A sua pesquisa
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In order to legitimate itself as a science, psychology has faced the ongoing problem of establishing its proper method of investigation. In this context, debates on introspection have emerged that have remained intense since the 18th century. However, contemporary debates and historical investigations on this topic have not done justice to the richness and diversity of positions, leading to oversimplifications and hasty generalizations, as if the terms “introspection” and “introspectionism” referred to one and same thing. The central goal of this article is to offer an analysis of William James’s position on the introspective method within the intellectual context of his time, covering the period from his early writings until the publication, in 1890, of The Principles of Psychology. Our results indicate that James used two different types of introspection. We conclude by discussing divergences in the secondary literature and the implications of our study for historical and theoretical debates in psychology.
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A proposta desta dissertação é de apresentar as principais discussões sobre o status do campo de conhecimento psicológico a partir da visão e das contribuições do filósofo da ciência e psicólogo norte-americano Sigmund Koch (1917-1996). Para isso, foram analisados os principais conceitos e argumentos apresentados por Koch em sua discussão sobre a produção de conhecimento da psicologia no século XX. Durante a realização desse estudo utilizou-se como fonte de análise todas as publicações de Koch relativas a essa temática. Além disso, com intuito de contextualização do tema e da perspectiva do autor, foram consultadas fontes secundárias, artigos publicados por autores que discutem o mesmo tema no contexto de Koch e outros que fazem referência a seu trabalho. Diante disso, as discussões que permeiam o trabalho tratam dos argumentos apresentados por Koch para justificar sua avaliação do campo de conhecimento psicológico e de sua proposta de chamar a psicologia de estudos psicológicos, o que para ele, é uma forma de definição mais honesta e coerente do campo.
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A linguagem constitui uma ferramenta importante para o homem, possibilitando-nos conhecer o mundo e nos comunicarmos. Dentro da psicologia, ela também é importante, pois através dela psicólogos formulam teorias sobre a vida mental. Entretanto, ao longo da história, filósofos e psicólogos têm identificado limites e problemas no uso da linguagem. Nesse contexto, o presente trabalho destaca a contribuição de William James (1842-1910). Mesmo ressaltando a importância da linguagem, James identifica que o emprego da linguagem na psicologia, já no seu início, é problemático, devido a sua ligação com o senso comum, que possui uma linguagem objetiva e imprecisa, dificultando a descrição da vida subjetiva. Além disso, há outros dois casos onde observamos os limites da linguagem. O primeiro é quando tentamos representar a vida mental consciente, que funciona como um fluxo, pois não conseguimos captar nem descrever todas as partes do fluxo. O segundo é o caso das experiências religiosas, que por possuírem um caráter emotivo dificultam a descrição racional. Dessa forma, as questões levantadas por James nos levam a reflexões importantes sobre a possibilidade e os limites das investigações psicológicas.
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Historicamente os fenômenos psíquicos, atualmente chamados de parapsicológicos ou anômalos, fizeram parte do background cultural do nascimento da psiquiatria e psicologia. Diversos pesquisadores do final do século XIX e início do XX, especialmente da classe médica, buscaram avaliar estados alterados de consciência, mediunidade, telepatia, clarividência, precognição, entre outros. Esses estudos foram importantes para a nascente ciência da mente. Carl Gustav Jung foi um psiquiatra e pesquisador suíço dos mais prolíficos do século XX. Um aspecto ainda não esclarecido de seu trabalho é seu marcado interesse pelos fenômenos psíquicos. O objetivo desta tese foi compreender o papel dos fenômenos psíquicos no contexto da produção teórica de Jung. A nossa fonte primária de referência foi The Collected Works of C. G. Jung. Ainda utilizamos as C. G. Jung Letters e as principais biografias publicadas sobre Jung. Realizamos um mapeamento inicial nas Collected Works de forma a estabelecer como essa temática é trabalhada por Jung e a quais contextos ela estaria relacionada. Chegamos a três eixos de análise: 1) Os fenômenos psíquicos nas obras de autores estudados por Jung, 2) as pesquisas de Jung de fenômenos psíquicos em médiuns, e 3) os fenômenos psíquicos vivenciados por Jung. Em relação ao primeiro item analisamos o impacto das produções teóricas de Théodore Flournoy, Justinus Kerner, Frederic William Henry Myers, Joseph Banks Rhine e William James sobre a obra do autor suíço. Em relação ao segundo item detacamos o estudo maior de Jung com a médium Helene Preiswerk e seus estudos com o médium austríaco Rudi Schneider, o médium alemão Oskar Schlag e a clarividente de Zurique Frau Fässler. Em relação ao terceiro item, avaliamos as vivências parapsicológicas mais significativas de Jung, a saber, sua experiência de quase morte (EQM) em 1944, suas vivências de percepção extrassensorial (PES) das primeiras décadas do século XX e seu suposto contato com espíritos. Consideramos que essas vivências também impactaram a obra do autor através de produções expressivas como Synchronicity (1952) Mysterium Coniunctionis, (1955 – 1956), Septem sermones ad mortous (1916) e The Red Book (1913 – 1930). Concluímos que a fenomenologia anomalística e a psicologia analítica possuem associações, sendo que a psicologia analítica se estruturou sob forte influência das investigações dos fenômenos psíquicos.
