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Esse artigo analisa a proposta de psicologia articulada à educação da obra Psychologie Pédagogique. L’enfant. L’adolescent. Le jeune homme (1916/1938a), à luz de um Aviso publicado na Revista do Ensino, em 1930, que indicava esse livro como leitura para professores no contexto de reforma educacional em Minas Gerais. O artigo investiga essas duas fontes, utilizando como referencial a definição de campo cultural da ciência de Feldhay, o conceito de acomodação proposto por Massimi e elaborações de Chartier sobre táticas de leitores, práticas de leitura e escolhas editoriais. O texto é organizado em três tópicos: recomendação de leituras para formação de professores; o valor e o limite do método científico na educação; psicologia pedagógica e funcionamento das funções superiores complexas. A pesquisa evidencia que a leitura de Psychologie Pédagogique foi recomendada por realizar uma acomodação entre a doutrina católica e os saberes pedagógicos modernos, bem como por apresentar uma Psicologia científica capaz de considerar a dimensão espiritual e sobrenatural do ser humano.
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O artigo apresenta pesquisa sobre o conceito de criança anormal divulgado em um conjunto de artigos publicados na Revista do Ensino de Minas Gerais, na década de 1930. Foram levantados artigos que expressam como a criança anormal era compreendida pelos contemporâneos daquela época. Da análise dos textos, emergiram duas categorias: classificação das crianças anormais, suas características e explicações causais da anormalidade; o papel da escola na educação das crianças anormais. Utilizamos contribuições da história conceitual de Koselleck, segundo a qual conceitos expressam aspectos da experiência e da dimensão teórica de sujeitos em contextos e tempos históricos específicos. A pesquisa demonstrou que a articulação desse conceito incluía concepções fundamentadas nos debates sobre ambiente e hereditariedade, nos saberes elaborados pela psicologia e na discussão sobre o papel da escola e a educação das novas gerações.
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As pessoas com deficiência são historicamente discriminadas e, entre as várias ações para reduzir a discriminação, encontra-se a investigação da terminologia que as caracterizam. Pesquisas mostram que a linguagem e os conceitos que as pessoas utilizam influenciam os aspectos sociais, tal como termos pejorativos. Com base nesses aspectos, este estudo tem como objetivo analisar a apropriação e a circulação do termo “pessoa com deficiência” na comunidade científica brasileira e discutir a natureza social das terminologias e suas implicações. Para a investigação das terminologias relacionadas a quem possui o impairment, essa pesquisa analisou a apropriação do termo definido pela Convenção sobre o Direito das Pessoas com Deficiência utilizado no Brasil com base no referencial teórico dos conceitos de apropriação, de Roger Chartier (1988), tradução e negociação, de Zoia Prestes (2010), e circulação, de Pierre Bourdieu (2002). Pode-se constatar a importância da tradução e da distinção dos termos disability e impairment. A alteração na tradução do impairment como impedimento em vez de lesão resulta na concepção da deficiência como tragédia pessoal, um problema para a própria pessoa, devido ao impedimento. Da mesma forma, se a tradução de impairment for deficiência, implica não considerar os problemas físicos e de saúde que podem acontecer. Verificou-se que tanto a apropriação quanto a tradução de um termo devem estar inseridos dentro de uma cultura de origem e de destino. Embora o termo utilizado e apropriado no Brasil seja “pessoa com deficiência”, não há um consenso na literatura. Espera-se que este estudo contribua para uma reflexão crítica desse termo utilizado.
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