A sua pesquisa
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Johann Friedrich Schreiber – Elementorum medicinae physico-mathematicorum, Tomus I. In R. Theis, W. Schneiders, J.-P. Paccioni, & S. Carboncini (Eds.), Christian Wolff’s Gesammelte Werke, III. Abteilung, Band 162. Hildesheim: Georg Olms, 2021.
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William James, Carl Stumpf - Correspondence (1882-1910), edited by Riccardo Martinelli. Berlin: de Gruyter, 2020
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We imagine the future of cognitive science by first considering its past, which shows remarkable transformation from a field that, although interdisciplinary, was initially marked by a narrow set of assumptions concerning its subject matter. In the last decades, multiple alternative frameworks with radically different ontological and epistemic commitments (e.g., situated cognition, embodied cognition, extended mind) found broad support. We address the question of how to understand these changes, noting as logical alternatives that (1) newer approaches are not properly cognitive; (2) that newer approaches are cognitive but not science; and (3) that cognitive science has become pluralistic. We endorse the third position and venture to guess that the future of cognitive science is also pluralistic. We are left, however, with the question of what this means. After noting the polysemous nature of the term “pluralism”, we attempt to add clarity by distinguishing three forms: ontological, epistemic, and ethical. We then consider what each form might imply for the future of cognitive science.Keywords: Cognitive Science; Pluralism; Relativism; History of Science; Philosophy of Science Il futuro della scienza cognitiva è pluralista, ma che vuol dire?Riassunto: Pensiamo al futuro della scienza cognitiva in primo luogo considerando il suo passato, il quale è notevolmente cambiato rispetto al presente. Per quanto si proponesse come un campo di studi interdisciplinari, la scienza cognitiva delle origini era caratterizzata da un insieme ristretto di assunzioni riguardanti il proprio oggetto. Negli ultimi decenni hanno trovato supporto diverse cornici teoriche in reciproca competizione e con impegni ontologici ed epistemologici radicalmente differenti (si pensi, per esempio, alla cognizione situata, alla cognizione incarnata, alla mente estesa). Proveremo a dare risposta alla domanda su come intendere questi cambiamenti, prendendo atto che ci troviamo di fronte a una serie di posizioni che sono logicamente alternative fra loro: (1) gli approcci più recenti non sono propriamente cognitivi; (2) oppure che gli approcci più recenti sono cognitivi, ma non scientifici; (3) la scienza cognitiva è diventata pluralista. Noi crediamo che la terza posizione sia corretta e scommettiamo su un futuro della scienza cognitiva che sia anche pluralista. Resta aperto, tuttavia, il problema di cosa questo significhi. Dopo aver preso atto della natura polisemica del termine “pluralismo”, cercheremo di far chiarezza distinguendo tre forme di pluralismo: ontologico, epistemico, ed etico. Considereremo quindi ciò che ciascuna può comportare per il futuro della scienza cognitiva.Parole chiave: Scienza cognitiva; Pluralismo; Relativismo; Storia della scienza; Filosofia della scienza
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A ausência de reflexão acerca das condições que envolvem o ato de conhecer e narrar a história da psicologia acaba gerando uma profusão de histórias mal contadas, distorcidas, enviesadas e simplificadas, que reforçam um certo tipo de automatismo na produção historiográfica. Partindo das noções de pluralismo e intertextualidade, tal como apresentadas em dois textos do Prof. Abib, o objetivo do presente artigo é discutir algumas dessas condições do trabalho historiográfico em psicologia. Às duas noções já aludidas, acrescentamos o caráter inexorável da seletividade do historiador e suas implicações. Argumentamos que tal reflexão pode despertar a autoconsciência do historiador da psicologia e, portanto, contribuir para a diminuição daquele automatismo. Assim, estaremos em condições de defender uma perspectiva mais crítica para a historiografia da psicologia.
