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São analisadas algumas confluências teóricas entre Plotino e Jung, tendo por base os conceitos de imagem e de self (si-mesmo). Plotino é considerado como o descobridor do inconsciente e suas idéias sobre a alma são uma referência básica para a história da psicologia e da psicanálise. Embora não seja habitualmente incluída entre as influências teóricas de Jung, a filosofia plotiniana possui diversos pontos em comum com a psicologia analítica. O conceito de imagem, de importância capital para a teoria junguiana, é altamente altamente relevante em Plotino, o qual propõe uma psicologia do imaginário, quer dizer, um estudo da alma através das imagens. Em relação ao conceito de self, o próprio Jung destaca as intuições de Plotino nesse campo. Jung atribui também a Plotino a primeira formulação do conceito de unus mundus (mundo uno).
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Partindo da conceituação culturalmente corrente de inteligência, das implicações em termos da recente teoria da mente e das decorrências éticas e políticas, visa-se, neste artigo, tracejar o percurso das investigações científicas nesta área. Inicialmente destaca-se a tentativa de avaliar a idade mental e o constructo de QI, na Europa e nos Estados Unidos. Avalia-se, em seguida, o esforço dos fatorialistas para aprofundar o processo intelectual, a partir de seus determinismos. A busca de Spearman de um fator geral, através de um cálculo estatístico - equação tetrádica - e a ampliação desta teoria, bifatorial, para uma concepção hierárquica. A objeção metodológica de Thurstone e a criação do método centróide e da teoria multifatorial. A crítica epistemológica de Guilford ao modelo radicalmente empirista e a descrição antecipada de três dimensões básicas envolvendo cinco categorias de operações, seis de produtos e quatro de conteúdos (no modelo original). A posição anterior de Thorndike e a visão ambientalista multimodal, centrada na aprendizagem. A visão racionalista e universalista da Epistemologia Genética e as decorrências pedagógicas como autonomia radical no desenvolvimento ontogenético. Críticas. A visão social de Vigotzky e a contribuição da psicologia soviética. A aproximação da lingüística e da cognição. A contribuição de Bruner ao longo de quatro etapas. O grande debate inatismo ambientalismo e implicações político-sociais. O advento da metacognição, teoria da teoria e teoria da mente e as pesquisas de diagnóstico e de intervenção psicopedagógica. O papel do desenvolvimento intelectual para uma política igualitária de emancipação.
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A neuropsicologia cognitiva é apresentada em seu desenvolvimento histórico e principais mudanças metodológicas. Os debates ontológicos sobre as relações entre mente e cérebro na história da psicologia são apresentados. O surgimento da neuropsicologia é descrito como resultante dos estudos sobre as relações entre afasia e lesões cerebrais. A pesquisa sobre cognição, uma forte ênfase na psicologia nas últimas quatro décadas, é reconhecida como uma contribuição na compreensão das operações mentais humanas. Tais desenvolvimentos acabaram por fortalecer as relações entre cérebro e mente. As principais propostas metodológicas em neuropsicologia cognitiva são discutidas com especial ênfase nos seguintes aspectos: debates entre estudos de caso e estudos de grupo; dissociações entre tarefas cognitivas; e avanços e limitações das técnicas de neuroimagem. Finalmente, descreve-se o processo histórico de organização científica e profissional da área.
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O trabalho pertence ao domínio da História das Idéias Psicológicas, entendida como parte da História Cultural cujo objeto é o estudo dos conceitos referidos ao ambiente cultural onde foram construídos. Portanto, aparece clara a pertinência de uma linha de pesquisa que investigue o significado dos conhecimentos psicológicos no âmbito da área multifacetada da cultura, ao longo do tempo. O presente estudo aborda os conceitos acerca dos fenômenos psicológicos formulados no âmbito da literatura espiritual e da produção filosófica da Companhia de Jesus ao longo dos séculos XVI e XVII. A experiência psicológica é interpretada em termos das noções elaboradas pelos tratados filosóficos, os quais por sua vez fundamenta-se na tradição aristotelico-tomista. A "psicologia" jesuítica possui uma dimensão filosófica, relativa ao ensino e à produção intelectual da Companhia, juntamente a uma dimensão prática, fundada na antiga tradição da Medicina do ânimo.
