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O artigo apresenta pesquisa sobre o conceito de criança anormal divulgado em um conjunto de artigos publicados na Revista do Ensino de Minas Gerais, na década de 1930. Foram levantados artigos que expressam como a criança anormal era compreendida pelos contemporâneos daquela época. Da análise dos textos, emergiram duas categorias: classificação das crianças anormais, suas características e explicações causais da anormalidade; o papel da escola na educação das crianças anormais. Utilizamos contribuições da história conceitual de Koselleck, segundo a qual conceitos expressam aspectos da experiência e da dimensão teórica de sujeitos em contextos e tempos históricos específicos. A pesquisa demonstrou que a articulação desse conceito incluía concepções fundamentadas nos debates sobre ambiente e hereditariedade, nos saberes elaborados pela psicologia e na discussão sobre o papel da escola e a educação das novas gerações.
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Quinto volume da Coleção Encontros Anuais Helena Antipoff, o livro discute as articulações entre as construções históricas dos campos da psicologia, da psicanálise e da educação e suas contribuições para os desafios colocados pela contemporaneidade.
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O presente artigo descreve os resultados de uma pesquisa/intervenção de orientação psicanalítica por meio do relato de um estudo de caso de uma aluna do Ensino Fundamental de uma escola pública da rede estadual de ensino da cidade de Itabira-MG. A estudante apresentava várias dificuldades de aprendizagem e impasses na esfera escolar, enfrentados por meio do processo de medicalização. Contrapondo-se à medicalização, o caso visa demonstrar a contribuição de um dos procedimentos adotados nessa pesquisa: o Diagnóstico Clínico-Pedagógico (DCP), cuja intervenção realiza a leitura daquilo que a criança ensina ao educador sobre sua singularidade e sobre as particularidades que se repercutem na sua relação com o saber e com os laços sociais engendrados na escola. Os resultados obtidos por meio do DCP permitiram perceber o impacto do fenômeno da adolescência nas relações com o saber escolar e a possibilidade de utilizar abordagens teóricas e práticas que permitam aos sujeitos agir sobre os seus problemas.
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As pessoas com deficiência são historicamente discriminadas e, entre as várias ações para reduzir a discriminação, encontra-se a investigação da terminologia que as caracterizam. Pesquisas mostram que a linguagem e os conceitos que as pessoas utilizam influenciam os aspectos sociais, tal como termos pejorativos. Com base nesses aspectos, este estudo tem como objetivo analisar a apropriação e a circulação do termo “pessoa com deficiência” na comunidade científica brasileira e discutir a natureza social das terminologias e suas implicações. Para a investigação das terminologias relacionadas a quem possui o impairment, essa pesquisa analisou a apropriação do termo definido pela Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência utilizado no Brasil com base no referencial teórico dos conceitos de apropriação, de Roger Chartier (1988), tradução e negociação, de Zoia Prestes (2010), e circulação, de Pierre Bourdieu (2002). Pode-se constatar a importância da tradução e da distinção dos termos disability e impairment. A alteração na tradução do impairment como impedimento em vez de lesão resulta na concepção da deficiência como tragédia pessoal, um problema para a própria pessoa, devido ao impedimento. Da mesma forma, se a tradução de impairment for deficiência, implica não considerar os problemas físicos e de saúde que podem acontecer. Verificou-se que tanto a apropriação quanto a tradução de um termo devem estar inseridos dentro de uma cultura de origem e de destino. Embora o termo utilizado e apropriado no Brasil seja “pessoa com deficiência”, não há um consenso na literatura. Espera-se que este estudo contribua para uma reflexão crítica desse termo utilizado.
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Tipo de recurso
- Artigo de periódico (24)
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- Tese (24)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (2)
- Entre 2000 e 2024 (101)