A sua pesquisa

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  • O presente artigo decorre de pesquisa cuja temática foi a história do curso de Psicologia de Lorena, no Estado de São Paulo. A narrativa histórica do curso foi construída por meio de fontes documentais e iconográficas, com destaque para as fotografias, recortes de revistas, jornais da época, documentos oficiais e não oficiais, além de entrevistas narrativas com pessoas que fizeram parte da constituição desse curso. O objeto deste artigo é o Laboratório de Psicologia Experimental, visando demonstrar sua importância, em um primeiro momento, para a formação de educadores salesianos e, na década seguinte, para a criação do curso de Psicologia na Faculdade Salesiana. Apresentamos, inicialmente, a história dos salesianos, detendo-nos mais em sua chegada a Lorena, com a fundação do Colégio São Joaquim, e, mais especialmente, do Laboratório de Psicologia Experimental. Conclui-se que os salesianos, em busca de uma formação mais qualificada para seus padres docentes, encontraram, na psicologia experimental e na psicometria, uma forma de garantir a base científica para sua prática pedagógica. Alguns desses padres se interessaram pela psicologia e dedicaram suas vidas a essa ciência, fazendo pesquisas, ensinando, debatendo, formando novos profissionais e prestando serviços à região.Palavras-chave: Psicologia científica. Sistema salesiano de educação. Formação dos profissionais da educação.

  • Neste trabalho discutimos, através de uma perspectiva histórica, o quanto o discurso médico atuou na produção e na concepção da mulher (papéis sociais, sexualidade e corpo/saúde) na transição entre os séculos XIX e XX. Para isso, as teses defendidas na Faculdade de Medi-cina do Rio de Janeiro nesse período foram de extrema relevância para o estudo, nas quais realizamos um mapeamento no material acerca das narrativas médicas da época sobre sexualidade e gênero. De forma complementar, propusemos uma reflexão acerca dessas pro-duções de conhecimento, ou seja, o quanto o discurso médico ajudou a compor e legitimar um desenho de mulher que foi e é transmitido nas relações com os seus pares e não pares.

  • Este trabalho tem por objetivo apresentar as Clínicas de Orientação infanto-juvenis existentes na cidade do Rio de Janeiro no período situado entre as décadas de 1940 e 1960, a saber: a) COJ/DNCr; b) COI/SNDM; c) COI/IPUB. Por meio de pesquisa documental e entrevistas, constatamos a importância das clínicas de orientação no processo de constituição da Psicologia como um campo autônomo no Brasil, a partir de sua articulação com ideais preventivistas dirigidos à infância, influenciados pelo higienismo. Por fim, destacamos o protagonismo da atuação feminina neste período de gênese da profissão de psicólogo no Brasil.

  • Este artigo propõe apresentar, didaticamente, a História da Psicologia em Contexto como uma linha de pensamento que contribui para o desenvolvimento metodológico de pesquisas historiográficas. Essa perspectiva histórica circunscreve uma discussão que centra atenção nos elementos que constituem um conhecimento psicológico e possibilitam suas extensões e apropriações em outros contextos, enaltecendo suas localidades e especificidades em relação a sua matriz. Descrevemos a História da Psicologia em Contexto em relação: às fundações teóricas que definem a sua linha de pesquisa; aos conceitos que adornam os estudos de um conhecimento psicológico, a saber, geografia intelectual central e periférica, recepção e indigenização; às suas implicações metodológicas. Por fim, consideramos as potencialidades da História da Psicologia em Contexto.

