A sua pesquisa
Resultados 15 recursos
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Esta pesquisa teve como objetivo identificar e analisar as significações que docentes do Ensino Fundamental I produzem no processo de escolha do livro didático pelo Programa Nacional do Livro Didático. Os dados foram coletados a partir de entrevista semiestruturada, do tipo entrevista reflexiva. Foi entrevistada uma professora aposentada, que reside em um município da Região Metropolitana de São Paulo, onde também cumpriu toda sua trajetória docente. O procedimento de análise dos dados orientou-se pelo método dos Núcleos de Significação, que tem por base teórica a Psicologia Sócio-histórica. Foram construídos três Núcleos de Significação, em que foram analisados: o percurso profissional da docente entrevistada, que ocupou diferentes cargos na educação; a maneira pela qual se deu a relação com o livro didático; e, como, ao longo de sua carreira no magistério foram feitas as escolhas do livro didático. Na análise dos dados, constatou-se que educadora, no início da carreira do magistério, adotou o livro didático como um instrumento pedagógico essencial para sua atividade docente, por compreendê-lo como um objeto que estruturava suas aulas; ele se tornava o próprio currículo. No entanto, os estudos, as formações, as diferentes experiências com os alunos, a experiência na gestão escolar e as trocas com outros docentes foram mediações significativas para a transformação de sua relação com o livro didático. Nesse sentido, o trabalho pedagógico passou a pautar-se mais pelo planejamento, com maior foco na aprendizagem do aluno e, dessa forma, mudou a função do livro didático: ele passou a ser um recurso que o professor pode ou não usar. Conclui-se que o processo de escolha do livro didático revela as significações que são construídas na relação que o professor estabelece, em diferentes momentos de sua carreira no magistério, com o livro didático e, em especial, deste com o compromisso com o processo de ensino-aprendizagem.
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Tomando como referência “Vida de uma família judia e outros escritos autobiográficos” (2018), de Edith Stein (1891-1942), objetiva-se subsidiar a leitura integral dos escritos autobiográficos da autora. Vida e obra estão intrinsecamente ligadas e complementam-se para compreender seu pensamento. Stein iniciou tais escritos no emblemático 1933, na Alemanha, contrapondo-se à visão preconceituosa e caricatural disseminada pelo nazismo. O método aqui utilizado foi a narrativa de história de vida, buscando-se o fio condutor que dá sentido aos acontecimentos. Notamos que as vivências narradas por Stein vão forjando sua personalidade, conduzindo-a por caminhos não planejados, mas livremente assumidos, até suas últimas consequências.
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A pesquisa histórica sobre Psicologia Educacional e Escolar no Brasil ainda é insipiente ante a historiografia de outros campos do conhecimento psicológico. Abordagens biográficas, por exemplo, são ainda mais escassas. A fim de contribuir para suprir a lacuna, este artigo apresenta elementos históricos da trajetória de Eulália Henriques Maimone: professora, pioneira e protagonista na área de Psicologia Educacional e Escolar em Minas Gerais (Triângulo Mineiro), com seu trabalho na Universidade Federal de Uberlândia. O estudo recorreu à entrevista do tipo "história de vida" - própria da metodologia da História Oral. A entrevistada foi a primeira formadora de psicólogos em Psicologia Educacional e Escolar, além de fundar a representação estadual da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional na região. Os primeiros anos de atuação, os desafios e os enfrentamentos por que ela passou ilustram o reconhecimento e a criação de espaços de discussão e aprimoramento dessa área da psicologia.
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A pesquisa histórica sobre Psicologia Educacional e Escolar no Brasil ainda é insipiente ante a historiografia de outros campos do conhecimento psicológico. Abordagens biográficas, por exemplo, são ainda mais escassas. A fim de contribuir para suprir a lacuna, este artigo apresenta elementos históricos da trajetória de Eulália Henriques Maimone: professora, pioneira e protagonista na área de Psicologia Educacional e Escolar em Minas Gerais (Triângulo Mineiro), com seu trabalho na Universidade Federal de Uberlândia. O estudo recorreu à entrevista do tipo "história de vida" - própria da metodologia da História Oral. A entrevistada foi a primeira formadora de psicólogos em Psicologia Educacional e Escolar, além de fundar a representação estadual da Associação Brasileira de Psicologia Escolar e Educacional na região. Os primeiros anos de atuação, os desafios e os enfrentamentos por que ela passou ilustram o reconhecimento e a criação de espaços de discussão e aprimoramento dessa área da psicologia.