A sua pesquisa
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Tradução de CHEVALLIER, P. Que veut dire faire une hisoire des problématisations? In: BLOQUET, D.; DUFAL, B. & LABEY, P. (Dir.). Une histoire au présent. Les historiens et Michel Foucault. Paris: CNRS, 2013, p. 121-135. Tradutor: Alessandro Francisco.
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Este artigo percorre a experiência de uma residente na aventura do cuidado pelas práticas da chamada Saúde Mental. Relatos de suas passadas pelo Centro de Atenção Psicossocial na cidade do Rio de Janeiro são chamados para que possamos produzir uma problematização sobre o cuidado no vasto campo da Reforma Psiquiátrica Brasileira. A partir de conversas com Franco Basaglia, fomos tecendo certos apontamentos sobre o que podemos apresentar como um cuidado que se preocupe mais em inventar a existência do que em adaptá-la.
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A partir da análise de práticas da psicologia no Brasil, o presente artigo busca problematizar os modos de subjetivar e experienciar o território na cidade. Com o procedimento de acontecimentalização proposto por Michel Foucault, mapeamos algumas linhas que incidem na produção da experiência com o território no percurso de constituir-se a cidade moderna, o que inclui a análise dos modos de subjetivar e das políticas de Estado, de governo, públicas. A partir deste estudo problematizamos a noção de intenCidade como um conceito intercessor para analisar as políticas e as intervenções em psicologia que potencializem as composições de uma experiência citadina coletiva e pública.
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Tradução de GROS, F. Problématisation. In: BERT, J.-F. & LAMY, J. Michel Foucault: un héritage critique. Paris: CNRS, 2014, p. 124-126. Tradutor: Alessandro Francisco.
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Este trabalho tem como objetivo apresentar como se configuraram, a partir do campo da medicina, os comportamentos indicadores de risco no diagnóstico de usuários do álcool. Para isso, analisamos os textos que abordam a questão do alcoolismo presentes nos Archivos rio-grandenses de medicina, revista publicada pela Sociedade de Medicina do RS no período de 1920 a 1943. Nossa discussão consiste em identificar como o saber médico contribuiu para a constituição de um discurso sobre o consumo de bebidas alcoólicas relacionado a comportamentos de risco na conduta dos indivíduos. Interrogamos os regimes de verdade sustentados por esses saberes, que, a partir de certo número de discursos, se tornam produtores de modos de ser sujeito dito potencialmente perigoso, apontando para uma possível articulação entre o uso de álcool, o crime e a doença mental.
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Festas e brincadeiras são fenômenos culturais presentes em Plataforma, região do Recôncavo da Bahia. Os objetivos do estudo são recuperar a memória histórica relacionada às festas e brincadeiras de origem colonial na referida região e compreender a função formativa dessas práticas através de sua influência sobre o dinamismo psíquico dos participantes. O estudo se pauta na perspectiva dos saberes vigentes no tempo histórico em que tais práticas foram elaboradas e transmitidas. Através de fontes primárias do período colonial, como cartas jesuíticas, bem como de fontes secundárias, o resgate histórico feito proporcionou a obtenção de dados sobre festas e brincadeiras de Plataforma, como a Festa de São João e a corrida de Argolinha. Fica claro que a proposta destas práticas culturais era de comunicação e persuasão e, para tanto, visava atingir as potências psíquicas (sensações, sentidos e entendimentos) dos participantes através de uma construção que articulava retórica, saberes psicológicos e pedagogia.
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O artigo visa acompanhar alguns desafios presentes em uma escola pública regular no processo de inclusão escolar de alunos surdos. Apresentamos, de um lado, posicionamento ético, político e epistemológico contra as tentativas de classificação da vida e, de outro lado, a afirmação da potência dos encontros entre surdos e ouvintes. Observamos que ainda hoje há um projeto político de inclusão baseado em referenciais normativos, no qual as diferenças são desqualificadas. Enfatizamos a importância da Libras e do intérprete nos contextos educativos, a relevância da comunicação entre surdos e ouvintes num ambiente onde circulam duas línguas completamente distintas: a Libras e o Português.