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Nos últimos 40 anos, a atuação do psicólogo vem sendo orientada pela aproximação a diversas políticas públicas. A despeito dos avanços empreendidos quanto à capacitação das profissionais para o trabalho com beneficiários de tais políticas, os cursos de graduação ainda parecem carecer de um foco maior no estudo de tais políticas e de uma consolidação de referenciais teórico-metodológicos e epistemológicos de atuação psicológica. O presente ensaio busca discutir criticamente o papel dos fundamentos históricos e epistemológicos da psicologia na formação para a atuação em políticas sociais, compreendendo um estudo teórico, de base bibliográfica e documental, acerca das discussões histórico-epistemológicas no campo psicológico. Destaca-se que tais discussões tanto oferecem a base para o desenvolvimento do senso crítico acerca da psicologia enquanto área dispersa e fragmentada como também possibilitam o desvelamento da condição escamoteada da psicologia enquanto saber auxiliar ao controle subjetivo e ideológico dos indivíduos pelo Estado.
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Este artigo objetiva identificar, contextualizar e analisar evidências e impacto do evolucionismo darwiniano na obra de Sigmund Freud, na literatura especializada nacional nas últimas duas décadas. Uma revisão sistemática da literatura foi empreendida, em conformidade com as orientações metodológicas PRISMA, valendo-se, para tanto, de palavras-chave selecionadas, posteriormente empregadas na pesquisa conduzida em sete bases de dados distintas. Após seleção, chegou-se a uma amostra final composta por dezesseis artigos de relevância. De acordo com os resultados, evidencia-se: evolucionismo darwiniano como um recurso na escrita da obra freudiana; utilização da história evolutiva ou história filogenética como justificativa das elaborações de Freud; teoria darwiniana como meio para compreensão da origem de sintomas e estados psíquicos; uso da figura representativa de Darwin.
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Neste estudo, objetivou-se compreender o ser jovem na contemporaneidade a partir da visão de estudantes do Ensino Médio. Foram utilizados dados de uma pesquisa maior, que contou com dez grupos focais com estudantes brasileiros. Utilizou-se Análise Textual Discursiva para avaliação dos achados. Participaram 80 estudantes oriundos de colégios e unidades sociais de uma rede de ensino privada, habitantes de distintas regiões do país. Os resultados demonstraram que, para a amostra pesquisada, ser jovem era vivenciar pressão por desempenho, por desenvolvimento de um futuro profissional e pela mudança da sociedade. Além disso, envolvia desenvolver autoconhecimento, ser crítico e socialmente responsável, enfrentar riscos e desafios e conquistar autonomia. Os resultados foram discutidos a partir de uma fundamentação gestáltica e fenomenológica. As conclusões apontam para a diversidade e potência das experiências juvenis na contemporaneidade e levantam questionamentos sobre os impactos na clínica psicológica.
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Este artigo apresenta uma proposta epistêmica e metodológica de investigação e práxis etnopsicológicas com pessoas indígenas, apontando para suas contribuições na pesquisa e na assistência psicológica a essas pessoas. Inicialmente, busca contextualizar a etnopsicologia, delimitando seu campo e respectivas possibilidades de investigação e intervenção. Na sequência, explora os conceitos fenomenológicos husserlianos de epoché (o abandono de suposições ou crenças) e intencionalidade da consciência, e sua respectiva retomada no modelo metodológico de Amedeo Giorgi. Em seguida, traz a noção de pessoa dada pela antropologia filosófica de Max Scheler, diferenciando-a de outras noções hegemônicas predominantes no Ocidente e buscando apreciar sua aplicabilidade na pesquisa e no atendimento às pessoas indígenas. Discute, então, o potencial dessas duas abordagens na etnopsicologia, na medida em que ambas assumem que o conhecimento se constitui em relação, tendo como fundamento axiológico o mundo da vida das pessoas, repleto de valores, sentidos e significados existenciais.
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Na Psicologia, a centralidade da escuta se apresenta como uma questão epistemológica e prática, sendo discutida no âmbito da psicologia fenomenológica e, enquanto escuta suspensiva, como dispositivo que dispara e desenvolve a entrevista como sua chave operativa. Trata-se de uma articulação teórica na perspectiva da fenomenologia clássica de Edmund Husserl, que exige considerar a esfera transcendental e a antropologia resultante das reduções intersubjetivas realizadas pelo fundador da fenomenologia. Para a Psicologia, explicita a relação inerente entre pessoa e cultura, tema que coloca em questão os objetos e o modo de fazer pesquisa empírico-fenomenológica, bem como consequências para a clínica. Os resultados equivalem a uma sequência de análises fenomenológicas, partindo das análises preliminares da entrevista e da escuta, em seus momentos hiléticos e noéticos. A escuta suspensiva é operada como encontro de horizontes de expectativa, indicando sua complexidade e especificidades de sua execução.
