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Este artigo apresenta a Rádice - Revista de Psicologia, produzida por psicólogos cariocas entre 1976 e 1981. Esta revista foi de grande importância (intelectual e afetiva) para a geração que, durante o período da ditadura militar brasileira, graduava-se em psicologia. Levava aos seus leitores matérias sobre temas variados e polêmicos, não existentes nas revistas de psicologia da época, como a repressão política, o tratamento desumano nos hospitais psiquiátricos, a regulamentação da profissão de psicólogo, as terapias corporais, entre outros. Participava, com outras publicações "nanicas", do Comitê de Imprensa Alternativa, indicando sua participação ativa nos debates políticos ocorridos à época. A Rádice é, pois, um analisador da constituição histórica da psicologia carioca, sendo um dos poucos dispositivos de divulgação do pensamento de outras formas de se fazer psicologia.
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Sabendo-se que a Psiquiatria no Brasil constituiu-se a partir da Medicina Legal, o artigo analisa as teses de Medicina Legal da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, defendidas nos anos de 1832-1930. Durante esse período as teses eram obrigatórias para a obtenção do título de Doutor em Medicina, isto é, para a conclusão do curso médico. Apresentam-se as principais idéias psiquiátricas européias – notadamente Pinel, Morel e Lombroso – e seu desdobramento nas teses. Acrescenta-se também o pensamento nelas presente acerca do papel social dos médicos. O início do Manicômio Judiciário no Brasil é apresentado rapidamente, indicando-se em seguida a gênese do campo da Psicologia Jurídica, vista então como forma instrumental de auxílio ao psiquiatra na determinação das características não só do réu ou criminoso, mas também da criança e do doente.
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Este trabalho procura analisar historicamente o conceito de infância no Brasil e como a representação infantil passou de um papel secundário no sistema colonial a foco das preocupações no século XIX, através da atuação dos médicos higienistas. A partir da análise das teses de doutoramento da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro que discorrem sobre a criança, produzidas no período de 1832 a 1930, procuramos investigar de que maneira a construção e disciplina do corpo infantil se refletem no desenvolvimento de uma ciência psicológica. Neste percurso, deparamo-nos com discussões sobre temas que englobam não apenas o corpo, mas também a compreensão da alma infantil, sob a influência do paradigma científico e das teorias evolucionistas vigentes à época. Além disso, associada à imagem infantil, também encontramos a importância da mulher - enquanto mãe e ama - como mantenedora da família, constituindo uma nova moldagem também da figura feminina.
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Aunque la postura socialista de Emilio Mira y López (1896-1964) resulta bastante conocida, no se ha prestado hasta ahora atención a la aportación psicológico-política de este autor. El objetivo del presente trabajo es doble. En primer lugar queremos situar el análisis psicológico de la revolución social llevado a cabo por el psiquiatra catalán en el marco histórico, tanto biográfico y político como científico y cultural, de la época anterior al Franquismo. En segundo lugar examinamos cómo Mira relaciona su psicología con un tema político y, concretamente, en qué medida su trabajo científico sobre la revolución refleja una postura socialista.
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Nesse artigo, pretendemos trazer à cena um dos mais originais intérpretes do Brasil – Manoel Bomfim. Como voz dissonante no cenário intelectual do início do século XX, o autor foi original ao afirmar que nossas mazelas teriam sido construídas historicamente nas relações vigentes desde a colonização do continente latino-americano em contraposição aos argumentos que valorizavam o determinismo biológico ou geográfico.
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Este artigo pretende analisar as interfaces da produção científica feminina no início do século XX com a constituição do espaço psi no Brasil, utilizando para tanto um artigo do periódico católico "A Ordem" e uma tese da Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro. Para sermos mais precisos, nosso recorte temporal situa-se nos primeiros 40 anos do século XX, uma vez que datam desse período os primeiros trabalhos de caráter psicológico escritos por mulheres encontrados por nós, dentre as teses de Medicina e as edições da revista "A Ordem" consultadas. As produções da Medicina e da Igreja Católica foram eleitas como fontes privilegiadas a partir de constatações de uma pesquisa mais ampla, que demonstrou a grande importância que esses discursos – o médico e o religioso – tiveram na construção do campo da psicologia no Brasil.