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O texto visa apresentar possibilidades de uso da Filosofia da Linguagem de Bakhtin na análise de documentos, na pesquisa em história da psicologia e em outros campos. Observa-se que as proposições bakhtinianas não devem ser utilizadas como um conjunto de regras fixas e imutáveis a serem aplicadas a um objeto visando encontrar seu enunciado, visto que sua proposta envolve indeterminação, duplicação e ambiguidade. Assim, em cada investigação o caminho e o objeto devem ser construídos. O texto apresenta, de forma concisa, não só as idéias centrais da Filosofia da Linguagem, mas também as questões de autoria, temas e formas discursivas, bem como os riscos das formas de tematização estática e/ou deslocada.
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Com este artigo pretende-se contribuir para a compreensão histórica de um autor/personagem da Psicologia. Analisamos e acrescemos conhecimento sobre George Herbert Mead e os desdobramentos de sua teoria psicossocial. Para esse propósito, explicitaremos, no texto, uma das vertentes analíticas utilizadas em nossa dissertação, qual seja: por meio da abordagem social em história da psicologia, confrontamos a vida de Mead com momentos de constituição da psicologia, colocando em relevo aspectos centrais dessa interlocução nem sempre identificados. Correlacionamos a história de Mead com questões sociais, políticas, econômicas e científicas, assim como suas conexões com práticas e valores culturais específicos de sua época. Buscamos compreender sua limitada difusão na ciência psicológica, dando, assim, continuidade ao processo de (re)volta do autor.
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Este artigo busca oferecer algumas referências históricas sobre as origens e desenvolvimentos da Psicologia behaviorista. O artigo parte das contribuições de Watson, destacando seu afastamento do modo causal selecionista, inaugurado na Psicologia por Thorndike. Em seguida, discute alguns desenvolvimentos do behaviorismo sob a liderança de Skinner, apontando que seus avanços resultam em grande medida do retorno ao selecionismo. O artigo argumenta, por fim, que ao final do século XX a abordagem inaugurada por Skinner estende-se a em muitas direções, configurando a análise do comportamento como um sistema multidimensional. O artigo conclui com a indicação de que uma visão histórica do processo de investigação comportamental oferece um quadro mais preciso do que essa abordagem tem representado enquanto sistema na Psicologia.
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O presente artigo apresenta um panorama histórico da psicologia escolar no Brasil desde a transição do século XIX para o XX, com a formação dos primeiros laboratórios de psicologia para estudos de crianças com problemas de aprendizagem, constituídos, principalmente, a partir da influência norte-americana e francesa. Discutem-se, ainda, momentos posteriores de crise, localizados na década de 1980, e a busca por novas bases teórico-metodológicas para a atuação. O artigo está dividido em duas partes: em primeiro lugar, apresentam-se um panorama dos principais fatos históricos e dados de pesquisas acerca das concepções e da atuação em psicologia escolar no cenário brasileiro; posteriormente, discutem-se temas contemporâneos que emergiram a partir de um movimento de ressignificação das práticas de algumas ações que vêm sendo propostas a partir da década de 1990.
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A presente pesquisa relata o uso do Portal de Periódicos Capes por pesquisadores das áreas de Ciências Biológicas, Linguística, Letras e Artes e Ciências Humanas da UFMG. O estudo foi de caráter qualitativo e utilizou técnicas de entrevista e incidente crítico para investigar a razão dos comportamentos informacionais distintos de pesquisadores das três áreas, considerando, entre outros fatores, as diferenças na organização da literatura de cada área. Estiveram envolvidos os departamentos de Ciências Aplicadas à Educação, História e Psicologia (Ciências Humanas), Linguística, Fotografia, Teatro e Cinema e Artes Plásticas (Linguística, Letras e Artes), Parasitologia, Farmacologia e Microbiologia (Ciências Biológicas). Nessas unidades foram entrevistados 5 diretores e 18 pesquisadores. Investigaram-se as características do domínio de conhecimento, tais como o grau de dispersão, tamanho do domínio, tipo de fontes, tipo de conhecimento contido nas fontes, tipo específico de relevância do domínio. Outros fatores verificados foram aspectos do comportamento de busca, os motivos de uso e não uso, barreiras, recompensas e outros fatores que poderiam influenciar o uso do Portal. As análises mostram diferenças de comportamento dos docentes e dos fatores que interferem o uso e o não uso do Portal entre departamentos de uma mesma área e entre pesquisadores de um mesmo departamento. Os resultados da pesquisa qualitativa indicam que não se devem formular hipóteses genéricas para as grandes áreas do conhecimento e que os fatores de uso e não uso são específicos para cada disciplina.