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O objetivo deste artigo é propor uma relação teórica entre o conceito da exotopia bakhtinana e a posições de Eu. A Teoria do self dialógico concebe a mente como uma multiplicidade dinâmica de posições de Eu relativamente autônomas fundamentada, especialmente, na filosofia dialógica de Michael Bakhtin e na teoria do self de William James. Cada posição de Eu, na minissociedade da mente, tem a capacidade de “ver além” do que qualquer outra poderia, pois, no tempo-espaço, cada posição de Eu pode ocupar um lugar que é único. A exotopia pressupõe a extralocalização dessas posições de Eu, umas diante das outras, o que estabelece a viabilidade das interações dialógicas. É essa exotopia que conduz à nossa possibilidade de responder a uma outra voz interna ou externa. Essa condição espacial caracteriza toda relação intra ou heterodialógica, assim como a possibilidade de aparecimento de novidade de significados no self. Um caso empírico de um adolescente é apresentado para ilustrar o nascimento de nova posição de Eu no processo de escolarização a partir do aumento da exotopia no self.
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O artigo aborda, na perspectiva da história dos saberes psicológicos, as narrativas acerca do emprego dos recursos imagéticos junto as populações nativas elaboradas por autores jesuítas protagonistas da epopeia missionária nas Reduções dos territórios guaraníticos, entres o século XVII e XVIII. Os autores são: Diego de Torres Bollo; Pedro de Oñate; Antônio de Ruiz Montoya; Antônio Sepp. Os documentos são: cartas, uma crônica histórica e um diário. A interpretação é fornecida na perspectiva dos saberes psicológicos disponíveis no universo cultural dos autores. A imagem é tomada como elemento capaz de estimular o dinamismo psíquico em sua complexidade, envolvendo sensibilidade, memória, imaginação, atenção, cognição e vontade. O efeito logrado, segundo os autores, seria a construção de uma relação imediata dos índios com as imagens evocadoras de presenças sagradas símbolos do universo cristão e persuasivas quanto aos conteúdos doutrinários e a mudança de comportamentos e hábitos.
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A psiquiatria democrática, como ficou conhecida, trabalho expresso na vida e na obra de Franco Basaglia e Franca Ongaro Basaglia, será revisitada neste artigo em seu caráter epistêmico. Defende-se, portanto, neste trabalho, que o moto A Liberdade é Terapêutica tem, além de um sentido terapêutico, também um sentido epistêmico. A fim de se defender essa tese, serão analisadas as críticas de Franco e Franca Basaglia à psiquiatria institucional, sob o contexto revisitado da literatura mais atualizada em Estudos de Ciências. O conceito de duplo, em geral, e o conceito de gênero, em particular, serão as ferramentas conceituais dessa análise. As perspectivas dos Estudos de Ciências, da Epistemologia Feminista e da historiografia mais recente e atualizada das ciências e da psicologia serão utilizadas para analisarmos os trabalhos de Franco e Franca Basaglia sob este novo ponto de vista.
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Este artigo apresenta uma análise das primeiras experiências de escolarização de crianças com deficiência nos séculos XVIII, XIX e início do século XX, por meio dos trabalhos de Jacob Rodrigues Pereira (1715-1780), Jean Marc Gaspard Itard (1774-1838), Edouard Séguin (1812-1880) e Maria Montessori (1870-1952), identificando pressupostos metodológicos que contribuíram para a constituição da área da Educação Especial e da Psicologia. Trata-se de uma pesquisa histórica que considera a produção teórica na área da educação especial e da psicologia, contemplando a leitura e a análise de livros, artigos, teses, dissertações e, principalmente, textos e obras completas de autoria dos educadores pesquisados. As análises apontaram que, ao proporcionarem condições de aprendizagem e desenvolvimento para crianças com deficiência, os trabalhos desses educadores contribuíram para a constituição histórica da educação especial, bem como apresentam as raízes do processo hoje denominado de inclusão social.
