781, referente à relação entre a psicologia empírica e a antropologia. O presente trabalho tem o objetivo de compreender melhor tal afirmação e, além disso, através do exame detalhado da relação entre estes dois campos, apresentar de forma mais completa as concepções de Kant a respeito da psicologia. A tese geral defendida é a de que essa relação precisa ser considerada e examinada com profundidade para se compreender de forma adequada o que Kant realmente quis dizer na obra de 1781 e a amplitude de suas concepções sobre a psicologia.
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Inspirado na perspectiva genealógica proposta por Michel Foucault, este artigo faz uma análise dos prontuários de crianças e adolescentes internados no Hospício São Pedro em Porto Alegre/RS, entre os anos de 1884 e 1929, tomando também outras fontes primárias, tais como relatórios administrativos dos médicos-diretores desse estabelecimento e produções científicas publicadas por alienistas e psiquiatras no período em questão. Analisaram-se os diagnósticos atribuídos às crianças e adolescentes nessa época, assim como as estratégias disciplinares de normalização dos corpos anômalos e das condutas desviantes, buscando dar visibilidade às condições históricas e políticas que possibilitaram a emergência dos discursos sobre tais patologias. Discute-se a relação entre alienação, pobreza e periculosidade que sustentou práticas moralizantes, higienistas e eugênicas na passagem do século XIX ao século XX. Busca-se, assim, problematizar a patologização dos modos de ser criança e adolescente que vem proliferando na atualidade, acompanhada por terapêuticas corretivas cada vez mais recorrentes, tomando a história como ferramenta metodológica para pensar o presente.
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No Brasil a celebração dos 200 anos da restauração da Companhia de Jesus condensou-se em um Simpósio Nacional, realizado em São Paulo de 8 a 10 de maio de 2014. A presente obra disponibiliza ao público as contribuições de 22 pesquisadores e professores do Brasil, Paraguai e Portugal presentes nas conferências e mesas redondas e temáticas desse Simpósio.O leitor pode usufruir de estudos que ajudam a aprofundar aspectos peculiares e relevantes das atividades dos amados, temidos e detestados jesuítas ao longo desse período da história.
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O objetivo desse trabalho é descrever a intersubjetividade em Gabriel Marcel (1889-1973) como nota característica do ser humano. A reflexão filosófica de Gabriel Marcel se caracteriza por uma “metafísica concreta”. Desde um contexto de crítica ao cientificismo e racionalismo modernos, Gabriel Marcel, a partir do existencialismo e da fenomenologia, afirma que toda reflexão possui uma arché: a existência, ponto de partida e de referência de todo pensar. A partir da questão Quem eu sou? chega-se à percepção da existência como Encarnação: Eu sou meu corpo. Tal expressão é a marca mais genuína de uma experiência indubitável pela qual entro em relação e participação com o mundo e com os outros. A Encarnação é o dado central da metafísica, pois é a consciência de mim no meu corpo, é a mediação entre o eu e o mundo e os outros, e, por isso, perpassada de uma intensa comunhão ontológica - o que, em outras palavras, pode ser dito: intersubjetividade. Como uma espécie de “exigência”, as relações intersubjetivas nos levam à afirmação e ao encontro de um Tu Absoluto.
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El objetivo general de este artículo es el de ofrecer una comprensión sobre la multiplicidad radical presente en la psicología como una red de teorías y prácticas diversas, y asimismo contradictorias entre sí. Para ello, presentaremos inicialmente una discusión epistemológica sobre la multiplicidad radical, destacando la forma con que este debate está vinculado al de la cientificidad de la psicología. A continuación, se planteará otro modo de considerar esta multiplicidad radical, tomando como base la Teoría Actor-Red de Bruno Latour, Annemarie Mol y John Law, así como la Epistemología Política de Isabel le Stenges y Vicianne Despret. Partiendo de la consideración de las diversas psicologías como dispositivos de producción ontológica de subjetividades, se mostrará finalmente un conjunto de trabajos de investigación tratando de evaluar la presencia y las formas de subjetivación psicologizadas entre estudiantes adolescentes de la ciudad de Rio de Janeiro. En el apartado de conclusiones serán discutidos los resultados de esta investigación, teniendo en cuenta las propias políticas ontológicas presentes en la elección de los métodos utilizados.
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El objetivo general de este artículo es ofrecer una comprensión sobre la multiplicidad radical presente en la psicología como una red de teorías y prácticas diversas, y asimismo contradictorias entre sí. Para ello, presentaremosinicialmente una discusión epistemológica sobre la multiplicidad radical, destacando la forma en que este debate está vinculado al de la cientificidad de la psicología. A continuación, se planteará otro modo de considerar esta multiplicidad radical, tomando como base la teoría Actor-Red de Bruno Latour, Annemarie Mol y John Law, así como la Epistemología Política de Isabelle Stengers y Vicianne Despret. Se partirá de la consideración de las diversas psicologías como dispositivos de producción ontológica de subjetividades. Se mostrará finalmente un conjunto de trabajos de investigacióndtratando de evaluar la presencia y las formas de subjetivación psicologizadas entre estudiantes adolescentes de la ciudad de Río de Janeiro. En el apartado de conclusiones serán discutidos los resultados de esta investigación teniendo en cuenta las propias políticas ontológicas presentes en la elección de los métodos utilizados.
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