A sua pesquisa
Resultados 64 recursos
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Aunque la postura socialista de Emilio Mira y López (1896-1964) resulta bastante conocida, no se ha prestado hasta ahora atención a la aportación psicológico-política de este autor. El objetivo del presente trabajo es doble. En primer lugar queremos situar el análisis psicológico de la revolución social llevado a cabo por el psiquiatra catalán en el marco histórico, tanto biográfico y político como científico y cultural, de la época anterior al Franquismo. En segundo lugar examinamos cómo Mira relaciona su psicología con un tema político y, concretamente, en qué medida su trabajo científico sobre la revolución refleja una postura socialista.
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As reflexões aqui expressas têm como objetivo subsidiar discussões e encaminhamentos no setor de saúde em relação à Reforma Psiquiátrica. Têm como fundamento a experiência vivenciada (2004-2005) por uma psicóloga e sua iniciativa de implantar um Centro de Convivência como parte de uma rede substitutiva de atenção à saúde mental no município de Maringá. A partir desta experiência reafirma-se a pertinência deste tipo de atividade para a consolidação da Reforma Psiquiátrica no Brasil, bem como a impossibilidade de levar avante esta tarefa sem a parceria dos gestores, dos profissionais da saúde em geral e do usuário desse serviço.
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Este artigo procura reconhecer e avaliar a concepção de loucura no romance Quincas Borba, de Machado de Assis. Para isso, analisamos o desenvolvimento da loucura em Rubião, o protagonista do romance. As análises foram feitas em duas etapas. Em primeiro momento, comparamos as concepções de loucura presentes no romance com as teorias de psiquiatras do século XIX. Em um segundo momento, buscamos compreender a loucura tendo como parâmetro a própria obra do autor, apoiando nas idéias presentes no conto "O espelho". O resultado das análises é que Machado de Assis não apenas se apropriou das teorias psiquiátricas da época, como foi além tratando a loucura dentro da dinâmica do homem com o seu meio social.
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Dentro de uma história dos saberes psicológicos desenvolvida no Brasil, identificam-se várias origens e influências, dentre elas uma rica herança colonial. No século XVII, o tema da persuasão é produtivamente explorado pela oratória religiosa da época, mais especificamente a dos jesuítas - ordem religiosa de influência marcante no Brasil - a qual pertence o Pe. Antônio Vieira. Essa oratória proporciona um modelo explicativo do "psiquismo" humano, além de propor um mecanismo de intervenção neste, através da palavra, pelo uso da retórica aristotélica. Busca-se averiguar de que maneira Vieira articula em seus sermões os recursos retóricos para intervir no universo "psíquico" dos ouvintes e conseguir a persuasão, bem como evidenciar a psicologia filosófica dos jesuítas que o fundamenta. Pode-se também, compreender um pouco mais sobre a visão de homem estabelecida no período.
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O recurso a imagens da natureza para dar conteúdo às metáforas utilizadas na pregação é comum entre os jesuítas que exercem o “ministério da palavra” no Brasil colonial. Através da metáfora, são introduzidos no conteúdo da pregação elementos próprios do mundo da vida dos ouvintes, de modo a tornarem mais compreensíveis e próximas a eles as doutrinas propostas pelo sermão. Portanto, a natureza e seus fenômenos seriam capazes de evocar pensamentos, sentimentos, disposições e condutas pertinentes às finalidades da pregação. A criação da metáfora e a arte da palavra brotam da mesma fonte: a contemplação da realidade criada à qual a palavra humana pode dar nome e definição à luz da meditação do Verbo criador. Esta capacidade é moldada pela prática dos Exercícios espirituais, crivo unificador da multiplicidade dos olhares humanos e da variedade da natureza.
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A pesquisa analisa o uso de metáforas, alegorias, comparações e exemplos, recursos retóricos destinados aos sentidos, afetos e imaginação dos ouvintes, nos sermões vieirianos "As Cinco Pedras da Funda de Davi". As figuras promovem incitação do dinamismo psíquico dos ouvintes. Averiguou-se que as imagens utilizadas são coerentes com a liturgia quaresmal e com a leitura hermenêutica sacramental da realidade orientada teleologicamente. Constatou-se também que o uso pauta-se no saber fundado na retórica e na psicologia-filosófica aristotélico-tomista, em um conhecimento do homem entendido como totalidade e que o poder da palavra, figurativamente, proporciona elaboração da experiência e mudança comportamental.