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A pesquisa apresenta a história da construção e consolidação do campo de estudo e atuação da Psicologia Escolar no Piauí. Utilizou-se abordagem qualitativa, historiográfica, com história oral. Foram definidas como participantes as/os pioneiras/os a contribuir para um determinado campo de atuação. Os seis depoentes foram escolhidos por terem: I) atuação na área; II) sido docentes; e/ou III) participado de órgãos/instituições da área. As análises foram construídas a partir de indicadores e núcleos de significados dos registros orais, a partir dos quais foram organizados em cinco eixos temáticos: a) Atuação em psicologia educacional e psicologia escolar; b) Primeiras incursões da Psicologia no campo da Educação do Piauí; c) Estrutura e recursos disponíveis para atuação profissional; d) Transformação no campo e protagonismo dos estagiários de psicologia escolar; e) Movimentos de descentralização da psicologia escolar no estado.
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A partir da obra de Charles Taylor, tratamos das repercussões do naturalismo na obra de William James. Primeiro apresentamos a noção tayloriana de naturalismo (ético-moral), ao que ele contrapõe sua teoria hermenêutica. A seguir, tratamos do conceito jamesiano de experiência religiosa e discorremos sobre suas principais características apontadas por Taylor. Em seguida, apresentamos as críticas de Taylor a esse conceito e discutimos em que sentido James teria esposado algumas das teses do naturalismo ético-moral.
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O estudo aponta e analisa as inovações clínicas e científicas de Carl Rogers introduzidas à psicoterapia. O foco está no papel da intersubjetividade, aqui entendida como perspectiva de segunda pessoa, mas sem desconsiderar as contribuições advindas das perspectivas de terceira (evidência experimental) e de primeira pessoa (vivência experiencial). O estudo argumenta que a relevância dada a intersubjetividade, a não-diretividade e a abertura à experiência testifica a confluência entre Rogers e o movimento fenomenológico. Tal confluência é realçada pela atenção ao exame dos fatos e fenômenos em múltiplas perspectivas, orientadas pela ética fenomenológica. Neste sentido, o grande equívoco das comparações entre a teoria de Rogers e a fenomenologia está em tomar como ponto de partida uma dada definição de fenomenologia, e não a vivência e a descrição de eventos fenomenais. Por fim, mostra-se como os estudos científicos de Rogers encontram ressonâncias em pesquisas fenomenológicas contemporâneas aplicadas à psicologia.
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O presente artigo, no campo da história da psicologia, analisa a criação do conceito de pedofilia na teoria sexual de Richard von Krafft-Ebing, psiquiatra e figura pioneira da abordagem médico-patológica da sexualidade no século XIX. Apresentado pela primeira vez como uma perversão sexual, em 1896, o termo pedofilia foi adicionado a Psychopathia Sexualis, obra magna do autor, passando por várias reformulações ao longo dos anos. O presente estudo irá retomar a história do conceito para analisar a criação dele, analisar suas reformulações teóricas mais relevantes ao longo das diversas edições dos textos do autor e abordar as primeiras reações dos contemporâneos do autor em relação à criação do termo. Por fim, nas conclusões, o estudo discute de que maneira as bases teóricas e metodológicas usadas por Krafft-Ebing para a criação do conceito continuam influenciando na abordagem dos estudos em teoria da sexualidade nos séculos seguintes.
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Quando um novo fato científico aparece nas discussões públicas e nas controvérsias políticas, as pessoas são socialmente convocadas a interpretar uma realidade em constante mutação. Este artigo analisou as representações sociais que circularam na Folha de São Paulo sobre o embrião in vitro até o ano de 1978, quando nasceu o primeiro “bebê de proveta”. Foram encontradas 67 reportagens publicadas entre janeiro de 1961 e dezembro de 1978, que foram analisadas com ajuda do software Alceste. Os resultados mostram cinco classes de palavras organizadas em dois eixos de sentidos: Desenvolvimento e alcances da manipulação de materiais germinativos e Impactos da fertilização in vitro na família. No contexto emergente das novas tecnologias reprodutivas, o embrião in vitro suscitou questões axiológicas ligadas à filiação, ao parentesco e ao humano na esfera pública brasileira.
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