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O objetivo deste trabalho é construir um relato histórico da emergência da Abordagem Centrada na Pessoa no Brasil (ACP), visando responder às seguintes perguntas: como esta abordagem chega ao Brasil; com quem chega; como se desenvolve; quais influências de âmbito nacional esta abordagem recebe. Estas questões se fazem pertinentes pela constatação que a ACP entra no Brasil em uma época atravessada por movimentos libertários, como a contracultura, movimentos de minoria, antipsiquiatria e as batalhas pela democracia no Brasil. A ACP é uma das primeiras vertentes da Psicologia Humanista e deve sua sistematização ao psicólogo norte-americano Carl Rogers, que aponta para uma perspectiva de homem e das relações humanas e valoriza a potência de desenvolvimento do ser humano. O presente trabalho utiliza o método historiográfico, que consiste em um processo de reconstrução da história.
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Este texto descreve a participação do Brasil na International Union of Psychological Science (IUPsyS). O Brasil, representado por Helena Antipoff e Emilio Mira y López, participou ativamente da reunião de fundação da nova associação, que ocorreu durante o XII Congresso de Psicologia, realizado em Estocolmo em 1951. São relatados alguns episódios ocorridos no período que vai dos anos 50 até o ano de 2012, quando o Brasil volta a afiliar-se à IUPsyS. São citados brasileiros que participaram desta história.
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Este trabalho consiste em uma investigação histórica acerca da importância do cuidado com a infância para o processo de constituição da Psicologia enquanto um campo científico e profissional autônomo no Brasil, durante as décadas de 1930 a 1960, período marcado tanto pela institucionalização do emergente saber psicológico, quanto por um renovado interesse pela questão da infância ("o futuro da nação"). Empregamos como recursos metodológicos revisão bibliográfica e pesquisa documental acerca de três instituições criadas no Rio de Janeiro, que se voltavam à aplicação do saber psicológico dirigido à infância nos campos educacional, jurídico e da saúde. Consideramos que a vinculação ao cuidado e assistência à infância foi um dos fatores mais relevantes que permitiram à Psicologia adquirir um "reconhecimento de utilidade", culminando com a regulamentação da profissão em 1962.
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Este artigo tem por objetivo divulgar a história do Instituto de Psicologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) contando um pouco da sua trajetória. O Instituto de Psicologia foi criado pela Lei 452 de 5 de julho de 1937 quando tornou-se parte integrante da Universidade do Brasil (atual UFRJ). Contudo, de acordo com artigo intitulado "Radecki e a Psicologia no Brasil" (1982) de Rogério Centofanti, podemos encontrar suas origens no Laboratório de Psicologia da Colônia de Psicopatas, atual Instituto Nise da Silveira. A história pregressa do Instituto de Psicologia da UFRJ se mescla com a história do Laboratório da Colônia de Psicopatas. O Laboratório, desde sua criação em 1924 e até o ano de 1932, foi dirigido pelo psicologista polonês Waclaw Radecki (1887-1953) que havia estabelecido residência no Brasil em 1923. Desde a sua criação, o Laboratório tinha também como objetivo, além das atividades de pesquisas experimentais e produção e divulgação de trabalhos acadêmicos, a criação de um centro de formação desta profissão. Neste período ainda não existiam, no Brasil, cursos de formação de psicólogos. O primeiro curso de formação de psicólogos no Rio de Janeiro foi ministrado pela Pontifícia Universidade Católica (PUC Rio) no ano de 1953 como Especialização e em 1954 como curso de graduação. O curso de formação de psicólogos da PUC Rio teve início antes da regulamentação da profissão, ocorrida em 1962. Após a regulamentação da profissão de psicólogo, diversos cursos de psicologia foram criados. O primeiro curso de formação de psicólogos do Instituto de Psicologia da UFRJ se deu somente no ano de 1964. Diversos fatores institucionais, políticos e sociais contribuíram para a criação do curso de psicólogo do Instituto de Psicologia da UFRJ, e neste artigo iremos conhecer os detalhes desta história.