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A experiência da psicóloga e educadora Helena Antipoff no ensino dePsicologia para educadores é examinada, a partir dos documentos inéditosdo acervo do Centro de Documentação e Pesquisa Helena Antipofflocalizado na Biblioteca Central da UFMG. Foram identificados 39documentos relevantes, contendo informações sobre cursos de Psicologialecionados para educadores entre 1930 e 1987. Os cursos aconteceram naEscola de Aperfeiçoamento de Professores de Minas Gerais, na Faculdadede Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais, na Escola NormalRural e no Instituto Superior de Educação Rural da Fazenda do Rosário,localizada em Ibirité, MG, instituições nas quais Antipoff atuou comoprofessora. Os documentos informam sobre os conteúdos dos cursos esobre os métodos de ensino utilizados. No que se refere aos conteúdos,observa-se a preocupação em trazer informações sobre as principaisteorias psicológicas da época, em especial aquelas propostas porpsicólogos franceses e suíços como Binet, Claparède e Piaget. Quanto aosmétodos de ensino, evidencia-se a opção pelos métodos ativos, queprivilegiam a participação do estudante na construção do conhecimento,com base na pesquisa empírica.
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The body-mind problem has been a central and permanent problem not only in the history of psychology but in all the sciences that deal with so-called mental processes. With progress in the neurosciences in the past decades, there is a contemporary trend towards the solution of the problem through brain research. The aim of this study is demonstrate that: (a) the current trend shows a form of naïve materialism, similar to 19th century, “naïve materialism”; and (b) Wilhelm Wundt’s antimaterialist position offers an alternative to naïve materialism which shows to be more plausible.
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Este artigo examina o termo “experiência” a partir de sua etimologia e de seus usos em diversas línguas ocidentais atuais, com a finalidade de clarificar seu significado para a Psicologia tanto na teorização de sua prática como nas pesquisas de inspiração fenomenológica. Conclui que o termo tem um significado geral que se desdobra em duas possíveis direções: um conhecimento adquirido com a prática e a vivência emocional que é subjacente a esse conhecimento acumulado. A atenção psicológica de inspiração fenomenológica, e a pesquisa com esse mesmo enfoque, são polarizadas pelo olhar que se volta para o vivido, ou seja, para a camada mais profunda da experiência.
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O tema da atenção vem ganhando cada vez mais destaque na contemporaneidade. Não apenas na psicologia, mas também nas mais diversas esferas de nossa vida cotidiana se manifesta um claro interesse em torno do tema. Este artigo busca explorar a atenção do ponto de vista de seu funcionamento, a partir de uma análise da vertente psicológica do trabalho de William James. Não se trata aqui de uma curiosidade histórica que visaria acompanhar todo o percurso de sua conceituação acerca da atenção, mas sim de ressaltar algumas nuances de sua investigação que têm sido pouco valorizadas pelos trabalhos de psicologia da atenção e que ganham especial importância no contexto da contemporaneidade. Noções como as de seletividade, interesse e focalização são trabalhadas em articulação com o conceito de fluxo do pensamento, com o objetivo de se contrapor à concepção de um funcionamento homogêneo da atenção e privilegiando sua dimensão de flutuação.
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O objetivo deste trabalho é realizar uma reflexão introdutória sobre os pressupostos antropológicos que subjazem tanto à vida como à reflexão ética. Esta reflexão assume um caráter relevante para o psicólogo, tanto devido aos excessos da racionalidade científica, que tende a eclipsar a racionalidade ética, como pelo fato da psicologia definir-se primordialmente como ciência prática. São indicados alguns pressupostos que devem, explícita ou implicitamente, serem assumidos sempre que nos aproximamos, quer reflexiva, quer praticamente, do campo dos fenômenos morais. A tese a ser demonstrada — que não poderia ser mais trivial — é a de que o homem é constitutivamente um ser de razão e liberdade.