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Tomam-se, aqui, obras de Wilhelm Wundt e William James para mostrar que a psicologia nasce como projeto científico no final do século XIX. Esse projeto diferencia psicologia como ciência de psicologia como metafísica. Dessa perspectiva, a história da psicologia é concebida como história da psicologia científica e a pré-história da psicologia é concebida como história da psicologia metafísica. Mas as concepções de ciência de Wundt e James são diferentes. Da perspectiva da epistemologia unitária, a psicologia não se constitui como ciência. Nesse caso, a história da psicologia é concebida como pré-história dessa disciplina e sua história como ciência só começará se ela adquirir unidade. Da perspectiva da epistemologia pluralizada, a história da psicologia é história da cultura, o que significa dizer que é história das tradições de pensamento psicológico e filosófico e, também, história das ideias. Conclui-se que, da perspectiva da epistemologia pluralizada, epistemologia e história da psicologia adquirem uma perspectiva antropológica, o que equivale a dizer que a pré-história da psicologia não existe, e que a história dessa disciplina pode começar em qualquer época e lugar. E, finalmente, que o esclarecimento da psicologia como ciência depende da história da ciência e da cultura psicológica.
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Embora seja geralmente louvado nos manuais de história da psicologia como fundador da psicologia científica, grande parte da obra de Wilhelm Wundt permanece desconhecida por parte dos psicólogos contemporâneos, sobretudo no que diz respeito à relação entre filosofia e seu pensamento psicológico. O presente artigo pretende apresentar uma visão geral dos pressupostos filosóficos envolvidos na fundamentação do projeto wundtiano de uma psicologia científica. Após uma breve contextualização geral de sua obra e a exposição de alguns problemas de interpretação na literatura contemporânea, são enfatizadas as concepções de objeto e método da psicologia. Além disso, são apresentados dois princípios fundamentais de seu projeto psicológico, a saber, o princípio do paralelismo psicofísico e o princípio da síntese criadora. Ao final, alguns mal-entendidos são desfeitos, sugerindo a atualidade do pensamento de Wundt para os debates contemporâneos na psicologia.
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Situado no campo da História dos saberes psicológicos no Brasil, o presente artigo apresenta dois compêndios produzidos em Minas Gerais nos anos de 1847 e 1849, cujo tema é a descrição da estrutura e do funcionamento das faculdades da alma humana e da origem das idéias. As obras trazem uma sistematização sobre os conceitos de alma, inteligência, consciência, sensibilidade e vontade. A partir da descrição de tais conceitos é possível evidenciar a filiação destas obras às matrizes teóricas, principalmente francesas, tais como a ideologia e o espiritualismo eclético. Ao final comenta-se a relação entre autores, e o modo de apropriação de conhecimento textual, como evidenciado na escrita dos autores mineiros pela forma de se referenciar aos originais europeus.
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A psicologia social de meados da década de 1960 e início da década de 1970 conheceu, segundo alguns autores, o que se denominou "crise". Nas décadas seguintes, as discordâncias teóricas e metodológicas presentes neste campo evidenciaram não apenas posições antagônicas em relação a temas importantes no campo da psicologia social, como também deram visibilidade a alguns autores que representavam estas rivalidades. No Brasil e, mais especificamente no Rio de Janeiro, dois personagens importantes tiveram seus nomes e suas obras relacionados a estes antagonismos: Schneider e Rodrigues. Nosso objetivo será apresentar um relato da história destes importantes personagens da psicologia social no Rio de Janeiro.
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O artigo busca refletir sobre alguns embasamentos acerca das diferentes configurações do psicólogo que atua na área da saúde, em especial no hospital geral, com o objetivo de ampliar o conhecimento sobre o que constitui este ajustamento profissional. Como resultado, indicamos quatro coletivos de pensamento que julgamos serem os mais comuns: Psicologia Hospitalar, Psicologia Médica, Saúde Mental e Psicologia da Saúde. Apontamos algumas das especificidades desses coletivos, destacando a necessidade da realização de pesquisas em que os psicólogos atuantes em instituições hospitalares possam narrar suas histórias de inserção e delimitação da práxis profissional.