  • Segundo uma perspectiva historiográfica, objetivamos (re)organizar, revisitar e refletir a recepção e circulação da psicologia humanista de Carl Rogers no Brasil. Inicialmente, apresentamos os conceitos de recepção e circulação e suas implicações para uma história da psicologia em contexto. Posteriormente, revisamos quatro momentos históricos de recepção e circulação de ideias rogerianas no Brasil, a saber, pré-história (1945-1976), fertilização (1977-1986), declínio (1987-1989) e ascensão / renascimento (1990 em diante). Em seguida, analisamos as traduções das obras de Rogers para o português brasileiro, especificando como elas contribuíram para essa recepção e circulação, nas décadas de 1970-2010. Refletimos que, atualmente, no Brasil, há poucos livros de Rogers em edição e existem algumas obras metodológicas, autobiográficas e clínicas que não foram traduzidas. Decorrem disso uma dificuldade no acesso total dos planos de pesquisa e de fundamentação teórica, clínica e educacional de Rogers, além do conhecimento parcial da vida e da obra desse autor, conforme as suas narrativas. Argumentamos, finalmente, que esses aspectos contribuíram para o desenvolvimento de uma abordagem centrada na pessoa com especificidades locais, sobretudo, fenomenológico-existenciais.

  • Objetiva-se analisar as produções sobre a abordagem centrada na pessoa (ACP) segundo a sua circulação em periódicos brasileiros, nos anos de 2002 até 2014. Foi realizado uma revisão sistemática nas bases de dados eletrônicas do SciELO e do PePSIC, utilizando diversos descritores referentes a abordagem. Foram encontrados 58 artigos. Os resultados apontam para: constância de produções em 2005-2014; concentração de publicações em dois periódicos de orientação humanista; predominância de autores e universidades cearenses; produções desenvolvidas principalmente na região Nordeste; hegemonia de produções teóricas em sobreposição aos estudos empíricos; destaque dado para discussões clínicas e históricas; apropriação da Fenomenologia filosófica e empírica para desenvolver a ACP. A continuidade do movimento de ascensão/renascimento da ACP no Brasil é questionada. Em conclusão, este estudo oferece uma compreensão de certos aspectos ACP brasileira e aponta outras possibilidades de pesquisa sobre a sua circulação.

  • Analisamos a relação de Carl Rogers com a Fenomenologia segundo uma perspectiva historiográfica que examina a ocorrência de citações e referências que ele fez a filósofos de orientação fenomenológica. As obras de Rogers foram organizadas em ordem cronológica de publicação e lidas conforme as técnicas de leitura seletiva e interpretativa. Rogers mencionou cinco filósofos de orientação fenomenológica: José Ortega y Gasset, Paul Tillich, Simone de Beauvoir, Maurice Merleau-Ponty e Martin Heidegger. Destes, somente Heidegger é efetivamente trabalhado em um texto sobre o ensino e os demais filósofos procedem de indicações e citações de outros autores. Nos livros em que Rogers referencia esses filósofos não há nenhuma discussão sobre a Fenomenologia; porém, há textos em que Rogers disserta sobre a Fenomenologia sem citar fenomenólogos. A Fenomenologia que Rogers menciona não é a filosófica, a qual ele teve ressalvas, mas é um paradigma estadunidense de ciência empírica e estudos da personalidade. A despeito disso, desenvolve-se no Brasil um movimento pós-rogeriano de orientação filosófica fenomenológica. Ponderamos, finalmente, algumas observações sobre o que distingue o movimento brasileiro daquele paradigma contatado por Rogers nos EUA.

  • Objetivamos analisar a produção científica relacionada às Psicologias Humanista, Fenomenológica e Existencial na Pontifícia Universidade Católica - Campinas. Argumenta-se que essa instituição tem uma tradição histórica no desenvolvimento dessas perspectivas no Brasil. Por isso, definiu-se o Banco de Dissertações e Teses do Programa de Pós-Graduação dessa Universidade e o seu periódico, Revista Estudos de Psicologia (Campinas), como objetos de revisão sistemática. Foram categorizados e analisados 38 produções de Mestrado e Doutorado e 40 artigos, no período de 1997-2016. Os resultados sugerem que essas bases de dados são representativas ao estudo do perfil das produções naquela Universidade. As duas bases, por um lado, evidenciam uma tendência para enfoques em discussões clínicas; por outro, distinguem-se entre a predominância de produções empíricas, nas dissertações e teses, e produções teóricas, nos artigos. Considera-se, finalmente, a possibilidade realizar outras pesquisas que investiguem as diferentes manifestações institucionais acadêmicas da Psicologia Humanista, Fenomenológica e Existencial no Brasil.