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Este trabajo presenta resultados de una investigación centrada en el papel femenino en la consolidación de la psicología en Brasil, especialmente en la primera mitad del siglo XX. El interés por esa investigación ha surgido partir de la constatación de la existencia de un gran número de mujeres entre los pioneros de la Psicología en Brasil, lo que, sin embargo, hasta hoy se conoce poco. A través de investigaciones documentales, análisis de la historiografía de la psicología en Brasil y de entrevistas con algunas de esas mujeres, fue posible observar la presencia femenina en las instituciones de mayor relevancia en aquella época en Río de Janeiro, como el Centro de Orientação Juvenil (COJ), el Instituto de Orientação e Seleção Profissional (ISOP) y la carrera de grado universitario de la PUC-RIO. En este sentido, señalamos la existencia de relaciones de género interviniendo en el espacio psicológico, analizándola a partir de los binomios razón/emoción, teoría/práctica, trabajo/amor.
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Religião na história da psicologia no Brasil: o caso do protestantismo
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O texto analisa como os intelectuais católicos perceberam e enfrentaram a emergência da psicologia científica no Brasil entre 1920 e 1960. Foi utilizada como fonte a revista "A Ordem", criada em 1921 por componentes desse grupo com vistas a recuperar a hegemonia da Igreja Católica no País. Fez-se o levantamento dos textos publicados nas décadas citadas, por meio de seleção e análise daqueles que pudessem tratar de temas psicológicos. Embora o conteúdo moral esteja constantemente presente, bem como uma defesa da psicologia tomista, há uma mudança de tom entre os anos iniciais, de forte crítica à psicologia científica, e a década de 1960, quando se reconhece a existência de uma ciência que, por sua vez, deve respeitar e não se opor às verdades católicas.
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No dia 16 de fevereiro de 2014, completaram-se 50 anos do falecimento de Emilio Mira y López. Como a história – de nosso país, de nossa disciplina – não é precisamente nosso ponto de maior interesse, de modo geral desconhecemos completamente a contribui- ção que este personagem trouxe, não só à psicologia mundial – o reconhecido texto de recenseamento dos principais psicólogos do mundo, de Annin, Boring e Watson, indica Mira y López entre eles (Annin, Boring, & Watson, 1968) –, mas, no caso que aqui nos interessa de perto, à psicologia brasileira. O objetivo deste texto é, pois, compor uma narrativa sobre Emilio Mira, desde sua trajetória na Espanha, seu famoso périplo no exí- lio, até seus últimos anos no Brasil. Para isso, utilizaremos entrevistas, fontes documen- tais e textos já clássicos sobre o personagem e sua obra, como os de Kirchner (1975), Miralles Adel (1979), Pigem Serra (1996), Rosas (1995), Silva e Rosas (1997).
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This article deals with the initial applications of psychological tests in Brazil during the 1920s and 1930s, and it is focused on their use in education under the influence of the New School and the Mental Hygiene movements. Thus, the objective is to highlight the implication of psychology as a “social science” (Rose, 1996), a support to the legitimacy of racial theories in force during that period.
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O trabalho traça uma história das relações entre Psicologia e Saúde no Brasil, notadamente no Rio de Janeiro, discorrendo sobre os primeiros momentos dessa prática, envolvendo testes psicológicos e psicodiagnóstico, até o início da prática clínica. Observa-se que esta se situa inicialmente em instituições de saúde para, somente a partir da década de 1970, consolidar-se na clínica privada. Faz-se referência às diferentes linhas/abordagens existentes, como a Psicologia Hospitalar, a Psicologia da Saúde, a Saúde Mental, a Psicossomática, para situar a diversidade presente em uma das mais antigas e, ao mesmo tempo, mais recentes áreas da Psicologia. ]
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Entre 2000 e 2025
- Entre 2000 e 2009 (1.172)
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- Entre 2020 e 2025 (926)