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Neste artigo analisamos a militância e o apoio de jovens a um candidato a prefeito na cidade do Rio de Janeiro, nas eleições de 2012. Partindo da noção de subjetivação política, examinamos inicialmente as experiências resultantes das relações entre juventude e política no contemporâneo. Em seguida, dialogamos o enquadramento teórico exposto com o material colhido em entrevistas semi-estruturadas com três jovens militantes da campanha eleitoral. Tal articulação visa discutir os sentidos que os jovens militantes dessa campanha atribuíram às suas ações, uma vez que este coletivo os afetou como estratégia mobilizatória e atrativa para apostarem no desejo de mudança da realidade. Concluímos que esse processo eleitoral representou uma possibilidade de renovação do quadro político vigente e que os jovens movidos pelo desejo de transformação da sociedade se engajaram nesse projeto político coletivo.
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O presente trabalho se propõe a trazer reflexões acerca de um percurso de estágio no Serviço Residencial Terapêutico da rede pública de saúde mental numa cidade da região metropolitana do estado do Rio de Janeiro e das elaborações subsequentes da experiência de estágio. Apresentaremos o trabalho desenvolvido no Serviço Residencial Terapêutico (SRT), os encontros com um morador deste serviço e os desdobramentos clínicos que daí sucederam. Caminhando com os conceitos de análise da demanda, analisador e outros da Análise Institucional; da proposta da Gestão Coletiva dos Sonhos; do conceito de agenciamento, entre outros, apresentamos uma clínica do território como proposta de trabalho para o SRT, a Reforma Psiquiátrica brasileira e as políticas públicas de saúde.
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O presente trabalho é parte de um processo de pesquisa que visa problematizar os efeitos do saber-poder da produção de conhecimento delimitada em torno de um objeto (múltiplo, diverso, mas amiúde considerado único) e chamada de Psicologia, a partir de Foucault, buscando criar/pensar conexões com algumas produções da autora Donna Haraway, mais conhecida pelos seus estudos de gênero. Foram pinçadas algumas noções consideradas importantes e possíveis de elaborar alguma articulação. São elas: a crítica à ideia de humanidade como universal genérico e as possibilidades de fazer frente a isso com o dispositivo Ciborgue, bem como as propostas de colocar em questão as práticas científicas e seus efeitos de verdade. Propondo a genealogia como método, também queremos escapar das narrativas de origem, tanto nas nossas práticas de pesquisa como no exercício da função de psicólogo.
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Este trabalho parte da seguinte pergunta disparadora: “o que pode a literatura”? A fim de analisar o campo problemático instaurado por ela, buscamos fazer um estudo do problema inspirados nas contribuições do pensamento blanchotiano no tocante à relação literatura/subjetividade/clínica. Através das noções de desobramento, silêncio e solidão, nosso objetivo será o de evidenciar práticas de criação de espaços únicos e inéditos em meio à lógica produtiva contemporânea. Dessa maneira, os trabalhos de Maurice Blanchot nos interessam não só pelo que propõem ao campo da criação literária, mas principalmente por tratar de aspectos políticos, estéticos e éticos de suma importância aos estudos da subjetividade. Por fim, nossa aposta neste trabalho é a de que ele amplie o campo de estudo da clínica voltada aos processos de subjetivação, propondo nova experimentação conceitual dedicada vivamente à pesquisa do pensamento blanchotiano.
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Deriva das interferências institucionalistas na formação do psicólogo no Brasil a experiência de intervenção em uma escola pública que (re)traçamos em texto. O fio que nos atravessa é referente às práticas e aos desejos construídos historicamente em formas sociais, questionando os especialismos que conformam a formação psi hegemônica. A perspectiva do passeio institucional lança-nos às questões de como entrar em um estabelecimento e promover processos analíticos das relações estabelecidas. A partir de muita insatisfação com diversas práticas na escola, articula-se um espaço autogestionário para tratá-las, visando permitir uma discussão aberta das questões que emergem no cotidiano. Focam-se os critérios e os modos de avaliação dos alunos na escola, mas um investimento na heteronomia pelo Sistema de Gestão Integrado (SGI) se contrapõe ao processo autogestionário. No artifício da escrita, acabaram por se recortar quatro perspectivas sobre o processo de intervenção, que pode ser caracterizado pelo fracasso.
