A sua pesquisa
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Partindo do princípio hegeliano de que a negação é o motor da história temos como objetivo refletir sobre o caráter insurgente do movimento da reforma psiquiátrica ou luta antimanicomial, visto que, historicamente, o atendimento à pessoa que sofre psiquicamente nada tem de idílico. Discutimos inicialmente a histórica ineficácia da segregação em hospitais psiquiátricos da pessoa que sofre psiquicamente. Em seguida, recuperamos algumas das vozes do passado e do presente que, em seu tempo e a seu modo, insurgiram-se em prol da mudança do paradigma hegemônico isolacionista como tratamento do sofrimento psíquico, compondo o coro da luta antimanicomial. Destacamos, ainda, alguns destes personagens e a situação atual na atenção à saúde mental.
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Este artigo objetiva refletir os limites da ideia de consideração positiva incondicional como uma epoché, de modo questionar o que é suspenso. Para isso, apresenta as noções husserliana de epoché e rogeriana de consideração positiva incondicional. Depois, situa as origens das apropriações da epoché pela clínica fenomenológica e pela abordagem rogeriana. Posteriormente, desenvolve reflexões que demarcam alguns limites entre essas atitudes. Conclui que a consideração positiva incondicional poderia ser a suspensão dos juízos que procedem dos afetos de simpatia, apatia e antipatia. Em uma meta-teoria, isso serve para descrever o procedimento de escuta não-diretiva sem julgamentos, a qual parte da assimilação de uma visão de mundo oriunda da Fenomenologia, mas não se trata de uma Fenomenologia pura, filosofia fenomenológica ou Psicologia Fenomenológica. A consideração positiva incondicional é uma atitude de escuta que se desenvolveu fora do método fenomenológico e não precisa ser legitimada pela epoché, não propõe nenhuma redução, não suspende a crença na tendência à autorrealização e sua suspensão não é fenomenológica.
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This study aims to analyze the fundamental aspects of training and intervention processes of professionals intending to work in emergency psychological services. Based on a person-centered approach and phenomenology, we consider the psychologist’s openness and presence in the relationship as fundamental to dealing with their own alterity and the alterity of the patient seeking help. We highlight empathy as a way for psychologists to make themselves present and available to decenter and focus on the other. This decentralization can only occur if the psychologist can connect to the present and to what is occurring with themselves, with the other, and especially with the relationship. We conclude, therefore, that emergency psychological service requires being open to the uniqueness of the present and putting the prescriptions of psychotherapy handbooks aside, although without denying them.
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Este artigo objetivou analisar a organização do ensino da disciplina de História da Psicologia, baseando-nos em cursos de graduação em Psicologia, no estado do Mato Grosso do Sul. Inicialmente, inventariaram-se as instituições que possuem cursos de Psicologia, acessando os seus sites e aplicando questionários aos seus coordenadores. Em seguida, organizaram-se algumas características gerais dos cursos e das instituições anuentes. Posteriormente, discutiu-se como o ensino da História da Psicologia auxilia na formação de estudantes, introduzindo-os ao estudo da Psicologia e às suas contendas científicas e profissionais. Ele contribui, com críticas, ao que se empreende no presente, embora apresente dificuldades de proporcionar algo introdutório mesclado a reflexões avançadas em uma disciplina. Por fim, observou-se que ele pode ser alocado e articulado com outras disciplinas, fazendo interface com os domínios da Ontologia, Epistemologia, Lógica e Ética.
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A pandemia da COVID-19 afetou os cursos de graduação da área da Saúde, que se viram diante de um dilema sobre como conciliar a responsabilidade social de participar da atenção à saúde da população no município e no estado com as demandas de biossegurança impostas pela pandemia. Na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), há 14 cursos da área da Saúde que compartilham do mesmo espaço, dos mesmos recursos e das mesmas políticas acadêmicas. Pensar juntos sobre os desafios vivenciados foi um movimento de solidariedade, integração e coesão. O objetivo deste artigo é relatar essa experiência. São descritos o contexto antes da pandemia, a atuação diante de portarias ministeriais, a elaboração de diretrizes para o ensino remoto emergencial e a situação dos estágios curriculares. Destaca- se a importância da construção coletiva no enfrentamento das dificuldades para garantir a segurança, a equidade e a qualidade na formação de profissionais da saúde na UFMG.
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As pessoas com deficiência são historicamente discriminadas e, entre as várias ações para reduzir a discriminação, encontra-se a investigação da terminologia que as caracterizam. Pesquisas mostram que a linguagem e os conceitos que as pessoas utilizam influenciam os aspectos sociais, tal como termos pejorativos. Com base nesses aspectos, este estudo tem como objetivo analisar a apropriação e a circulação do termo “pessoa com deficiência” na comunidade científica brasileira e discutir a natureza social das terminologias e suas implicações. Para a investigação das terminologias relacionadas a quem possui o impairment, essa pesquisa analisou a apropriação do termo definido pela Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência utilizado no Brasil com base no referencial teórico dos conceitos de apropriação, de Roger Chartier (1988), tradução e negociação, de Zoia Prestes (2010), e circulação, de Pierre Bourdieu (2002). Pode-se constatar a importância da tradução e da distinção dos termos disability e impairment. A alteração na tradução do impairment como impedimento em vez de lesão resulta na concepção da deficiência como tragédia pessoal, um problema para a própria pessoa, devido ao impedimento. Da mesma forma, se a tradução de impairment for deficiência, implica não considerar os problemas físicos e de saúde que podem acontecer. Verificou-se que tanto a apropriação quanto a tradução de um termo devem estar inseridos dentro de uma cultura de origem e de destino. Embora o termo utilizado e apropriado no Brasil seja “pessoa com deficiência”, não há um consenso na literatura. Espera-se que este estudo contribua para uma reflexão crítica desse termo utilizado.
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El Análisis de Redes Sociales (también conocido como ARS, por sus siglas) ha demostrado tener un amplio potencial para brindar nuevas preguntas, nuevas respuestas y también nuevas prácticas de intervención. En América del Sur, diferentes grupos de investigación se han apropiado del ARS ya que ofrece un marco metodológico amplio y profundo que abre nuevas posibilidades de análisis. Estos estudios no se han restringido a ciertas disciplinas, sino que se utilizan en diversos campos del saber de las ciencias sociales y de las humanidades. Es más, en muchos casos son investigaciones transdisciplinarias que no responden a estas clasificaciones estancas. Todo ello ha contribuido a la realización de nuevas líneas de investigación en lo que se conoce como Ciencia de frontera.
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A ideia deste livro foi despertada a partir de uma conversa com os colegas Fabiano e Gildenir durante o VI Ciclo de Debates Periódicos UFSC e I Encontro Nacional de Portais de Periódicos ocorridos em 2018, alusivos à comemoração dos dez anos do Portal. Apesar de condições adversas que surgiram no decorrer do desenvolvimento desta obra, o engajamento do grupo foi impulsionado pelas necessidades de espaços de discussão do futuro da editoração de periódicos e pela vontade de multiplicar perspectivas teórico-práticas. A obra pretende revelar diferentes experiências, tendências e possibilidades de melhoria frente às equipes editoriais de periódicos em acesso aberto. As publicações que cumprem a filosofia do acesso aberto fortalecem a democracia da informação, garantindo que futuras gerações possam inovar em diferentes aspectos sociais, tecnológicos-científicos, políticos, ambientais e humanos. Há pouca literatura que associa os entendimentos teóricos em consonância com as práticas e tendências editoriais. Principalmente que favoreçam a continuidade de um modelo de publicação sul-americano que respeite as características dos editores de periódicos dessa região.
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