  • Neste artigo, objetivamos analisar a vinda de Carl Rogers ao Brasil com base em três momentos: antes, durante e depois de sua primeira visita, em 1977. Inicialmente, identificamos a ideia rogeriana de política como central ao seu pensamento. Depois, analisamos: as correspondências que antecederam e organizaram tal vinda; a proposta de intervenção psicológica-ideológica que Rogers expressou em uma entrevista à Revista Veja; os efeitos dessa visita, segundo os relatos de Rogers publicados, posteriormente, em suas obras. As ideias democráticas de Rogers serviram de justificativa para a sua vinda em plena Ditadura Militar. Contudo, elas foram assimiladas com ressalvas por alguns psicólogos brasileiros, conforme aportes críticos norteados, sobretudo, pelos ideais marxistas e freirianos. Desse movimento, emergiram outras perspectivas de ACP e algumas influências no desenvolvimento da Psicologia Comunitária. Concluímos que Rogers inspirou diversas Psicologias locais imersas em uma série de conjeturas críticas sobre o lugar de ideias políticas, passiveis de serem cooptadas e reconfiguradas, acriticamente, a partir de uma ótica capitalista voltada para a redemocratização do Brasil.

  • Esta pesquisa objetiva refletir aspectos relacionados à biografia de Abraham Maslow, seu projeto de Psicologia Humanista e o estado corrente de suas ideias no Brasil. Introduzimos, inicialmente, um esboço biográfico de Maslow. Depois, situamos a participação dele no desenvolvimento da Psicologia Humanista nos EUA. Posteriormente, apresentamos três investigações bibliográficas que analisam a recepção e a circulação das ideias de Maslow no Brasil: a primeira faz uma revisão narrativa em duas bases de dados; a segunda examina os livros de e sobre Maslow publicados no Brasil; a terceira minuta as ideias de Maslow em livros gerais de Psicologia e Administração. Evidenciamos que a vida e a obra de Maslow possibilitam uma articulação com a Psicologia Humanista, para a qual ele tinha propósitos definidos antes, durante e depois de sua ascensão. A Psicologia de Maslow é recebida parcialmente no Brasil e a circulação de suas ideias ocorre, hegemonicamente, em textos relacionados aos campos da Administração e da Psicologia Organizacional. Finalmente, apontamos outras possibilidades de pesquisas para desenvolver o legado de Maslow no cenário brasileiro.

  • O Instituto Pestalozzi foi fundado em Belo Horizonte, MG, em 1935, como uma escola para crianças com deficiência intelectual. Esta pesquisa teve como objetivo investigar como era realizado o atendimento à criança excepcional nessa instituição durante a década de 1940. Utilizando como referencial a historiografia da psicologia, foram analisados 33 prontuários de crianças atendidas no Instituto no período em questão. Esses documentos revelaram que as crianças passavam por uma avaliação médica, psicológica e educacional. A avaliação psicológica incluía a aplicação de testes de inteligência e, geralmente, identificava um QI abaixo da média. Os prontuários indicam também as recomendações de tratamento que eram feitas aos pacientes, bem como sua evolução escolar. Observa-se que o Instituto Pestalozzi exerceu importante papel na educação da criança excepcional em um período histórico em que era comum seu alijamento do sistema público de ensino.