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O pensamento psicológico de Christian Wolff constitui uma das mais significativas referências para o desenvolvimento conceitual e metodológico da psicologia a partir do século XVIII. Contudo, Wolff vem sendo ignorado na literatura psicológica, sobretudo no caso brasileiro. O objetivo do presente trabalho é apresentar a relação corpo-alma em seu pensamento psicológico, a partir da análise de seu primeiro tratado metafísico sistemático: a Metafísica Alemã (1720). É discutido, primeiramente, o lugar da questão em seu sistema, considerando dois níveis de análise: o empírico e o racional. Segue-se apresentando as três teorias ali discutidas: o influxo natural, a intervenção imediata de Deus e a harmonia pré-estabelecida. Por fim, é feita uma análise de algumas relações entre esta última e o sistema wolffiano.
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Desde o século XIII, a obra de Tomás de Aquino tem suscitado muitos debates entre filósofos e teólogos. São poucos os psicólogos, contudo, que veem aí alguma relevância para a psicologia contemporânea, embora o pensamento do Aquinate contenha profundas reflexões sobre aspectos da natureza humana que ainda desafiam nossa compreensão. Partindo do pressuposto de que o pensamento medieval pode lançar luz sobre alguns debates psicológicos contemporâneos, o objetivo do presente artigo é duplo: primeiro, queremos mostrar que há uma psicologia genuína em Tomás de Aquino, entendida como scientia de anima; segundo, vamos ilustrar nossa tese por meio da análise de um de seus conceitos centrais, a saber, a vontade. Nossa análise ficará restrita ao âmbito da Suma de Teologia, embora apareçam também algumas menções a outros escritos em que o tópico aparece. Ao final, vamos discutir as implicações desse conceito para a psicologia de Aquino, algumas limitações da presente investigação e possíveis caminhos futuros.
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Christian Wolff (1679-1754) fue una figura central en la Ilustración europea del siglo XVIII. Al mismo tiempo, tuvo una importancia particular para el desarrollo histórico de la psicología, pues dio a esta una nueva significación. Sin embargo, la historiografía tradicional de la psicología no le ha dado el debido reconocimiento. El objetivo de este artículo consiste en presentar un análisis teórico-conceptual de su psicología racional en su Metafísica Alemana (1720) y mostrar su importancia para los debates psicológicos posteriores. Con ello, se espera contribuir a la divulgación de un aspecto significativo del desarrollo histórico de la psicología.
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Este trabalho tem como objetivo inicial uma discussão histórica (embasada no movimento da Nova História e da genealogia foucaultiana) em relação ao surgimento da psicologia do desenvolvimento. Em seguida, é proposta a hipótese de que este campo da psicologia tem como sua condição um duplo movimento: a) no século XVI, o surgimento da escola religiosa, da família como objeto de políticas de saúde e de uma experiência de infância como idade da inocência; b) no século XIX, a emergência de novas tecnologias de governo liberais, da escola laica e de uma imagem da infância calcada na evolução. Finalmente, é caracterizado o movimento de consolidação da psicologia do desenvolvimento, favorecido principalmente pelo funcionalismo norte-americano (articulado ao movimento da Escola Nova) e pelo sucesso dos testes mentais.
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Os trabalhos de William James (1842-1910) impactaram muito do que foi produzido e discutido em psicologia posteriormente a ele. Seu livro mais famoso, The Principles of Psychology (1890/1981), marca o fim da psicologia feita em escritório e o alvorecer da psicologia experimental, além de ser um grande compêndio de diversos temas caros à psicologia e uma fotografia bastante acurada do tempo em que foi produzido. Porém, apesar da cristalização desse projeto psicológico ocorrer na década de 1880, autores tendem a ignorála e se dedicam apenas a textos posteriores. Desse modo, objetivou-se investigar o conceito de “consciência” na obra inicial de James, compreendendo como esse conceito aparece nos seus trabalhos iniciais (1865-1890), bem como investigar o conceito de consciência no Principles e sua coerência ao longo dessa obra. Ainda que não tenha sido expressamente definida, toda a vida psíquica parece estar organizada em função das características da consciência apresentadas no Fluxo do Pensamento. Ela tem a função de organizar o cérebro naturalmente caótico e sua existência é justificada pela teoria da evolução. Já a noção de Self parece estar atrelada à pessoalidade da consciência. Assim, a consciência se mostrou um atributo psíquico basilar na obra inicial jamesiana.
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A concepção de psicologia de William James (1842-1910) ainda não foi tratada adequadamente tanto no contexto da historiografia da psicologia de uma maneira geral quanto na literatura especializada no autor. Tendo isso em mente, nosso objetivo no presente trabalho é esclarecer esse assunto, em particular no que diz respeito a uma aparente incongruência entre duas atitudes do autor, a primeira delas positivista, baseada no cerebralismo e que considerou temas psicológicos clássicos; e a segunda mais inclusiva, que defendia a adição de novos fenômenos na alçada da psicologia e aceitando implicações metafísicas dos fenômenos excepcionais. Argumentamos que essas duas atitudes fazem parte do desenvolvimento da psicologia jamesiana e refletem seus esforços tanto para consolidar essa nova ciência quanto para expandir seu escopo.
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Tipo de recurso
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- Tese (48)
Ano de publicação
- Entre 1900 e 1999 (2)
- Entre 2000 e 2024 (225)