A sua pesquisa
Resultados 7 recursos
-
A cidade de Cariacica-ES foi sede do primeiro hospital psiquiátrico público do estado - local que produziu marcas na memória de uma cidade, que se acostumou a manter a loucura à distância, trancafiada nos muros do manicômio. Com as lutas provenientes da Reforma Psiquiátrica, os manicômios tiveram seus muros abalados e a proposta de um cuidado territorial começou a ser posta em prática: a loucura passou a habitar outros espaços da cidade. O presente artigo foi construído a partir de uma experiência investigativa que teve como objetivo conhecer os modos como a loucura foi acolhida em Cariacica-ES para além do espaço manicomial, a partir dos Serviços Residenciais Terapêuticos, após a abertura dos muros físicos do antigo Hospital Adauto Botelho.
-
Através de uma cartografia das linhas de formação, o artigo problematiza a hipótese, levantada pela literatura, da presença de uma insuficiência formativa dos trabalhadores da saúde como causa do desrespeito ao nome social, da discriminação e da patologização das identidades trans, que impedem o acesso dessa população aos serviços de saúde. Foram realizadas entrevistas gravadas em áudio com 7 (sete) trabalhadoras de um ambulatório do Processo Transexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) lotado em hospital universitário, e com 2 (dois) usuários. Analisa-se um conjunto de estratégias formativas que convergem para uma formação normalizadora que percorre linhas molares, nas quais os(as) trabalhadores(as) são disciplinados por protocolos e manuais de diagnóstico a aplicar as normas binárias de gênero e a heteronormatividade em seus processos de trabalho, produzindo a patologização das identidades trans e tornando seletivo o acesso aos serviços. A aposta feita no artigo é a de que o encontro com as pessoas trans pode fazer emergir aprendizados com signos que catalisam a experiência de uma arte de fazer-se trans, a qual culmina no mal-estar do desencontro com as verdades sobre gêneros e sexualidade. Sair de tal mal-estar supõe experimentar-se com tais signos - uma experimentação transetopoiética com a produção de um corpo com novos contornos, capaz de suportar a diferença que pede passagem, abrindo caminho para a produção de modos de viver e trabalhar com a saúde trans que afirmem a diferença.
-
O artigo parte de um projeto de formação inventiva de professores apoiado nos trabalhos de Gilles Deleuze. Tal característica permite distanciar esse projeto de abordagens outras, recognitivas e capacitadoras, aproximando-o, outrossim, do tema da invenção. Para fortalecer esse modo de pensamento e ação, Proust e os signos, livro de Deleuze, é trazido centralmente à cena, dando ênfase à correlação entre encontro, signo e pensamento. Narrativas e trechos dos diários de campo de alguns participantes do projeto são apresentados, no intuito de ligar o acaso do encontro (que força a pensar) e a necessidade do pensamento (que só ocorre se a tanto forçado). A efetiva vinculação entre universidade e escola básica é também enfatizada, com vistas à construção de perspectivas problematizadoras da formação de professores, indispensáveis no presente, um tempo de ‘escola sem...’.
Explorar
Autor
Tipo de recurso
- Artigo de periódico (4)
- Seção de livro (3)
Ano de publicação
-
Entre 2000 e 2025
(7)
-
Entre 2010 e 2019
(1)
- 2018 (1)
- Entre 2020 e 2025 (6)
-
Entre 2010 e 2019
(1)