  • A inclusão de pessoas com deficiência nas escolas regulares tem sido constantemente tematizada em eventos internacionais e também na legislação brasileira desde a década de 1990. Para que essa inclusão se dê de forma satisfatória, é imprescindível a participação ativa e bem informada dos professores. Uma série de estudos desenvolvidos nos últimos anos coloca em evidência como os professores têm pensado e agido com relação à educação especial, na perspectiva da educação inclusiva. Este artigo apresenta o relato de uma experiência na capacitação de professoras para a educação inclusiva e para a educação especial, enfocando as estratégias adotadas por essas profissionais para ensinar, nas classes regulares, alunos com deficiências.  Foram identificadas três grandes categorias nas quais essas estratégias podem ser localizadas: busca de informações em fontes diversas, como internet, livros e cursos; busca de apoio nos serviços de Atendimento Educacional Especializados, oferecidos pelas prefeituras municipais; e apresentação de um olhar diferenciado para o aluno com deficiência, na tentativa de entender suas potencialidades e limitações. Nesta última categoria, ressaltou-se como esse olhar está sujeito ao atravessamento dos laudos, que nomeiam a(s) causa(s) da(s) dificuldades apresentadas por esses alunos. Além dessas categorias, percebeu-se que as professoras estão constantemente avaliando sua própria atuação e enfatizam as dificuldades encontradas na educação dos alunos com deficiências, atribuindo-as, sobretudo, à falta de preparação para atuar na educação inclusiva e na educação especial.

  • The study of personality has always been presented in Psychology as a way to understand the individual’s behavior and characteristics. Within such context, several theorists deepened their studies and used techniques to reveal the psychical world structure. By attempting to know the individual in their characterological profile, the psychologist and educator Helena Antipoff decided to revive her experience in the former Soviet Union by means of the observation models developed by the psychologist and psychiatrist Lazursky. When Antipoff arrived in Brazil in 1929, invited by the government to assist in the development of the educational reform in the period called New School, she started to spread Lazursky’s work in the state of Minas Gerais. Antipoff used Lazursky’s Natural Experimentation rather than intelligence tests in psychological evaluations as a method aimed at the characterization of personality through observations of the behaviors and routine under natural conditions. She researched about individuals by using systematized and standardized observations and experiments, whose results were analyzed methodologically in figure and tables, which helped her study the personality of both the students and teachers. The purpose of this paper is to show, based on primary source documents from Antipoff’s publications between 1930’s and 1950’s, the study of the personality through the Natural Experimentation method as the main model for the beginning of her educational work in Brazil. The use of the method contributed to the new educational structure, once it consisted of investigating and evaluating the student according to his profile, that is, his personality.

  • A pesquisa apresentada investigou o método de Ortopedia Mental elaborado pela educadora Helena Antipoff, enfocando seus fundamentos teóricos. Utilizamos como fontes os textos da educadora escritos na década de 1930 e compilados em dois volumes da Coletânea das obras escritas de Helena Antipoff: Psicologia Experimental e Educação do excepcional. Helena Antipoff dirigiu o Laboratório de Psicologia da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte, instituição de formação de professores e técnicos em Educação. Processos de homogeneização de classes faziam parte da reforma proposta a partir de 1927. Durante a implantação das classes homogêneas, entre 1930 e 1935, a psicóloga russa fez uma crítica à limitação dessa ação isolada e concluiu que apenas a homogeneização não traria resultados suficientes para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Antipoff empenhou-se em propor programas que pudessem oferecer à criança um ensino que respeitasse suas particularidades, ao mesmo tempo que treinasse professores para sua execução. Um desses programas era a Ortopedia Mental, técnica utilizada por Binet, e para a qual a educadora adaptou princípios educacionais e procedimentos de vários autores. Na aplicação da Ortopedia Mental, Helena Antipoff valorizava o empenho, a criatividade e o envolvimento que o professor deveria ter com sua classe na elaboração de atividades capazes de despertar o interesse das crianças e desenvolver, ao mesmo tempo, suas faculdades mentais.

  • O artigo apresenta um conjunto de discussões sobre as relações entre educação para a paz e psicologia elaboradas, ao final da década de 1920, por pesquisadores ligados ao Instituto Jean-Jacques Rousseau/Suíça. A partir do método descritivo-analítico, destacamos as teorias e técnicas levantadas ao longo da conferência A paz pela escola realizada em 1927 pelo Bureau Internacional de Educação, órgão ligado ao Instituto. Demonstramos como os conferencistas desse encontro conceberam a Psicologia como uma ciência central nas propostas de pedagogia pacificadora. Destacamos as concepções de Pierre Bovet sobre os instintos combativos e sociais, teoria psicológica que pretendia orientar o trabalho dos educadores que visavam a um ideal pacifista. Concebemos esse movimento como um projeto civilizatório, fundamentado, sobretudo, no conhecimento científico do ser humano. Para Pierre Bovet, a educação moral, social e religiosa deveria ser os três pilares da pedagogia pacificadora, contrapondo-se a outros cientistas da época, como Jean Piaget.

