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  • Foucault e as Práticas de Liberdade, organizado em dois volumes (O vivo e os seus limites e Topologias políticas e heterotopologias), convida-nos a pensarmos coletivamente a proliferação de práticas, hábitos, saberes e poderes que diagramam para a época atual um certo estado de liberdade. Sua contribuição é fundamental para a discussão teórica e política sobre os temas que envolvem as transformações sociais e culturais do presente e que nuançam as possibilidades e limites da vida democrática, central no pensamento político da atualidade. Coloca-se em debate a crise da democracia: em sua relação com práticas libertárias, não só no domínio da governamentalidade estatal, mas de todas as resistências que têm lugar em diferentes geografias, em suas multiplicidades, interseccionalidades e transversalidades. O ponto fulcral – vértice entre os escritos e as pesquisas tão distintas destes dois volumes – é a produção de novos patamares de reflexão e ação em torno do tema das práticas de liberdade, ora visadas com grande urgência e intensidade. Afinal, ao que parece, é uma interrogação ainda em aberto: de que conceito de liberdade se trata quando o caso é de, em meio a acirradas disputas de poder e desafios que beiram à intolerância, atribuir a cada um a tarefa e a responsabilidade de gerir a condição essencial do viver juntos? Este segundo volume, Topologias políticas e heterotopologias, reunimos uma coleção de reflexões que ora se voltam para o problema da política e suas diversas topologias, ora recorrem ao pensamento do fora e às heterotopologias.

Última atualização da base de dados: 26/11/2024 07:58 (UTC)

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