A sua pesquisa
Resultados 200 recursos
-
O Instituto Pestalozzi foi fundado em Belo Horizonte, MG, em 1935, como uma escola para crianças com deficiência intelectual. Esta pesquisa teve como objetivo investigar como era realizado o atendimento à criança excepcional nessa instituição durante a década de 1940. Utilizando como referencial a historiografia da psicologia, foram analisados 33 prontuários de crianças atendidas no Instituto no período em questão. Esses documentos revelaram que as crianças passavam por uma avaliação médica, psicológica e educacional. A avaliação psicológica incluía a aplicação de testes de inteligência e, geralmente, identificava um QI abaixo da média. Os prontuários indicam também as recomendações de tratamento que eram feitas aos pacientes, bem como sua evolução escolar. Observa-se que o Instituto Pestalozzi exerceu importante papel na educação da criança excepcional em um período histórico em que era comum seu alijamento do sistema público de ensino.
-
The study of personality has always been presented in Psychology as a way to understand the individual’s behavior and characteristics. Within such context, several theorists deepened their studies and used techniques to reveal the psychical world structure. By attempting to know the individual in their characterological profile, the psychologist and educator Helena Antipoff decided to revive her experience in the former Soviet Union by means of the observation models developed by the psychologist and psychiatrist Lazursky. When Antipoff arrived in Brazil in 1929, invited by the government to assist in the development of the educational reform in the period called New School, she started to spread Lazursky’s work in the state of Minas Gerais. Antipoff used Lazursky’s Natural Experimentation rather than intelligence tests in psychological evaluations as a method aimed at the characterization of personality through observations of the behaviors and routine under natural conditions. She researched about individuals by using systematized and standardized observations and experiments, whose results were analyzed methodologically in figure and tables, which helped her study the personality of both the students and teachers. The purpose of this paper is to show, based on primary source documents from Antipoff’s publications between 1930’s and 1950’s, the study of the personality through the Natural Experimentation method as the main model for the beginning of her educational work in Brazil. The use of the method contributed to the new educational structure, once it consisted of investigating and evaluating the student according to his profile, that is, his personality.
-
A pesquisa apresentada investigou o método de Ortopedia Mental elaborado pela educadora Helena Antipoff, enfocando seus fundamentos teóricos. Utilizamos como fontes os textos da educadora escritos na década de 1930 e compilados em dois volumes da Coletânea das obras escritas de Helena Antipoff: Psicologia Experimental e Educação do excepcional. Helena Antipoff dirigiu o Laboratório de Psicologia da Escola de Aperfeiçoamento de Belo Horizonte, instituição de formação de professores e técnicos em Educação. Processos de homogeneização de classes faziam parte da reforma proposta a partir de 1927. Durante a implantação das classes homogêneas, entre 1930 e 1935, a psicóloga russa fez uma crítica à limitação dessa ação isolada e concluiu que apenas a homogeneização não traria resultados suficientes para a aprendizagem e o desenvolvimento dos alunos. Antipoff empenhou-se em propor programas que pudessem oferecer à criança um ensino que respeitasse suas particularidades, ao mesmo tempo que treinasse professores para sua execução. Um desses programas era a Ortopedia Mental, técnica utilizada por Binet, e para a qual a educadora adaptou princípios educacionais e procedimentos de vários autores. Na aplicação da Ortopedia Mental, Helena Antipoff valorizava o empenho, a criatividade e o envolvimento que o professor deveria ter com sua classe na elaboração de atividades capazes de despertar o interesse das crianças e desenvolver, ao mesmo tempo, suas faculdades mentais.
-
O artigo apresenta um conjunto de discussões sobre as relações entre educação para a paz e psicologia elaboradas, ao final da década de 1920, por pesquisadores ligados ao Instituto Jean-Jacques Rousseau/Suíça. A partir do método descritivo-analítico, destacamos as teorias e técnicas levantadas ao longo da conferência A paz pela escola realizada em 1927 pelo Bureau Internacional de Educação, órgão ligado ao Instituto. Demonstramos como os conferencistas desse encontro conceberam a Psicologia como uma ciência central nas propostas de pedagogia pacificadora. Destacamos as concepções de Pierre Bovet sobre os instintos combativos e sociais, teoria psicológica que pretendia orientar o trabalho dos educadores que visavam a um ideal pacifista. Concebemos esse movimento como um projeto civilizatório, fundamentado, sobretudo, no conhecimento científico do ser humano. Para Pierre Bovet, a educação moral, social e religiosa deveria ser os três pilares da pedagogia pacificadora, contrapondo-se a outros cientistas da época, como Jean Piaget.
-
O segundo volume de "Behaviorismos" estende novamente aos leitores um convite para redescobrir os caminhos trilhados por autores que, fundamentados por diferentes tradições filosóficas e científicas, buscaram produzir conhecimento sobre esse complexo objeto [o comportamento]. O livro cumpre várias funções - mas uma das principais, me parece, é a de "desromantizar" o trabalho científico. As histórias aqui contadas descrevem não apenas avanços e conquistas relevantes, mas também erros, incertezas, discordâncias. Os behavioristas que esta obra apresenta não revelam a descoberta do comportamento, mas as tentativas de construí-lo. A dificuldade da tarefa valoriza e dignifica o trabalho de todos os que estiveram e estão nela envolvidos. [...] Corre por estas páginas material fértil para construir e desconstruir versões contemporâneas do comportamento. Ademais, podemos estar certos de que as tentativas de compreensão do comportamento que empreendemos hoje serão um dia material historiográfico; os behaviorismos do futuro também aprenderão com nossos avanços, erros e discordâncias, construindo e desconstruindo a partir disso duas próprias versões de comportamento.
Explorar
Autor
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (92)
- Livro (15)
- Seção de livro (65)
- Tese (28)