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Segundo diversos autores, a ascensão da chamada Psiquiatria Biológica ganha força com a publicação da terceira versão do DSM – Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders –, em 1980, que retira a nomenclatura psicanalítica de seu escopo classificatório e passa a se basear em critérios descritivos e objetivos de análise, deixando de fora a discussão acerca da etiologia das doenças psiquiátricas. Neste artigo, analisaremos a ascensão do viés biológico na psiquiatria norte-americana a partir da constituição do DSM e das mudanças ocorridas ao longo de suas quatro primeiras versões. Diante de nossos propósitos, selecionamos Ludwik Fleck como principal interlocutor. Ao analisar a construção do conhecimento científico, este autor dedica especial atenção à construção do conhecimento médico, que possuiria particularidades em relação aos outros campos do conhecimento, as quais acreditamos serem ainda mais acentuadas no caso da psiquiatria, nosso objeto de estudo.
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Este artigo, realizado a partir de um recorte de uma pesquisa de mestrado, parte do cenário da hiperconectividade para problematizar os processos de subjetivação envolvidos no compartilhamento instantâneo de atualizações nas redes sociais na internet através da escrita nos dispositivos móveis de comunicação. Ao longo do texto, exploramos os efeitos que o modo de vida contemporâneo, marcado pelo imediatismo e pela sensação de falta de tempo generalizada, imprime nessas novas formas de nos subjetivarmos pela escrita, dialogando com autores como Agamben, Bauman, Benjamin, Flusser, e Foucault. Atentamos, enfim, para a dimensão da escrita enquanto relato de si e de seu possível esvaziamento diante das novas práticas que, valorizando a instantaneidade e a novidade da informação, perdem o caráter reflexivo e introspectivo apontado como necessário para a produção de tais escritas de si ou narrativas pessoais.
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Esse texto se tece para pensar os cruzamentos entre a invenção da cidade de Aracaju, em meados do século XIX, e algumas atualizações dessa história na experiência urbana contemporânea. Para isso, aproximamo-nos das descontinuidades que compõem histórias de um presente múltiplo, constituído pelo emaranhado de outros tempos. Intercessores como Michel Foucault e Walter Benjamin, entre outros, povoam a escrita e engendram um pensamento que intensifica a feitura de histórias abarrotadas de rupturas, fragmentárias, que recusam uma perspectiva progressista e contínua regida por um tempo pretensamente homogêneo. Algumas narrativas da invenção da urbe se criam no texto, perspectivando, sobretudo, o disciplinamento espacial concretizado na implantação do projeto arquitetônico traçado para a nova capital, que nasceu com a forma de um tabuleiro de xadrez. Articulando-se às histórias da invenção da cidade projetada, problematizamos algumas estratégias de controle dos espaços e da circulação dos corpos no presente.
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O artigo traz a montagem de um ca(u)so - “Um Menino que pulava para falar” – e, com essa narrativa, empreende algumas análises dos lugares produzidos para crianças e adolescentes no campo da Saúde Mental. Neste trabalho, “lugares” remetem às práticas de cuidado que emergem junto a meninos e meninas que fazem uso de algum equipamento da Saúde Mental. Dentre as linhas do caso narrado, puxamos a discussão das práticas médico-pedagógicas que objetivam a psiquiatrização da infância por meio da “criança anormal” segundo Foucault. Com essa linha histórica, analisamos a operação de divisão entre “transtorno mental” e “deficiência mental” e os efeitos disso nas práticas de cuidado de um equipamento da Saúde Mental. A montagem do caso nos serve para problematizar as práticas, não as tomando como naturais e necessárias ao campo.
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Tradução: Thalita Carla de Lima Melo - Mestre em Psicologia Social pela Universidade Federal de Sergipe (UFS)
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