A sua pesquisa
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Este artigo apresenta a Rádice - Revista de Psicologia, produzida por psicólogos cariocas entre 1976 e 1981. Esta revista foi de grande importância (intelectual e afetiva) para a geração que, durante o período da ditadura militar brasileira, graduava-se em psicologia. Levava aos seus leitores matérias sobre temas variados e polêmicos, não existentes nas revistas de psicologia da época, como a repressão política, o tratamento desumano nos hospitais psiquiátricos, a regulamentação da profissão de psicólogo, as terapias corporais, entre outros. Participava, com outras publicações "nanicas", do Comitê de Imprensa Alternativa, indicando sua participação ativa nos debates políticos ocorridos à época. A Rádice é, pois, um analisador da constituição histórica da psicologia carioca, sendo um dos poucos dispositivos de divulgação do pensamento de outras formas de se fazer psicologia.
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O objeto de investigação da tese de doutorado foi a revista Rádice, produzida por psicólogos, estudantes de psicologia, artistas e jornalistas durante a segunda metade da década de 1970, no Rio de Janeiro.O trabalho partiu da vontade de saber como a revista foi possível e como foi, para o grupo de colaboradores, produzi-la. A idéia que sustenta este trabalho é a de que existem movimentos instituintes[1] no campo da psicologia, e que a Rádice é um deles. Meu objetivo foi apresentar a trajetória desta revista-acontecimento irradiadora de idéias, pensamentos e discussões que marcaram determinado momento histórico da psicologia no Rio de Janeiro e, por que não dizer, no Brasil.Esta pesquisa foi fruto de vários e significativos encontros que tenho feito desde a graduação até os dias de hoje – encontros que promoveram incômodos em relação a um certo sentido para a psicologia ou, pelo menos, permitiram desencontrar o sentido dominante que lhe é atribuído. Durante o período de elaboração da tese estive vinculada ao Clio-Psyché, Programa de Estudos e Pesquisas em História da Psicologia, onde se encontram pesquisadores de graduação e de pós-graduação, orientados por “Dona Clio” e “Dona Psyché”[2], e preocupados com os “fazeres e dizeres” da psicologia no Brasil. No encontro da psicologia com a história, esta tornou-se ferramenta de análise sobre a constituição do “universo psi” no Brasil.
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