  • A questão da causalidade permeia os fundamentos das ciências. Em particular, a questão da causalidade psíquica subjaz os fundamentos das diversas abordagens da psicologia atual, ainda que não seja explicitada ou mesmo reconhecida. Recorrer a essa temática pode ajudar a esclarecer questões de cunho epistemológico que delineiam a psicologia científica. Nesse sentido, o objetivo do trabalho é apresentar a concepção de causalidade psíquica presente na obra de Edith Stein (1891-1942), Causalidade Psíquica (2010). Foi utilizado o método de investigação histórica. A autora apresentara críticas à psicologia experimental emergente, que se submetia ao reducionismo psicologista e naturalista ao separar-se da filosofia. Edith Stein defendeu a possibilidade de uma psicologia científica sustentada pela definição (fenomenológica) de pessoa humana. Sua compreensão acerca da causalidade psíquica enquadra a distinção entre as vivências imanentes e as vivências intencionais do fluxo de consciência. Stein diferencia o âmbito dos acontecimentos causais determinísticos daqueles âmbitos das relações de motivação que não são submetidas a conexões deterministas. Conclui-se que somente uma elaboração filosófica rigorosa dos diversos tipos de legalidade às quais o fenômeno psíquico está submetido pode fornecer à Psicologia uma fundamentação válida e autonomia no diálogo com as demais ciências naturais ou culturais.

  • O artigo trata-se de uma pesquisa em história da psicologia que teve por objeto o estudo histórico conceitual do conceito de Pessoa em algumas obras de dois autores que se destacaram no contexto alemão do início do século XX: Edith Stein (1891–1942) e William Stern (1871–1938). Entre os dois autores existem semelhanças no que diz respeito aos tópicos estudados e também uma precisa relação histórica destacada em suas biografias: Stern lecionava psicologia em Breslau e Stein frequentou suas aulas como aluna em 1911–1912. Contudo, as pesquisas que retomam a relação teórica entre ambos são escassas. Nesse sentido, o objetivo do artigo foi retomar o percurso por meio do qual ambos propuseram suas análises a respeito da constituição do objeto psíquico, bem como as implicações dessas definições para a psicologia. Foram utilizadas como fontes primárias as edições em língua alemã, espanhola e inglesa das obras de Edith Stein e de William Stern. O ponto principal de encontro é a proposta de fundamentação da psicologia a partir do conceito de Pessoa. As definições divergem, mas o ponto de partida é compartilhado: as preocupações com a redução da ciência da alma ao mecanicismo das ciências naturais. Não há como separar a psicologia da filosofia sem reduzi-la, por um lado, ao naturalismo cientificista (representado atualmente pelo campo das neurociências) e, por outro, às ciências humanas (hoje orientadas pelos movimentos pós-estruturalistas relativistas). Somente uma elaboração filosófica (rigorosa) do conceito de Pessoa poderá integrar natureza e cultura sem reduzir uma à outra e fornecer à psicologia uma fundamentação válida e autonomia no diálogo com as demais ciências naturais ou culturais.

  • The article analyzes the allegorical Brazilian novel História do Predestinado peregrino e de seu irmão Precito (The story of the pilgrim Predestined and his brother Reprobate) (1682) in the light of the history of psychological knowledge. The novel’s author, Alexandre de Gusmão (1695–1753), was an important member of the Society of Jesus in Brazil who became the director of Jesuit schools in the region. The article shows that the novel proposes a link between the psychological and spiritual dimensions, a link necessary for health and decisive in the healing of mental disorders. The role of psychological dynamism depends on the choice of an appropriate target or, in other words, on appetites being directed toward an appropriate object.

Última atualização da base de dados: 09/06/2025 10:24 (UTC)

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