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Na história da psicologia escolar, a compreensão dos processos de produção e acompanhamento da queixa escolar é essencial, pois revelam a forma como a educação é percebida e construída pelos diversos atores do cenário educacional. Nesta perspectiva, procura-se conhecer a queixa escolar na cidade de Porto Velho (RO), por meio dos prontuários do Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) da Universidade Federal de Rondônia (UNIR). Foram analisados 634 prontuários, entre os anos de 1993 e 2006. Os prontuários foram analisados pela categorização de Souza (1997), acrescentando uma categoria (causa apontada pelos familiares). Os resultados corroboram pesquisas nacionais de mesmo cunho, onde a queixa escolar sofre um processo de patologização, psicologização e medicalização, bem como recebe atendimento na clínica-escola onde não se consideram os diversos atores da produção do fracasso escolar, nomeando o aluno e seus familiares pelos problemas constitucionais e emocionais.
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Este artigo procura fornecer subsídios para uma alternativa de compreensão histórica sobre o magnetismo animal, de modo a realçar sua importância na construção da psicologia. Nesse sentido, busca-se enfatizar o papel das instituições e práticas sociais que influenciaram de forma decisiva a condenação desta proposta. Na mesma linha de reflexão, visa-se também destacar algumas das incompatibilidades epistemológicas com o projeto moderno de ciência, que também contribuíram significativamente para a rejeição do magnetismo animal. Por fim, o artigo é concluído com uma reflexão sobre a necessidade de revisão da noção de ciência presente nas referências dominantes da história da psicologia, que, geralmente, restringem-se a questões lineares e metodológicas e desprezam os processos intersubjetivos e sociais que atuam na construção desta área de conhecimento.
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A psicologia ocupou um papel importante na sociedade durante o século XX, ajudando a construir o mundo e as pessoas em que nos transformamos. Nesse sentido, constituiu-se como uma "ciência social", promovendo uma "psicologização" das vidas individual e coletiva, inventando e transformando diversas idéias em termos psicológicos. Este texto busca compreender esta caminhada da psicologia, que encontrou seu espaço como uma técnica de regulamentação, um pretenso conhecimento sobre as pessoas com o objetivo institucional de administrá-las, moldá-las, reformá-las. Passa pela psicologia social do pós primeira e segunda guerras, com suas pesquisas de atitudes e trabalhos sobre grupos, culminando na noção de empreendimento, construindo e regulando as ações humanas. Termina problematizando a primazia do corpo biológico no século XXI, onde as novas tecnologias de imagem, a psiquiatria biológica, a neuroquímica e a neurobiologia emergem, na mesma medida em que uma "subjetividade cerebral" se fortalece.
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Desde os anos cinqüenta, o enfoque cognitivo tem assumido um papel fundamental na pesquisa psicológica. Revolução Cognitiva é a designação do movimento intelectual que iniciou uma nova área de estudos conhecida como ciência cognitiva. De outra forma, um novo movimento chamado de segunda revolução cognitiva enfatiza a importância das práticas discursivas para os processos mentais humanos. O principal objetivo deste trabalho é caracterizar e comparar as duas revoluções cognitivas. Com base numa revisão da literatura e em uma discussão histórica sobre ambos movimentos, os autores consideram o impacto da primeira revolução cognitiva, bem como as limitações da segunda revolução cognitiva. O propósito desta análise não é contestar a importância dos enfoques discursivos e construtivistas. Em contrapartida, os autores afirmam que tais processos são insuficientes para caracterizar uma segunda revolução no âmbito das ciências cognitivas.
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No início do século XIX, investigações sobre a natureza de fenômenos psíquicos/espirituais como transes e supostas aquisições de informações indisponíveis aos canais sensoriais normais geraram grande debate no meio científico. Este artigo discute as principais explicações oferecidas pelos pesquisadores dos fenômenos psíquicos entre 1811 e 1860, concentrando-se nos dois movimentos principais no período: sonambulismo magnético e espiritualismo moderno. As investigações desses fenômenos geraram diversas teorias, sem que se chegasse a consenso, mas trouxeram implicações para a compreensão da mente e de seus transtornos, notadamente na área do inconsciente e da dissociação, constituindo-se como parte importante da história da psicologia e da psiquiatria.
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Este trabalho apresenta uma reflexão historiográfica sobre as condições e os processos que possibilitaram a emergência da Psicologia Social como uma disciplina ou campo de estudo/intervenção delimitado no Brasil. Aponta sua institucionalização no cenário brasileiro desde o denominado pensamento social, seguida de sua forma "interdisciplinar" (ou pré-disciplinar), até seu surgimento nas primeiras universidades nacionais, localizadas no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde foi alocada nos Departamentos de Psicologia. Continua com as críticas estadunidenses e europeias dos anos 1960 em relação à sua relevância social. Encerra apresentando o sentido desta crítica no caso brasileiro e as respostas oferecidas a tal questão.
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